Capítulo 4

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_ Pai eu preciso que o senhor consiga um passaporte para mim em no máximo uma semana e também uma passagem para New York vou passar um tempo com a minha tia Claire.

_ Mas o que você quer fazer na sua tia Claire, você não gosta de New York odiava ir pra lá quando era criança porque essa mudança agora? - Eu realmente não estava preparada para uma versão do meu pai preocupado, eu queria que ele ficasse, mas não espera que realmente ficasse já que ele não foi visitar nesses últimos anos porque não quis.

_ Aconteceu umas coisas na minha vida e eu estou precisando de uma mudança radical de ambiente.- pois é vocês não acharam que eu ia contar para o meu pai o que aconteceu ne mas é caro que não ele não quis fazer parte da minha vida a muito tempo e já esta sendo bem difícil vir aqui para pedir ajuda para ele então se ele quiser saber que descubra ele mesmo.

_ Você falou com a sua mãe sobre isso porque eu a vejo todos os dias e ela não comentou nada.

_ Não falei com ela ainda, mas ela vai concordar e eu já sou emancipada então ela não tem como me manter aqui no brasil contra minha vontade.

_ Esta bom eu vou ajeitar tudo hoje é sexta, então acho que ate segunda já esta tudo pronto e como você tem dupla cidadania não vai precisar de visto. - quase não acreditei quando ele terminou de falar ele ia mesmo me ajudar sem nem saber o porque, maravilha, ele estava sorrindo para mim tenho certeza que eu estava com a cara de boco que eu fazia sempre que estava feliz.

_ Ótimo você vai mandar entregar lá em casa ou quer que eu venha buscar?

_ Mandarei entregar quando estiver pronto, Já é 13h:30 você gostaria de almoçar comigo?

_ Claro, mas peça para o motorista me deixar no hospital do centro depois Okay?

_ Esta bom vamos.- Ele saiu na frente estranhei ele não me perguntar o porque de eu querer ir para o hospital depois, mas amei ele não ter perguntado ficar inventando estórias o dia todo era cansativo e falar a verdade era muito pior.

Depois de almoçarmos o motorista me deixou no hospital como eu havia pedido ao meu pai entrei rápido e  fui direto para sala da Luana pegar os meus exames, para minha sorte o André não tinha nenhuma doença sexualmente transmissível e eu não estava gravida.

Mandei os exames em PDF para o tio caio assim ele teria provas do que aconteceu e poderia prender o André, depois fui na farmácia precisava de mais remedia as dores no meu corpo estavam me matando aos poucos e me fazendo reviver aqueles momentos de merda.

Depois fui para mercearia conversei com o seu José disse que não dava mais para trabalhar lá pois ia me mudar em breve mas nesses dias ia ajuda-lo a encontrar quem me substituísse, eu amava aquele lugar tanto quanto ele já que passava mais tempo ali do que em casa já era 16h:00 da tarde quando finalmente achei alguém confiável para ficar no meu lugar não éramos melhores amigas ate por que eu não era esse tipo de pessoa mas eu a conhecia o suficiente para saber que ela não sacanearia o seu José que era uma amor de pessoa

Também conversei com a dona Joana para saber se eu poderia dormir na casa com ela e o seu José era mais seguro do que ir para um hotel porque mesmo guardando cada centavo dos anos que trabalhei ali eu não gastaria se não fosse estritamente necessário, ela deixou então foi ai que veio a parte difícil : Voltar para casa.

 O que era basicamente esfregar na cara da minha mãe que ela se casou com um estuprador e que não prestava atenção em mim para perceber o que tinha acontecido porque se ela tivesse me dado aquele beijo de boa noite como quando era casada com meu pai ela teria percebido de cara que eu não estava bem e que estava desmaiada e não dormindo.

cheguei em casa umas 20h:00 da noite tinha certeza que a minha mãe já tinha chegado então entrei e fui direto falar com ela o André também estava lá o que me deixou nervosa pra caramba mas eu já tinha ligado para o tio Vitor para que ele me esperasse na porta e que só entrasse se ouvisse gritaria

_ Olá mãe nos podemos conversar? - perguntei o mais calma que pode, ela fechou o rosto na hora levantou e me deu um tapa no rosto, eu não esperava por aquilo, talvez que me xingasse, mas não que também me batesse

_ COMO VOCÊ PODE TENTAR SEDUZIR O MEU MARIDO SUA PIRANHA. - Nessa hora caiu a minha fixa ele tinha invertido a história toda e ela acreditou nele sem nem mesmo me dar o benefício da dúvida.

_NOS PODEMOS CONVERSAR OU SERÁ SÓ OFENÇAS? - eu perguntei já querendo chorar como ela podia agredia

_ COMO VOCE PODE FAZER ISSO COMIGO PORRA EU SOU SUA MÃE.- foi nesse momento que eu liguei o foda-se cara como ela pode falar assim comigo ela me criou me conhece melhor que todos.

_ TA Aí OS EXAMES QUE EU FUI FAZER HOJE DE MANHA PODE OLHAR TEM UM DNA AI JUNTO. - Quando eu disse isso e joguei os exames nela ela parou de gritar e olhou para o exame, nesse momento eu já estava chorando muito.

Mesmo de ter sido violentada a pior parte era ver a minha mãe acreditando nele cegamente aquilo realmente me destruiu.

No momento em que minha mãe pegou os exames o André ficou pálido e eu amei o ver daquele jeito, com medo, do mesmo jeito que eu fiquei na pior noite da minha vida.

Quando a minha mãe abriu o envelope e começou a ler o André que ate então não havia se pronunciado começou a ir em direção a porta como se quisesse fugir dali, pensei naquela hora que ideia maravilhosa ter trazido o tio Vitor.

_ Eu te aconselho a não fugir senhor. - disse o meu tio assim que a porta foi aberta e acreditem dava pra ver o suor escorrendo pela roupa do safado, eu não continha o sorriso.

_ Como você pode André, eu te amava  dei tudo para você, pelo amor de deus não foi o suficiente?- perguntou minha mãe chorando, me doía muito vela daquela forma ela estava arrasada e eu não tinha forças para consolar ninguém além de mim mesma.

_Nunca será suficiente, me amava ora faz me rir, você não me amava, você amava a ideia de ter alguém depois que o seu marido te trocou por uma novinha, você amava a ideia de ter superado um termino trágico e queria apenas trocar um amor por outro. - Ele falou tudo o que eu pensava acho que ele sabia mais do que eu podia imaginar e essa relação feliz que eu achei que eles tinham era só coisa da minha imaginação  e da minha mãe também pelo que vi.

Depois do que ele disse a minha mãe ficou sem palavras e eu também, o tio Vitor o levou naquela noite diretamente para penitenciaria e acho que ele não foi bem recebido lá porque no segundo dia ninguém ouviu falar dele só soube semanas depois quando já estava na casa da minha tia  que o encontraram  todo machucado e com o anus arrebentado perto do rio tiete.

a minha mãe não falou comigo esses dias, acho que ela pensa que eu destruí o relacionamento de merda dela, tudo bem culpar alguém para não aceitar a verdade do que aconteceu, a lição disso é bem simples, não deposite suas esperanças nos outros. Antes de entrar em qualquer relacionamento para amar se ame, assim a relação será companheirismo e nunca uma dependência.


Coração de GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora