Prólogo

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Amanda Ferreira © 2024. Todos os direitos reservados. Esta obra está protegida por direitos autorais sendo vedada a sua reprodução para qualquer fim sem a autorização do autor.

Plágio é crime!

Voltarei a postar os capítulos de Coração Selvagem, porém houve várias alterações ao longo da história, com relação ao nomes de personagens , pois diferente da versão anterior a história agora se passa no Brasil, então precisei alterar alguns. Não cito nomes de cidades, apesar de utilizar algumas que já visitei como inspiração, mas preferi não citar nomes para ter mais liberdade poética.

Espero que se apaixonem pela história novamente <3

Boa leitura...


"Ter medo do desconhecido e amedrontar-se perante o novo, é intrínseco a nossa humanidade. Um mecanismo de autopreservação instintiva. O desconhecido envolve riscos, esforços e demanda muita energia. Por vezes, optamos por sofrer com aquilo que nos é familiar, do que por desbravar o desconhecido" ( Amanda Ferreira).

Ainda que minhas feições estivessem serenas, um paradoxo de emoções tumultuava minha mente ao entardecer daquele dia.

O sol aparentava se esconder aos poucos atrás da vastidão do oceano, tingindo o azul anil do céu e o cristalino do mar com um brilho alaranjado e filetes esbraseados. O vento fresco da maresia agitava os fios finos do meu cabelo, quase prateados, lançando-os em diversas direções, enquanto meus pés jaziam afundados na areia morna e meu corpo relaxado sob o pequeno guarda-sol.

Era uma boa forma de se despedir.

- Você parece triste - meus olhos dourados repousaram sobre a amiga que me observava atentamente - Espero que você não chore, você fica muito feia quando chora - provoca com um pequeno sorriso nos lábios.

A pequena provocação surte o efeito desejado, arrancando-me dos pensamentos conflitantes e desenhando um sorriso sarcástico nos meus lábios.

- Por que você não volta para o mar oferenda? -provoco chutando areia em sua direção.

Laura solta um pequeno guincho quando a areia fina gruda na sua pele embebida de bronzeador.

- Eu vou matar você afogada Lucy! - choraminga tentando retirar a areia da sua pele.

- Não sei porque você passa tanto bronzeador, dá para empanar você com essa quantidade...

Ela revira os olhos e desiste, por fim, de tentar retirar a areia, percebendo tardiamente que estava apenas piorando a situação.

- Vai ser bom pra você Lucy - diz voltando ao assunto chave daquele dia, com uma convicção que eu não estava compartilhando - Eu sei o quanto novas experiências são estressantes para você, mas tente focar apenas no lado bom!

- Eu sei o quanto vai ser bom para mim e tia Isis, mas você conhece meu cérebro esquisito!

Laura sorriu entredentes e olhou para mim com os olhos brilhando em diversão.

- Deus sabe que infelizmente eu conheço! - tal constatação garante a ela mais um pontapé de areia, desta vez quase a atingindo no rosto.

- Talvez você não precise se preocupar tanto, porque se você continuar tentando me empanar eu vou afogar você! - grunhe tentando arrancar a areia do seu corpo.

- Você pode tentar pequeno anão de jardim!

Ofereço um sorriso zombeteiro a ela, que solta um grunhido e uma tentativa de um olhar assassino a mim.

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