Maldito rato sobre o relógio, que tudo observa, que pelas paredes anda, que deixa pegadas na minha terra e suja de barro tudo por onde passa.
Eu esperando que os restos de comida sejam jogadas ao balde, e o maldito rato, livre para sair e comer o que quiser.
O tic-tac já não me incomoda mais, nem sua presença.
Se não tivesse feito em minhas paredes um labirinto que somente você conhece as saídas, eu me encolheria e fugiria.
Maldito rato, que espera eu me afastar do balde.
O sentinela está lá fora? - eu lhe perguntei
Maldito gato gordo, todo dia é segunda-feira.
Por que tudo quer, rato? Pode ir à cozinha e comer o que lhe der vontade, mas ainda espera que eu me descuide, para roubar minhas migalhas.