cap 1

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" um homem belo, com uma bela estrutura corporal e asas. asas enormes e em chamas e uma tatuagem que vinha das pontas do dedo até a metade de seu peito..." Despertei com o barulho de flechas, peguei meu manto e minha besta e saí correndo floresta a fora, ainda com a imagem fresca do sonho em minha mente, aquele rosto tão belo e familiar, afastei aquele pensamento da minha mente e fui correndo em direção ao rio.

Chegando lá às flechas já tinham parado de serem disparadas. estava cansada e ofegante, minhas pernas estavam fracas devido o longo período sem comer e a intensa corrida, me abaixei e bebi um pouco de água, lavei meu rosto e continuei minha caminhada. O dia seria longo como todos os outros

Fui caminhando até a aldeia mais próxima onde eu teria certeza que teria vinho e alguns pedaços de pão para poder comer e com sorte um pouco de lenha para me aquecer.

Era outono, os ventos frios e as chuvas constantes me desgastaram ainda mais, mas não poderia parar, não até encontrar algum lugar seguro para ficar, não com aqueles homens me caçando.

Já estava tarde,o sol baixo nas copas das árvores anunciava o anoitecer. Algum tempo já após o anoitecer, cheguei a aldeia de Lexie, uma velha amiga que eu sabia que me acolheria.

-Quem está aí?- falou uma voz feminina quase angelical de dentro da cabana.

- uma velha amiga, minha querida-

Ao ouvir essas palavras e reconhecendo minha voz ela abrira a porta e saltou em um abraço quente e apertado. Calor humano. Como eu precisava disso.

Entrei e jantamos. Após o jantar conversamos sobre o que ocorreu nesses últimos dois anos em nossas vidas. Eu estava cansada, com hematomas espalhado pelo corpo devido as noites mal dormidas na floresta, precisava de um banho, quente e demorado.

Lexie pareceu percebe, disse que tinha uma banheira me esperando no quarto. A cabana era simples porém bem luxuosa, Lexie herdará de sua falecida mãe.

Me despedir e mergulhei naquela enorme banheira, escapou gemidos de meus lábios ao entrar em contato com aquela água quente, depois de tantos dias naquela floresta escura.

Fiquei alguns minutos pensando naquele sonho, sonho que se repitia a vários dias, distraída acabei não notando a presença de Lexie me observando, com aquele olhar que sempre me tirava o ar:

- sentir sua falta, Sarah- disse ela.
- também sentir a sua, Lexie-

Ficamos em silêncio, uma encarando a outra, sabendo o que a aproximação das duas tinha causado da última vez.

A perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora