Discovering Love

Cap.2

- Mas que absurdo é esse?! - diz a professora.

- Fudeo.. - falo.

- saiam da sala, agora!

Como sempre a culpa vai pra mim.

- professora eu também me meti nessa briga -diz Luca-

- Luca, não precisa fazer isso por causa da sua amiga

- mas é sério professora

- ela suspira - ok, ok

Saímos da sala.

- como podem fazer isso no primeiro dia de aula?! - ficamos em silêncio - como é primeiro dia de aula, não vou levar vocês pra diretoria, vão ficar na biblioteca pensando no que fez, e só voltam quando minha aula acabar!

Fomos para biblioteca em enorme silêncio. Nos sentamos na mesma mesa todos cabisbaixos.

- ...por que veio pra cá mesmo não tendo feito nada? - pergunto ao mesmo.

- eu não queria ficar sozinho, a sala não é a mesma sem você

-...você é muito bom com as pessoas, tão bom que parece até que é mentira, sem ofensas

- tudo bem -ele afaga meu cabelo- e você? Como se chama?

-..Sou a Karol

- eu sou o Luca, e ela é a Mary

- Oi - falo

- Oi

- bem, é isso né..a gente tá na merda, por conta de um babacão.

- quem quer jogar uno? - Diz Luca - assim a gente se destrai enquanto o tempo passa

- nunca joguei uno - falo secamente de braços cruzadas, com uma cara revoltada

- como assim nunca jogou uno?

- é, eu nunca joguei, ninguém nunca me chamou pra jogar, sla ninguém que eu conheço joga, pelo menos eu acho

- você vai aprender agora, sou um ótimo jogador

- uiui Yumeko

- ksksksk eu aposto meu lanche

- e eu aposto o meu, e você? - pergunto a garota que estava quieta.

- eu aceito, aposto meu lanche

Começamos a jogar.

- uno!! _diz Luca_

- ah que bosta, você ganhou por que já sabe jogar

- bom, eu te expliquei direitinho, estamos jogando normal mas eu ganhei hehe

- vou morrer de fome

- eu divido com você coração de fogo -ele faz um carinho bruto.

- coração de fogo?

- é, você é ardente e quente como fogo, as pessoas precisam de jeito pra se relacionar com você se podem se queimar, um amor caloroso e quente

- entendi, eu gostei.. ninguém nunca me deu um apelido legal assim

*Quebra de tempo*

Fomos lanchar.

- você parecem bem amigos - diz Karol.

- é, somos melhores amigos, inseparáveis, apesar das diferenças gostamos muito um do outro - diz Luca.

- é..não é pra tanto

- você não gosta de mim?? -o mesmo faz uma carinha triste.

- claro que gosto, mas sla inseparáveis..ah sla

- ela não admite o amor que tem por mim, ela é assim mesmo

- entendi ksksks

Ele me conhece bem, só me conhece por um ano mas já sabe bem quem eu sou, ele tem razão, eu escondo muita coisa, não sou muito boa pra demonstrar sentimentos amorosos, eu demonstro de uma forma mais bruta, e ele sabe já disso por isso gosta de mim da forma que eu sou. Ele é um amor, o melhor amigo que eu poderia ter. Ele sabe quando eu tô triste, quando eu tô feliz de verdade, e quando eu tô estranha.

~Flashbacak on~

- ksksks você é uma graça docinho -falo fazendo carinho bruto em sua cabeça-

- você me chamou de docinho?? -o mesmo me olha com os olhos brilhando.

- aí não..

- aí eu não sabia que tinha um apelido escondido pra mim  -ele me abraça apertado- eu sabia que você me amava

- é, é eu te amo -falo um pouco sem jeito.

- ksksks você é tão fofa

~Flashback off~

Eu não sei como ele consegue ter tanta positividade num mundo tão chato, e ele sofre bastante, mas mesmo assim é um amor de pessoa, mas não chamo ele de docinho sempre se não ele vai me abraçar a vida toda e me encher de carinho mais do que ele me enche, e eu posso ter uma diabete de tanta doçura né.

Pov Luca

Agora é minha vez de falar nessa história! Enfim, sou um garoto muito sensível, amoroso e delicado, essas características vão muitas vezes pras meninas então eu sofro muito por ser um garoto assim. Mas Mary me aceitou, aliás ela tem características que as pessoas consideram de um garoto, então nós passamos pelas mesmas coisas (As vezes nem sempre né ksks). Ela é uma amiga super legal, mesmo sendo mal humorada e ter seus surtos de raiva quase sempre, ela é uma pessoa boa, pena que nem todo mundo vê as mesmas coisas que eu.

Tadinha, sofre tanto ouvindo das pessoas apenas coisas ruins de si mesma, ela não demonstra tristeza, diz que não se importa, mas no fundo eu sei que ela se importa, ela tenta não se importar pra ver se essa dor some, ela sente que se ela se mostrar vuneravel na frente dos outros é fraca, mas ela não é fraca, é uma garota forte, muito forte ela já me defendeu de muitas coisas. Eu sou muito covarde então a mesma acaba se metendo em confusão por minha causa, o que eu não gosto muito, ela se estressa se alguém falar mal de quem ela ama, e é daí que eu vejo que ela me ama, ela não demonstra amor com palavras mas com ações.

Mas acho que já falei demais dela, é que eu gosto de falar dela já que somos muito amigos. Como um garoto sensível já levei vários apelidos maldosos na escola, como: bixinha, mulherzinha, viadinho, sem contar no racismo que eu sofro também. Eu não demonstro muito minha tristeza pra isso não me afetar por completo, por isso sou tão animado no ver das pessoas, essas coisas que passo me doem muito, mas não posso demonstrar que isso me ataca para as pessoas, minha mãe sempre me ensinou que devemos ser uma pessoa feliz sem se importar com o que os outros acham de você, pois cada um faz sua parte da vida sem cuidar da de ninguém.

Agora conhecemos a Karol, espero que ela seja uma nossa também, assim o grupo dos melhores amigos aumenta né, e isso é legal, se tem uma das coisas que eu mais admiro é a amizade, tem algo mais incrível que isso? Você cria um laço com alguém independente de sua diferença, ela te aceita e te ama, você brinca, conversa, desabafa, faz tudo é algo muito legal.

- pelo visto vocês se entendem bem, mesmo sendo um o aposto do outro

- a amizade proporciona coisas incríveis, pessoas diferentes podem se entender através do amor

- meu deus eu vou vomitar arco íris -diz Mary.

- ksksksksks

- se você quiser, pode fazer parte do nosso grupo

- ah, eu gostaria, já que não tenho ninguém pra falar mesmo

- então seja bem vinda!

- Obrigada

*Quebra de tempo*

- Tchau meninas -abraço as mesmas-

As mesma se despedem e vão embora.

É tão boa a sensação de fazer novos amigos.