🌸. Sasuke's true face

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Sakura

Formulários.

Foi assim que ficou meu fim de semana. Tem desvantagens de ter um pai conhecido por toda a cidade; Kakashi teve uma breve conversa com ele sobre meu futuro e as universidades disponíveis que com certeza seriam ótimas pra mim. Vantajoso ou não, recebi uma pilha de formulários pelos correios. Eu poderia fazer minha inscrição pela internet? Poderia, mas fazer escrito manteria não só minhas mãos ocupadas como também a cabeça.

Meu pai e Kakashi deviam ter uma visão bem ampla sobre a minha inteligência, pois até mesmo Harvard e Oxford se encontravam entre as opções. Deixei essas duas de lado; não me achava inteligente o suficiente para estudar nelas.

Enquanto eu estava preenchendo o formulário da NYU — pedido da minha mãe — minha mente também achou viável se ocupar em uma certa pessoa. Meu coração sempre batia rápido demais quando eu pensava nele. Não o vi na quinta e nem na sexta; mesmo sem ter aula com ele nesses dois dias, ainda sim nos encontrávamos pelos corredores. Ou nos banheiros...

Não que depois daquele dia tenha acontecido de novo.

— Você tá apaixonada. — Ino falou deitada na minha cama e dei um pulinho. Quase me esqueci da sua presença.

Mantive a cabeça baixa, os olhos fixos nas folhas de papel, para que ela não visse minhas bochechas coradas.

— Por quem? — perguntei. Minha voz estava trêmula, mas carregada de sarcasmo.

Pelo canto do olho, vi Ino folhear uma revista bem lentamente e com um sorriso no rosto.

— Isso é você quem tem que me contar.

Franzi os lábios.

— Está fora de questão porque não estou apaixonada por ninguém. — pontuei.

E era verdade. Paixão e tesão são duas coisas bem diferentes.

De repente, preencher os formulários fugiu do meu interesse. Ódio. Odiava o fato daquele professorzinho de merda está sempre nos meus pensamentos. Por que será que quanto mais eu não quero pensar nele mais eu penso?

Não recebi mais e-mails seus. Pelo visto caiu a ficha que aquele era o meio de comunicação mais errante. Ou simplesmente ele viu que era errado se envolver com uma aluna.
Com um suspiro alto enfiei os formulários na gaveta da minha escrivaninha e olhei ansiosa para Ino. Guardar aquilo para mim mesma estava me matando. Eu tinha que contar.

— Talvez eu esteja desejando alguém. Paixão, nesse momento, é uma palavra forte demais. — minha voz estava finíssima, mas Ino entendeu, pois seus olhos brilharam de curiosidade.

Assisti a mesma dá pulinhos na cama enquanto se sentava, o corpo inclinado na minha direção como sinal de interesse.

— Ta esperando o quê pra soltar o nome do cara na rodinha?

Contei até dez. Ou tentei. Minha ansiedade mal deixou que eu chegasse no cinco.

— É... o professorUchiha. — falei tudo de uma vez e entredentes. Ino arregalou os olhos e cobriu a boca com a mão, com certeza para abafar algum grito histérico.

Houve um silêncio mútuo no quarto, e isso estava me deixando ainda mais nervosa.

— Caramba... eu sempre soube que você era uma piranha. Essa cara de santa não engana. —havia um sorriso muito mais que malicioso nos seus lábios.

Eu corei.

Contei toda a história que rolou, desde o esbarrão até o acontecimento no banheiro. Ino ouviu tudo calada, mas com um misto de choque e malícia. Me senti aliviada quando tirei esse peso das costas, mesmo com as diversas piadinhas que Ino lançou o final de semana todo.

DominateurOnde histórias criam vida. Descubra agora