- Capítulo 9 -

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- Dois dias depois -
( Narração Joel )

Já faz dois dias que Holly não fala comigo, aliás nem temos nos encontrado, ela sai de casa muito cedo e volta muito tarde, ela têm trabalhado com Myke mesmo eu mandando alguém avisar que ela tem que trabalhar na minha sala. Já estou voltando para casa, é uma sexta-feira, à um mês atrás eu só voltaria para casa amanhã, mas tenho me comportado.
Chego em casa e vou tomar um banho, minutos depois escuto a porta sendo aberta, saio com o roupão e vejo Holly com a porta de seu quarto aberta.

Eu: Podemos conversar? - Ela me olha assustada, ela vem até a sala e nos sentamos no sofá - Queria saber se fiz alguma coisa para você estar me evitando

Holly: Você não fez nada, estou com problemas e não quis te incomodar com isso

Eu: Eu gostaria de saber o que se passa! - Ela me encara - Porque voltou chorando aquele dia?

Holly: Eu encontrei aquele cara, e ele me disse algumas coisas perturbadoras...

Eu: O que ele disse? - Sinto a raiva percorrer meu corpo

Holly: Que a gente podia voltar para ter aqueles momentos... - Vejo uma lágrima escapar de seu olho

Eu: Não precisa falar mais!

Holly: Eu só percebi que sofria abuso quando sai daquilo, foram três anos... - Ela chora ainda mais

Eu: Você me prometa que nunca mais vai sair de casa sozinha e vamos trocar o número do seu celular, tente esquecer disso, e quando tiver algum problema me fala!

Holly: Obrigada!

Eu: Vamos sair, vou trocar de roupa e saímos ok?

Holly: Onde vai me levar?

Eu: Logo você saberá!

...

Holly: Como sabia que eu precisava de sorvete?

Eu: Apenas sabia!

Holly: Você acha que eu vou poder amar alguém algum dia? - Essa pergunta fez meu coração parar

Eu: Espero que sim... - Vejo um sorriso em seus lábios

Holly: E você? - Me assusto com a pergunta - Ainda está apaixonado como o médico disse?

Eu: Claro que não, ele falou aquilo por...por...porque ele é maluco!

Holly: Duvido, ainda vou descobrir quem é essa pessoa!

Eu: Por que nunca denunciou aquele cara?

Holly: Ele tem dinheiro, e eu sou uma garota pobre, quem iria acreditar? E mesmo que acreditassem, ele compraria a justiça!

Eu: Realmente!

Holly: E aquela Samara? Sua mãe não disse mais nada?

Eu: Ainda bem que não!

Holly: É ela?

Eu: Você ainda insiste nisso? Eu não gosto de ninguém!

Holly: Não acredito!

Eu: É verdade, posso te perguntar uma coisa?

Holly: Claro!

Eu: Como foi sua infância? - Vejo ela se surpreender com a pergunta

Holly: Foi difícil, sabe por que eu sou a louca da limpeza? Porque no orfanato a gente tinha que arrumar tudo sozinha, no fundo foi bom para o meu futuro, tive que me virar porque nunca apareceu uma família que queria me adotar, os bebês são a preferência dos casais

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