capítulo único.

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Dazai e Chuuya finalizavam a missão que fora designada a eles pelo chefe da máfia, desmaiando dois dos sobreviventes da organização inimiga e entregando para os capangas do grupo os levarem até a base para o interrogatório.

— Até que enfim acabamos com essa merda, eu ‘tô morrendo de cansaço. – Chuuya falava enquanto se alongava. — E a gente ainda precisa fazer o relatório pro Mori, que saco.

— Não necessariamente. – Dazai se pronunciou.

— O que quer dizer com isso?

— A gente poderia sair um pouco pra relaxar e fazer o relatório depois...

— Às vezes eu acho que você se aproveita do favoritismo do chefe por você mais do que deveria.

— Vamos lá, Chuuya, é só uma noite! Ou você ‘tá tão ansioso assim pra ver a cara daquele velho de novo?

— Cala a boca, idiota! Eu já entendi, mas onde você pretende ir?

— Tem um novo bar da máfia que dizem ter um desses vinhos chiques que você queria experimentar.

— Uau, pensando em mim? Isso não é normal... Você ‘tá aprontando alguma, não ‘tá? Eu juro pra você, maldito, que se-

— Pelo amor de Deus, Chuuya, só responde se topa ou não. Eu não vou te matar envenenado ainda.

Chuuya bufou.

— Vamos logo.

[...]

— Eu já disse que ‘tô achando muito estranha essa sua história de me trazer beber assim do nada?

— Três vezes, pra ser exato.

— Pois eu vou dizer de novo. ‘Tô achando tudo isso muito suspeito.

— Você não consegue mesmo curtir alguma coisa sem reclamar, né?

— Eu te conheço, idiota. – Bebeu um gole do vinho em sua taça. — Você não vai beber nada?

— ‘Tô bem só com minha água.

Chuuya abriu a boca pra falar, mas foi interrompido.

— Se você disser algo sobre eu “ser suspeito” de novo, eu juro que corto sua língua fora.

— Fala isso como se conseguisse encostar em mim, não passa de um fracote.

— Falou o garoto com 17 anos e 1,60m de altura.

Chuuya rangeu os dentes.

— Eu ainda te mato, idiota.

— Esse é o meu maior sonho, Chuuchuu... – Dazai disse enquanto colocava mais do vinho na taça de Chuuya.

Um silêncio perdurou na mesa por alguns minutos, até Chuuya tomar coragem de falar.

— E como você ‘tá? Quero dizer, sobre aquele lance do Oda... – Chuuya sequer olhava nos olhos de Dazai para fazer a pergunta, não gostava de demonstrar que tinha preocupações com o mais novo, assim como sabia que o outro também era muito fechado quando o assunto era sentimentos.

Dazai suspirou.

— Eu não quero falar sobre isso.

— Você sabe que uma hora você vai ter que falar sobre, certo? Não pode ficar guardando tudo pra si mesmo.

— Agora não é o momento.

— Beleza, já entendi.

Silêncio.

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