Eu não aguento mais a Dulce Maria

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CHRISTOPHER

Era mais um dia de futebol na Universidade de Monterrey, estávamos jogando na primeira etapa do campeonato nacional. Nosso time, os Lions estavam dando de 5 a 0 nos Roosters. Faltava apenas um minuto para acabar o jogo e eu recebi a bola de Poncho, matei no peito, chutei de longe e a vi ir na direção do gol, tudo parecia em câmera lenta, a plateia olhava hipnotizada e pareciam prender a respiração como se o mínimo movimento impedisse a bola de chegar ao seu destino, o gol.

Após alguns segundos que pareceram uma eternidade...

GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL...

Meus amigos correram e vieram me abraçar, ganhamos de 6 a 0, e modéstia parte eu fiz metade desses gols. Então, ouvimos o apito do juiz sinalizando o fim de jogo, as líderes de torcida fizeram sua última dança e apontaram para um jogador.

Assim que olhei, lá estava ela, Dulce Maria apontando e rindo que nem boba para mim. Alguém me mata por favor? Não aguento mais essa paixonite boba, ela precisa arrumar alguém logo e me esquecer. Ela não é louca, mas é que ao final todo jogo cada líder de torcida aponta o seu dedo para o jogador favorito. Segundo Anahi, minha irmã, é parte da coreografia. Mas, segundo a mim é o jeito dela se declarar para o meu amigo Alfonso, já que ela não tem coragem de falar com ele.

Você pode estar até pensando que a Dulce é feia, mas não é verdade. É linda de rosto e o corpo nem se fala... Ainda mais naquele uniforme branco e vermelho de líderes de torcida. A saia curta de pregas, a parte de cima de mangas longas com um decote generoso que deixa muito pouco para a imaginação...

Mas vamos lá, porque eu não quero Dulce? É simples, somos como água e vinho. Sou do time sexo sem compromisso e ela do time que gosta de coisas melosas de namorado, é caseira e eu baladeiro, está apaixonada e eu não, faço pós graduação em Direito criminal e ela faz faculdade de música, não temos nada em comum.

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