Capítulo 1: O começo...

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- Vamos parar por favor!! - gritei para os três que estavam bem a minha frente.

- Fracote!!! - Bruno ria de mim.

Eu estava praticamente sem pernas de tanto pedalar.

- Vamos parar aqui. - disse Vanessa.

Desci da bicicleta e caminhei com um pouco de incômodo até alcança-los. Estávamos parados em frente a uma bela confeitaria. Parecia nova pois já havia passado por aquela rua e nunca a tinha visto. Se minha memória não estivesse tão ruim, ali funcionava um antigo mercadinho de legumes e verduras.

Vanessa parecia encantada com a faixada do local.

As paredes eram pintadas de rosa com várias bolinhas marrons. Uma grande vidraça revelava que o interior do local tinha as mesmas cores. No alto, um grande cupcake tinha em sua cobertura a palavra "Cake'Soul" com luzes brilhantes. As portas de vidro, continham um adesivo com o mesmo cupcake desenhado e o nome da confeitaria.

Gabriel e Vanessa amavam doces, e eu não poderia dizer que não amava, pois estaria mentindo.

Colocamos nossas bicicletas em uma espécie de bicicletário que havia do lado de fora do estabelecimento, e quando Bruno abriu as portas e o pequeno sininho anunciou nossa entrada, fomos surpreendidos por uma voz masculina gritando à nossas costas.

- CUUIDADOOO!!!!!

O barulho de pneus cantando no asfalto ecoou pela rua e nos fez virar instantaneamente.

Diante de nosso olhos, um carro passou derrapando sobre o passeio a poucos centímetros e atingiu nossas bicicletas lançando as mesmas em nossa direção. Senti Gabriel me puxar pela gola de minha camisa e se jogar comigo para o chão, antes que uma das bicicletas nos atingisse em cheio. Escutei Vanessa gritar desesperada, mas com o impacto do tombo fechei os olhos e senti uma dor incomoda por bater no passeio com força.

O som do carro colidindo com algo sólido preencheu toda a rua, acompanhado de expressões das pessoas que estavam no local.

Abri os olhos em meio ao "abraço" apertado de Gabriel, que ainda me segurava firme, e vi que o carro tinha colidido com um poste próximo de onde estávamos. A frente estava completamente destruída devido ao impacto. Do lado do carro, bem próximo a janela do passageiro, um jovem com cabelos negros e arrepiados, rosto pálido, trajando um capote preto totalmente desnecessário devido a temperatura, observava o carro acidentado.

E em menos de dois segundos ele se desfez no ar como fumaça...

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