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oi, eu sou a Maitê, e vou tentar resumir a minha vida problematica.

eu fui diagnosticada com sociofobia aos 5 anos de idade, porque minha piscologa relatou eu demonstrar alguns dos sintomas.

a sociofobia é o medo irracional de ser julgado, analisado e rejeitado em situações de interação social. existem vários tipos de sociofobia, e a que eu tenho é a generalizada.

que basicamente, não me limita sair de casa para lugares onde se encontram aglomeração, como festas, eventos publicos e até mesmo a escola. mas eu estudo de forma online. sou problematica, mas não incapacitada de ter aulas sozinha.

além disso, não consigo falar com estranhos, ficar falando com alguém que eu não conheço no telefone, porque sinto que serei julgada.

além da sociofobia, minha auto-estima é muito baixa e fico me rebaixando muitas vezes.

enfim, eu só queria ser normal.

agora eu estava na minha cama dedilhando as cordas do meu ukulele, e tentando terminar uma música que estava escrevendo, quando ouvi alguém bater na porta.

— entra! - digo, e logo a porta é aberta, revelando meus pais. — filha, tomamos uma decisão junto com a sua piscologa e achamos melhor te matricularmos em uma escola. - meus pais dizem perto da porta e sinto meu coração parar por um segundo.

— mas vocês sabem que eu não consigo nem sair na rua, imagina ir a uma escola? - falo baixo, sentindo lágrimas se formarem em meus olhos.

— mas você já tem 16 anos, não tem nenhum amigo, precisa de alguém da sua idade com você. - meu pai fala e sinto uma vontade enorme de gritar.

— eu não quero ir pai, por favor... eu tenho medo. - digo embolado por causa do choro. — filha, vai ser melhor para você, você precisa tentar se acostumada com o mundo aos poucos... eu sei que é muito díficil para você, mas precisamos enfrentar nossos medos. - minha mãe fala dessa vez, se aproximando de mim, e pegando nas minhas mãos.

— suas aulas começam na segunda feira. - meu pai diz. — MAS HOJE É SEXTA, NÃO TENHO NEM UMA SEMANA PARA ME PREPARAR. - acabo gritando, e quando percebo o que fiz, vejo que minhas mãos começaram a tremer.

— desculpa eu não queria gritar. eu sinto muito. - digo e meus pais me olham tristes. — tá tudo bem filha... mas nós precisamos que você aceite. vai ser bom para você.

acabo falando que sim, e tento ao máximo não pensar nisso até segunda feira.

— Mai, brinca comigo lá fora? - Lucas, meu irmão, aparece na porta. — sim. pega seus brinquedos e me espera la no quintal tá bom? - digo e ele concorda com um sorriso no rosto.

— vou descer. - meu pai diz e minha mãe o acompanha. — eu te amo filha. eu sei que isso vai ser melhor para você. - minhas mãe diz e sorri para mim. sorrio graco como resposta.

vou para o banheiro, prendo meu cabelo em um coque bagunçado, e lavo meu rosto para limpar as lágrimas.

— cadê você Mai? - ouço Lucas gritar e dou um sorrisinho com a voz dele. — descendo japinha. - digo. — já pedi para você parar de me chamar de japinha. eu não gosto. - ele diz assim que eu chego lá em baixo e faz uma cara emburrada.

— não posso fazer nada se você nasceu com os olhinhos puxados. - digo apertando as bochechas dele. — vamos japinha. - falo rindo com ele no meu colo indo em direção ao quintal. — af. pelo menos sou fofinho. - ele diz e eu sorrio concordando.

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esse foi só o primeiro cap

𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓 𝐓𝐎 𝐌𝐄 - ᴢᴀᴄʜ ʜᴇʀʀᴏɴ ☾︎✨Onde histórias criam vida. Descubra agora