- PRÓLOGO -

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- Christopher, acima de nós. - O ruivo que pilotava a aeronave ao lado afirmou. - Esse safado acha que nós somos burros? Só pode tá de sacanagem!

- Fique alerta. Ao meu sinal nós o encurralamos. -Respondeu já direcionando seu caça para o onde o inimigo estava. - Primeiro vou dar um olá ao nosso amigo perdido.

- Quê? Woolley, não seja estupido! A ordem foi acompanhar em uma distância segura sem
confronto desnecessário até entrarmos em contato com o piloto para alerta-lo a se retirar do
território marítimo nacional. Sua aproximação está desautorizada! - A voz do comandante
Blackwood soou como um trovão aos ouvidos deles.

- Tarde demais. - Disse Tyler ao ver seu melhor amigo passar ao seu lado e empinar o f22 raptor. - Christopher, seu doente. - Riu mesmo sabendo que os dois teriam que ficar mais um dia vendo o sol nascer quadrado.

O caça do primeiro tenente sobrevoou em um rasante atravessando as nuvens e logo achando seu alvo. Era um modelo de MIG 27.

- Te peguei. – Sorrindo ele avançou.

E assim se iniciou uma disputa com os dois caças, fazendo com que as duas máquinas dançassem no ar. Em algum momento o F-22 americano sumiu deixando o piloto invasor enfim respirar para logo tomar um susto. Christopher fez com que seu avião saía debaixo do invasor e passe para cima de forma invertida fazendo assim com que os dois pilotos ficassem cara a cara.

- Buu! - Declarou de forma debochada. -  Eae meu chapa, tá indo aonde?

- Tenente Woolley, seu desgraçado eu não vou repetir de novo se afaste agora do MIG-27 e
retorne para o lado de Ruchell agora! - As inconsequentes ações do jovem primeiro tenente
foram apenas para amedrontar e todos sabiam, mas Blackwood estava puto.

- Sim Senhor, Senhor!

E dê forma rápida o homem iniciou o trajeto de volta para encontrar seu melhor amigo, porém uma luz vermelha no painel o fez ficar alerta.

- Tem alguma coisa errada. – Sussurrou.

A intenção de assustar o invasor e fazê-lo recuar foi um sucesso, mas ele não contava que o
motor ficaria comprometido. Ele não havia feito nada demais.

- Tem algo de errado com o motor. - Disse tentando detectar o que levaria aquela falha.

Rapidamente as vozes do comandante e de Tyler se fizeram presentes no comunicador, contudo ele
começou a suar e não conseguiu escutar nada.

- Mas que droga é essa?

- Tenente Woolley, aqui é a Capitã Smith. Fique tranquilo seu idiota, você já está perto. Tente planar o máximo possível até o mais próximo da base. Caso note dificuldade na tarefa, ejete imediatamente!

A voz de Carly o fez acordar.

Ignorando a segunda opção de sua superior, Christopher começa a avistar a grande porta
aviões a sua frente e tenta ir planando. O barulho do alerta junto à vista de apenas o oceano
Pacífico o cercando já lhe dava certeza de que teria que fazer um pouso forçado na água.

- Christopher, pelo amor de Deus cara! Ejeta! - A voz de Tyler saiu desesperada no fone e ao
olhar pro lado viu que seu amigo o acompanhava de perto. A água estava cada vez mais perto e o porta aviões ainda ao longe.

- Porra!

Então sem alternativa ele puxou a alavanca e em menos de 3 segundos subiu pelos ares.

Seus ouvidos escutavam apenas zumbidos altos, estava enjoado e sem que percebesse ele apagou.

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Estava escuro. Um breu. Sentiu algo, na verdade, alguém acariciando sua mão direita. Era possível ouvir os barulhos de alguns aparelhos ao seu redor, sentiu um cheiro forte de produto de limpeza e havia algo em seu braço que lhe incomodava.

Com um pouco de dificuldade conseguiu enfim abrir os olhos, uma tarefa tão demorada que o fez questionar em que estado se encontrava. A primeira coisa que viu foi um teto branco para logo ser substituído pelo rosto cansado e assustado de sua mãe. Os olhos azuis da mais velha se encheram de lágrimas que logo começaram a deixar rastros pelo seu rosto.

- Meu filho! - Sem conter a emoção, a mulher lhe abraçou fortemente.

- Oi, mãe. - Christopher disse rouco sentindo a doce dor de ser esmagado por ela.

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