Capítulo 3

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P.O.V ANNIE

"Não sabia o que você preferia." A voz do Darius soou distante na minha cabeça, apesar de saber que ele estava bem ao meu lado. "Pensei, por um momento, que talvez você preferisse que eu queimasse o corpo, mas aí Amélia me disse que você queria enterrar ele." Minha cabeça ainda estava rodando com tudo o que aconteceu, agora eu estava aqui incapaz de desviar meus olhos da lápide de pedra fria e escura enquanto um velho militar conversava comigo.

"Ele queria ser enterrado." Minha garganta arranhou quando eu falei, ela estava ardendo, provavelmente pelo quanto eu gritei e chorei ontem.

"Eu sinto muito Annie." Eu não achava que ele sentia de verdade. "Você pensou na minha proposta?" Eu respirei fundo tentando controlar minhas emoções antes de responde-lo.

"Sim, eu aceito." Eu pude levantar meus olhos para ele pela primeira vez e vi um leve sorriso no canto do seu lábio. "Mas tem que me prometer que vai fazer eles pagarem, eu não ligo para o que acontecer comigo." Ele me olhou por um momento antes de por a mão no meu ombro.

"Eu prometo." A mão dele caiu e ele se virou caminhando até a carruagem.

Eu o segui, dando minhas costas ao túmulo onde meu coração estava enterrado.

"O céu aqui é lindo, e eu nunca vou ter medo enquanto você me amar." - Charlie Evans.
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Já estávamos na faxina a dois dias e hoje, finalmente, restava só jogar fora os entulhos do porão.

Alice não parava de falar o quanto o tempo dela com a comandante Hange era incrível, e que ela disse que a Alice era a soldado mais dedicada que ela tinha, as duas estavam pensando em estudar química de gigantes, aprender como o corpo deles funcionavam.

"É uma perda de tempo." Arthur reclamou mais uma vez enquanto apontava com o garfo para sua irmã. "Por que a prender isso se no final vamos matar eles." Eu preferia me manter fora da discussão principalmente porque qualquer opinião irritava Alice facilmente e fazia ela falar por horas.

"Pelo menos você está fazendo uma coisa legal, o capitão só fez a gente limpar até agora." Ross interferiu antes que a discussão pudesse ficar mais feia.

Falando em capitão, Sr. Cabelo estranho não voltou a falar comigo depois daquele dia, só no café da manhã do outro dia quando éramos os únicos acordados.

"Você está errada sabia?" A voz do capitão de novo soou alta na sala vazia. "Eu não sou obcecado por controle." Ele foi direto até o fogão, provavelmente preparar seu chá. "Eu só acho que as coisas devem ser feitas de um jeito certo."

"Bom dia, Capitão." Ele trouxe duas xícaras de novo para mesa e se sentou na minha frente. "Isso depende, o jeito certo que acha que as coisas devem ser feitas é geralmente o seu jeito de fazer as coisas?" Ele entregou uma xícara para mim. "Porque se for então significa que eu estou certa." Ele parou por um momento antes de beber um pouco e voltar a falar.

"Tsc, talvez." Ele deu de ombros e empurrou a xícara para mais perto de mim. "Não é chá, é café." Ele disse e eu olhei para dentro da xícara vendo o conteúdo.

"Obrigada capitão, mas eu não bebo café." Eu disse e ele levantou uma das suas sobrancelhas que geralmente ficavam franzidas.

"Você não bebe chá nem café." Ele disse e mesmo sem ser uma pergunta eu assenti. "Então que tipo de bebida você bebe?" Eu peguei meu copo mostrando a ele que se inclinou para ver.

"Água." Ele olhou por um momento antes de voltar a sua posição e continuar bebendo seu café.

"Então Annie, com quem você aprendeu a desenhar?" Eu realmente não entendo o motivo das perguntas dele, se ele quer tanto contar tudo da minha história para o comandante então por que perguntar coisas desse tipo? Será que ele espera que eu me abra mais com uma abordagem menos agressiva.

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⏰ Última atualização: Feb 09, 2021 ⏰

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Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora