Aqueles Dias De Inverno [REESCREVENDO]

Introdução - Sabe onde me encontrar

Olá, unicórnios azuis - esse apelido é péssimo, eu sei - como vocês estão?

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Melancolia. É o que estou sentindo. Tomou conta de mim, como uma neblina densa que não quer dissipar. É difícil descrever com precisão essa sensação, pois ela é uma mistura de tristeza, apatia e saudade. É um vazio que parece não ter fim, uma dor que não tem explicação.

As dez letras que formam a palavra “melancolia” são como um eco em minha mente, ecoando um sentimento que me consome por completo. Procuro por sinônimos, por palavras que possam descrever o que sinto, mas todas parecem pálidas em comparação com essa sensação avassaladora. Essa melancolia que me atinge é resultado da perda de algo que eu nunca tive. É a ausência de um amor que nunca foi vivido, de uma paixão que nunca se concretizou. É a dor de saber que algo que poderia ter sido não aconteceu e, provavelmente nunca irá acontecer.

Tudo isso se mistura em minha mente, criando um emaranhado de emoções que não consigo entender. A falta de ânimo é palpável, a vontade de seguir em frente é quase inexistente. O que resta é a saudade do que poderia ter sido, do que nunca em minha singela perspectiva será. É como se eu carregasse uma dor que não é minha, uma tristeza que não tem explicação. E assim, a melancolia me envolve em seus braços, me afogando em um mar de sentimentos que não sei como lidar.

Cada respiração é um esforço, cada passo é uma batalha. Essa palavra não é apenas uma sensação, é uma presença constante em minha vida. É a sombra que me segue onde quer que eu vá, o peso que carrego em meu coração com a perda de algo que nunca tive é como uma ferida aberta, que sangra sem parar. É a saudade de um futuro que nunca existiu, de um sonho que nunca foi realizado. É a tristeza de saber que tudo aquilo que imaginei nunca irá se concretizar. O mundo ao meu redor parece vazio, sem cor, sem vida. As coisas que antes me traziam alegria agora são apenas lembranças vazias. O sorriso que um dia estampava em meu rosto agora é substituído por uma expressão melancólica.

Talvez um dia eu consiga superar essa perda, talvez um dia eu seja capaz de seguir em frente. É, talvez um dia. Mas por enquanto, quem diria, ela se tornou a minha companheira mais fiel. É ela que me conforta nas noites solitárias, é ela que me acolhe quando a tristeza toma conta de mim. Eu não sei quando essa sensação irá passar, não sei se algum dia irá passar. Mas uma coisa é certa, a melancolia é uma parte de mim agora. E por mais que doa, eu preciso aprender a conviver com ela.

Com um suspiro cansado, eu finalmente abro a porta e saio para a rua. O ar frio da manhã me atinge em cheio, me fazendo estremecer. Eu olho para o maço de cigarros esmagado no chão, da qual acabei de jogar sentindo uma pontada de culpa, eu sei que deveria parar de fumar, mas a ansiedade é demais para suportar.

Eu caminho apressado pelas ruas, as pessoas ao meu redor parecem uma borboleta cinza sem sentido, sem graça. Eu mal consigo me concentrar em nada, minha mente está presa em um turbilhão de pensamentos e emoções conflitantes. A mensagem no meu celular me lembra do nosso acordo, de nossos encontros semanais, do nosso encontro marcado, me faz questionar se realmente quero continuar com isso, duas vezes por semana é o que acordamos ter juntos depois daquela tempestade de neve. Duas vezes por semana para nos encontrarmos, nos amarmos, e depois seguir nossos caminhos separados. Mas será que isso é suficiente para mim? Será que quero continuar vivendo nessa incerteza, nessa falta de compromisso? Se isso é tudo o que teremos juntos? Talvez tenha sido um erro concordar com isso, talvez tenha sido um erro continuar nessa situação. Eu me sinto preso, sufocado pela rotina e pelas obrigações. Eu me pergunto se há algo mais na vida do que isso, se há algo mais do que simplesmente sobreviver.