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Uma deve se deixada bem claro na minha mente: Nunca confiar nada de muito importante nas mãos do seu amigo, principalmente se ele não tiver o mínimo de juízo na cabeça

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Uma deve se deixada bem claro na minha mente: Nunca confiar nada de muito importante nas mãos do seu amigo, principalmente se ele não tiver o mínimo de juízo na cabeça.

Estou a meia hora quebrando a cabeça tentando achar uma solução para o problema que arranjaram para mim, porém nenhuma das alternativas me agradava.

A) contar toda a verdade e acabar perdendo o emprego.

B) continuar com a farsa e ganhar dinheiro enquanto minha mentira não é descoberta.

– Se eu fosse você escolheria a alternativa B, é melhor do que recomeçar a saga de distribuir currículos como uma louca. – Jason sugeriu enquanto colocava um prato com bolo de chocolate em minha frente.

– Nem pense que vou te perdoar por causa de um bolo delicioso. — Falei tentando soar firme em minha decisão. – Minha gula também está com raiva de você.

– Mas é o seu favorito! – Jason exclamou surpreso.

– Jason você a colocou em um problema enorme. – Luana falou se sentando em uma cadeira do meu lado, ela também ficou preocupada com a mentira enorme em que me envolvi. – Não me admira que ela perca a fome, o primeiro emprego que consegue em meses está por um fio.

Jason não parecia estar muito convencido dessa teoria.

– Vocês me pediram para criar um currículo perfeito que a ajudasse a conseguir algo, foi justamente o que eu fiz. – Se defendeu.

– Você não escreveu um currículo, você a transformou em outra pessoa. – Luana retrucou o deixando sem palavras.

Minha amiga tinha um política de zero mentiras em sua vida, ela odeia com todas as suas forças tudo que pode ser falso ou enganoso. Esse foi o principal problema em sua vida, principalmente em seu relacionamento com o Jason.

– Vocês não explicaram as regras, não exijam nada do que não me pediram. – Jason falou após recuperar a fala. – Principalmente você, loirinha. Minhas jaquetas estão sumindo do meu armário, o que raios você anda fazendo com elas?

Luana deu de ombros.

– Eu as uso. – Respondeu com simplicidade. – Ficam muito bem em mim.

– Isso eu não posso negar. – Jason concordou com um sorriso malicioso em seu rosto. – Porém, as coloque novamente onde as pegou.

– Eu te disse que as suas jaquetas teriam uma nova dona. — Brinquei.

Jason fez uma careta infantil em minha direção e eu não pude evitar de rir. Éramos melhores amigos há muito tempo, praticamente irmãos de pais diferentes. Apesar de nossas discussões bobas sempre sabíamos quando o outro estava mal ou com algum problema.

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