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Logo após as últimas aulas, Lixue se espreguiça na carteira e começa a arrumar seu material para finalmente poder ir entregar seus currículos para empregos de meio período.

Dentro de si, mesmo sabendo que poderia ter uma vida financeiramente confortável com eles, a menina decidiu que não quer ser um incômodo para os seus padrinhos.

Eles são tão amáveis e compreensivos com Lixue, que a mesma pensa consigo que nunca poderá retribuir tamanha bondade, mas trabalhará bastante para deixá-los orgulhosos e pagá-los por tudo.

Seul é uma cidade muito movimentada, parecia que brotavam pessoas das calçadas Lixue não estava acostumada com tanta gente nas ruas de sua cidade natal, eram outros estudantes como ela, trabalhadores exibindo seus crachás de empregados regulares, alguns alegres e outros cabisbaixos, eram tantas pessoas que ela parecia uma formiguinha na multidão.

Quanto aos negócios, a maioria cheios de clientes, os que estavam empregando, precisavam de horários que a jovem teria que estar na escola, portanto infelizmente não encontrou nenhum no centro de Seul, logo decidiu ir para casa e cessar as buscas por hoje.

Quando estava a um quarteirão de sua casa, um cheiro bom e agradável invade suas narinas, como um cachorrinho fofo pequeno e investigador, a garota começa a seguir o aroma de torta de maçã e acaba de frente a uma confeitaria café.

A frente era toda de vidro então se podia ver os clientes saboreando seus cafés, bolos e é aí que finalmente avista uma torta de maçã saindo do balcão, um homem pega a caixa com a torta e sai do estabelecimento bem ao lado dela, a mesma encara o embrulho, sente o cheiro e sua barriga avisa a fome.

A menina pega seu celular para verificar se ainda tem algum dinheiro para se deliciar com um pedaço daquela apetitosa torta, depois de confirmar Lixue entra no café e vai até o balcão e pede um pedaço, a bela atendente do balcão lhe dá um dispositivo de espera com o número da mesa.

Algum tempo se passou e a garota percebe que há uma placa informando que a cafeteria precisava de ajudantes, a mesma se levanta e há outra mulher atendendo.

— Com licença, gostaria de saber se ainda precisam de ajudante.

— Ah, sim, gostaria de se candidatar a vaga?

— Sim, quais seriam os horários de entrada e saída para o trabalho?

— Antes de qualquer coisa, precisa ler e responder este questionário, após isso será determinado os horários, isso claro se você for aceita, e precisa devolver respondido e com seu currículo.

— Ah, entendi. — A balconista entrega a ficha e uma caneta.

— Boa sorte! — sorri a mulher gentilmente para a jovem que acena sorrindo de volta para a dama.

Estava voltando para mesa, quando sente o aparelho de pedido vibrar em sua mão esquerda e novamente a atendente bonita aparece, ela deixa o pedaço de torta e uma xícara de café preto, quando caminhava novamente para o balcão, Lixue segura seu pulso chamando sua atenção.

— Eu não pedi o café. — Pega a xícara para entregá-la, mas a mulher empurra suavemente de volta para perto da menina.

— Você ainda é uma estudante e está preenchendo uma ficha para arrumar um emprego, eu já fui assim, seu dia pode não ter sido fácil, então imaginei que esse café cairia bem com a torta, aproveite, é por minha conta.

— Obrigada… — Tímida Lixue responde e coloca o café novamente na mesa.

Se sentindo preenchida por dentro respondia imaginando ficar mais próxima dessa unnie, quando terminou tudo, bebeu o último gole do café, entregou a ficha com o currículo e pagou o lanche, quando saiu do local, já estava escuro.

Ao olhar para o relógio eram sete horas da noite, os meninos poderiam estar preocupados com seu sumiço então apertou o passo até em casa. Quando chega no grande portão, toca a campainha, HOSEOK abre a porta com as mãos na cintura e um olhar assustador.

— Isso são horas de chegar mocinha? — diz tentando não sorrir.

— Desculpa é que eu parei numa cafeteria aqui perto e acabei perdendo a noção da hora. — diz como um cachorrinho assustado, e HOSEOK sorri alto.

— Eu fui muito assustador assim, Yaegiva? — A menina inclinou a cabeça para o lado ainda sem entender.

— Estava só brincando, mas você deve avisar sempre se vai demorar, se não ficamos preocupados, e então como foi seu dia?

— Yaegiva?

— Não gostou do apelido? Ainda estou tentando pensar em um que combine com você.

— E bebê foi o único que conseguiu pensar?

— Você agora é o nosso bebê Lixue, então nada mais perfeito, até porque você ainda parece um bebê.

— Eu não pareço nada!

— Olha, olha isso, bico, birra e mãos fechadas, uma criança birrenta. — HOSEOK bagunça seus cabelos e sai correndo.

— Oppa! — A garota corre atrás dele, chegando na sala com os cabelos desarrumados para cima e os meninos que estão na mesma assistindo gritaram assustados.

— LIXUE! — A mesma sem entender acendeu a luz e olhando para a televisão, percebeu que encontravam-se assistindo a filme de terror então sorrindo os encara.

— Desculpa… foi sem querer, foi tudo culpa do HOSEOK oppa. — Nessa hora todos a encaram e depois a HOSEOK.

— Oppa? — piscou o JIN. — Eu te fiz um banquete, planejei uma festa de boas-vindas e nunca a ouvi me dar um apelido fofo nem nada, mas o HOSEOK!? — Ele faz uma pausa dramática pondo os dedos nos olhos se levantando. — Estou muito chateado com você, Lixue-shi. — Termina usando honoríficos e mãos na cintura.

— E eu que achei que tínhamos tido uma conexão sabe... — diz JIMIN seguindo JIN.

— Já eu te via como uma irmã! — JUNGKOOK sai com os braços cruzados e a cabeça erguida imitando o mesmo TAEHYUNG faz uma careta para ela.

NAMJOON, YOONGI e HOSEOK ficam parados segurando o riso enquanto seus colegas de casa sobem.

— Não ligue para eles, é só drama, quer assistir? — sugeriu Nam.

— Contanto que não seja terror.

— A gente pode por Barbie se você quiser, garotinha.

— Ya! — Lixue pega uma almofada e joga em YOONGI quase que instantaneamente, ele arregala os olhos e a encara, os outros que restavam ficaram pasmos.

— Ela não fez isso, fez? — Yoon pergunta segurando fortemente o objeto que o atingiu, Hobi confirmou com a cabeça. — Eu… vou te matar…!

— De-desculpa! — A jovem saiu correndo largando sua mochila no meio da sala para atrasá-lo, os garotos que aparentemente tinham subido na verdade estavam no meio da escada, eles ajudaram a menina a subir e ficaram na frente do Yoon, foi o suficiente para Lixue saltar e abrir a maçaneta da porta, ela rolou para dentro de seu quarto fechando e trancando a porta.

Rindo muito ela e os meninos que flagraram tudo o que aconteceu a garota recupera o fôlego, tornando perceptível o riso de YOONGI.

— Yoon Oppa, da próxima vez tente mais!

Atrás da porta todos a encararam surpresos, Yoon ficou vermelho e se jogando na cama de forma incrivelmente rápida acabou dormindo.

LuzesOnde histórias criam vida. Descubra agora