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Gabryella bennett

[...]

Acordo e vou fazer as higienes normais e tomar um banho, hoje as meninas iriam vir pra minha casa, meu pai ia viajar hoje a tarde, enfim entro no chuveiro e tomo um banho rapido

Quando saio coloco uma mom jeans e uma blusa qualquer, e vou pra cozinha fazer meu café

- bom dia - meu pai diz enquanto segura uma chicara em suas mãos 

- bom dia pai - me sento ao seu lado

- filha acabei de receber um e-mail e a viajem vai ter que ser prolongada - ele me olha apreensivo - tava pensando em chamar a lydia pra ficar com você

- que? Pai eu tenho 18 anos eu não preciso que a lydia me vigie - falo em um tom de indignação

Lydia, a colega de trabalho do meu pai, que ele com certeza tem um rolo, eu observava todas as vezes que eu vinha pra cá, quando ele chamava ela pra ficar comigo, ou quanto eu escutava a conversa deles pelo telefone a noite

- e eu já chamei as meninas pra ficar aqui comigo

- eu só não queria te deixar sozinha por muito tempo - ele fala e coloca a chicara na bancada

Já to acustumada, era oque eu queria dizer

- não vou - respondo - já disse tenho as meninas

- tudo bem então - ele se levanta e vai em direção ao corredor

Sozinha, ficar sozinha, é uma coisa legal mas se sentir sozinha é horrivel, uma das piores coisas que você pode sentir, e eu infelizmente me sentia assim desde pequena

Com a separação dos meus pais minha mãe tinha que trabalhar eu ficava sozinha em casa, não era sempre que eu podia ficar com as meninas, eu ficava naquela casa grande, sem ninguém, muitos podem dizer que isso é legal mas não foi pra mim

Não tinha coragem de contar pra minha mãe como me sentia, de como eu chorava pois tinha medo, medo de estragar tudo, meu pai não tava mais aqui pra ajudar com tudo e ela não aceitava a ajuda dele pra tudo, ela tinha que trabalhar e eu não podia acabar com isso

Então ficava lá, sozinha, até que comecei a ter minhas primeiras crises, eram leves, eu conseguia esconder mas quando foi piorando minha mãe percebeu, lembro da cara que ela fez quando me viu em prantos no chão do meu quarto, tremendo

Não é uma lembrança feliz

Desde esse dia ela ficou menos horas no trabalho e arrumou uma babá, não pra exatamente cuidar de mim e sim para eu ter uma companhia, ia a terapia todo sábado, tomava remédios para me acalmar e para dormir melhor

Tava melhorando, eu tô melhor agora, mesmo ainda tendo que tomar alguns remédios ainda não esta tão grave como antes, ainda tenho trauma de ficar sozinha pois tenho medo de tudo aquilo voltar, aquele sentimento horrível

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Maddy, nailea, vc

M- to indo pra sua casa já

N- nao ia passar aqui antes?

M- ia, nao vou mais

N- vagabunda

G- pq

M- meu pai me levou pra comer e agora to perto da sua casa, ent vou direto

N- te odeio

G- paro

M- para de drama nailea
M- pega um uber

N- juro que quando te ver eu espanco

skate lane // Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora