Capitulo 4🔥

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                       Kim taehyung

Não tinha ideia de quanto tempo eu estava ali. Junmyeon havia se aproveitado de um pequeno deslize. Barulhos de tiro vinham do lado de fora, e Suho ordenou que seus subordinados resolvessem a situação. Era nítido seu nervosismo e, naquele momento, eu conseguia rir do seu desespero.

Ele empurrava o cano da arma contra minha cabeça, ameaçando puxar o gatilho. A pouca iluminação do local dificultava a visão da sala. Junmyeon se agachou, trazendo seu rosto próximo ao meu. Ele me olhava incrédulo por eu estar me divertindo com tudo aquilo.

— Mesmo todo fodido, não deixa a arrogância de lado. Acorda, Taehyung! Os que você chama de família nem se deram ao trabalho de vir até aqui te salvar. Esse é o fim da linha! — gritou Junmyeon.

— Ou não — falei, tossindo e cuspindo sangue no rosto dele.

Junmyeon engatilhou a arma. O silêncio no local me fez perceber que ali talvez fosse realmente o fim para mim. Mas, por outro lado, eu estava tendo prazer de ver o império dele desmoronar diante dos seus olhos. Respirei fundo, apenas esperando o momento em que seria atingido. Direcionei meus pensamentos em Jennie. Quando a porta foi arrombada por uma silhueta conhecida, pisquei diversas vezes para tentar enxergar melhor.

— Não ouse puxar esse gatilho!

— Min... Min Yoongi? — gaguejou Suho.

As luzes do local foram todas acesas. Mesmo com a visão meio turva, consegui identificar Yoongi, Jungkook e os outros da tríade, direcionando suas armas para Junmyeon.

— Me agradeça depois e, pra melhorar, me dê um beijinho de recompensa — disse Yoongi, em deboche, enquanto cortava a corda que prendia meus braços.

— Vai se fuder, Yoongi! — exclamei.

Ele apoiou meu corpo sobre o dele, ajudando-me a levantar. Pressionei minha mão sobre o corte em meu abdômen. Naquele momento, Junmyeon já implorava por sua vida.

— Não era você que, há poucos minutos, estava dizendo que iria me matar?

— Não precisa disso tudo, foi um mal-entendido. Eu... eu apenas queria te dar um susto, como antigamente.

Quanto mais eu me aproximava dele, mais ele recuava. Junmyeon acabou se esbarrando na pequena mesa onde havia deixado algumas facas que usou em mim. Yoongi impediu que eu me aproximasse ainda mais. Suho estava apoiado na pequena mesinha. Sua expressão de medo deu lugar a um sorriso diabólico, que me fez lembrar da morte do meu pai.

Havia algo errado. Um disparo foi feito. Vejo Yoongi me empurrando e caindo à minha frente. Segurei-o, impedindo que batesse a cabeça no chão. Vários tiros foram direcionados a Junmyeon. Eu não conseguia ouvir mais nada à minha volta, vendo apenas meu amigo sem vida diante dos meus olhos.

— Acorda, seu puto! — gritei com a voz embargada. — Por favor, acorda. Eu não quero perder mais ninguém.

— Por que você está gritando? Acho que vou acabar morrendo de dor pelos socos que você está me dando, porra — resmungou.

Suspirei de alívio ao ver que ele estava vivo. O tiro havia pego em seu abdômen. Olhei para frente e vi Junmyeon morto, e uma das tríades sem um chefe.

A tensão no ar era palpável. Jungkook e os outros se aproximaram rapidamente, verificando o estado de Yoongi. Jennie apareceu ao meu lado, seu rosto uma mistura de alívio e preocupação.

— Precisamos sair daqui agora — disse Jungkook, com a voz firme, mas os olhos revelando a mesma preocupação.

Jennie ajudou Yoongi a se levantar, enquanto Jungkook me amparava. Saímos do prédio, a luz do dia nos cegando momentaneamente. Lá fora, o caos ainda reinava, mas nossos homens estavam vencendo.

— Vamos, Taehyung. A guerra ainda não acabou — disse Jennie, apertando minha mão.

Caminhamos em direção aos veículos de fuga, com o peso da batalha ainda sobre nossos ombros, mas com a esperança de um novo começo. A vingança havia sido doce, mas agora era hora de reconstruir. Juntos, como uma verdadeira família.

Inconsequente - série prazeres sombrios livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora