Admirado.

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Com muito ódio, rancor e desprezo acompanhei Jimin até aquela bosta de lugar. Logo na entrada me disse que ia pegar bebida, mas no caminho encontrou um grupo de pessoas conhecidas, me deixando sozinho. Ai eu meio que já saquei, que ia ficar abandonado, no meio daqueles jovens adultos alcoolizados, suados gritando por conta do aquecimento que rolava, pra entrada dos artistas.

Tudo o que eu mais odiava.

Fiquei no meio da multidão observando o lugar, as pessoas que frequentavam, tirando conclusões e pensando sobre coisas aleatórias como: se a arquitetura era adequada acusticamente, por conta do teto arredondado, e de que minhas experiência em lugares parecidos era boa. Mas de qualquer forma o material similar a pano nas paredes, na tentativa de isolar o som me deixava angustiado. O tecido deixava o clima abafado, isso junto com o fato das pessoas estarem fumando sem o mínimo senso, me deixava profundamente irritado.

Por isso sempre preferi rolê em lugares fora, com área abertas, porque sempre tinha uma hora que eu cansava e precisava de um tempo pra respirar. Talvez fosse chato da minha parte abandonar o Jimin, ainda por cima alcoolizado, mas geralmente ou eu faço uma pausa ou eu surto porque não tenho paciência. Quando percebi que as pessoas em minha volta, poderiam ser descritas, como casais ou grupos de amigos, completamente alterados, cuja qualquer ato me irritava, decidi me afastar de tudo.

Procurar um canto com poucas pessoas, era uma tarefa praticamente impossível, já que o lugar tinha aproximadamente mais de mil pessoas. Eles eram famosos, definitivamente. Conforme fui indo para um canto mais longe do palco possível, achei um lugar com uma varanda disponível, o que pra mim era ótimo, então resolvi me sentar por lá. Além de que tinha lugar pra sentar, e podia mexer no celular sem medo de alguém me roubar.

E por lá eu fiquei até minha amiga, e colega de trabalho, Suran, me encontrar. Estava toda estilosa, com seus cabelos coloridos, piercings e tatuagens carregando uma garrafa de vodka já misturada do jeito que gostava. 1% refrigerante cítrico 2% de suco de pêssego e 97% de puro álcool. Já sabia bem desse costume por conta das saideiras pôs trabalho.

— Yoongi, seu fudido! Sério mesmo que tu vai ficar aí?! — disse indignada, ela odiava o fato de que em toda festa sempre tinha um momento que eu me isolava.

— Meu amigo que veio comigo abandonou, e eu não gosto dessa banda logo... Me dá um copo de álcool? — pedi sorrindo meigo tentando ter o que eu queria.

— Ainda por cima está sóbrio?! Abre a boca imediatamente! — abri de maior bom grado recebendo o líquido queimando minha garganta como tanto gostava, num gole longo — Agora sim! — disse sorrindo satisfeita — Pelo menos bêbado tu se solta e interage com as pessoas... Pretende ficar sozinho esta noite mesmo?

— Não como eu tivesse muita opção...

— Tenho certeza que tem muita gente querendo ficar com você nesta noite, esse rostinho bonitinho ganha altos corações. — disse fazendo um leve carinho no meu queixo me arrancando risadas.

— Tu sabe que eu não curto muito esse rolê de ficar com as pessoas...

— Esqueci que tu é assexuado... — reviro os olhos por lembrar desse apelido que um idiota em um rolê inventou de mim.

— Eu fico com pessoas, só não gosto tanto assim.

— Ok demissexual. — disse rindo da minha cara emburrada — Mas tu devia pelo menos preparar os esquemas, os integrantes dessa banda são tão quentes que me deixam todinha molhada.

Ri do seu jeito livre e depravado de ser batendo de leve na sua coxa. Ai ai de mim, se ela soubesse que eu já dei o fora no Jungkook, o guitarrista que ela é apaixonada. Capaz dela me descer o soco por ser idiota de não pegar um cara daqueles. Mal sabe ela que ele é um puta babaca.

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