PRÓLOGO

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Tudo em nossas vidas começam e terminam do mesmo jeito e comigo não foi diferente, sentimentos são inevitáveis e movem o ser humano, minha mãe já me dizia que não devemos esperar nada de ninguém, o correto é sempre correr e buscar o que se deseja.

Sempre fui solitário, mas isso não quer dizer que sempre estive sozinho, minha vida foi muito badalada e sempre fui envolvido com muitas mulheres e alguns homens, não é porque se está sozinho que não se deve aproveitar os prazeres carnais do homem. 

Mas chega de falar sobre a vida, pelo menos sobre a vida em si, vamos falar sobre a minha vida. Me chamo Paulo, sou advogado, solteiro e assim fui por muitos anos, até conhecer uma pessoa específica que destruiu minhas crenças e abalou meu mundo, mas até chegarmos lá, vamos parte a parte.

Onde tudo começou? Não existe uma resposta correta, mas me lembro que sempre fui diferente de todos os outros garotos e garotas da minha idade, sempre entendi bem o que estava acontecendo e conseguia me aprimorar a todas as situações, e foi assim que superei rapidamente o término do casamento de meu pai com minha mãe aos meus 8 anos de idade.

Era de se esperar que iria se findar, afinal de contas, a quantidade de putas que meu pai levava para casa enquanto minha mãe estava fora, era surreal, acredito que foi assim que descobri o que eram putas, biscates, meretrizes, ou como minha avó as chamam, mulheres da vida.

Meu pai é dono de uma empresa que fabrica refrigerantes, energéticos, sucos, enfim, diversos tipos de cerveja, mas na real é tudo fachada, ele não passa de um laranja de alguns políticos poderosos e serve de cobaia para acobertar os sacanas, mas ganha muito em troca, por isso sempre tive tudo que quis, exceto sentimentalismo, algo que meu pai nunca resolveu demonstrar, pois para ele, homem que é homem é seco, rude e sabe que no final do dia tem que tomar um copo de uísque puro e comer uma puta.

Algo que eu sempre tive nojo, enfim, eu o amo ainda sim, meu amor por meus pais é irrefutável, mas meu nojo pelos atos que minha família cometeu até chegar onde chegou é desprezível, porém, não vou tocar neste assunto, pelo menos não ainda. 

Ainda pequeno, com meus 8 anos de idade, aprendi sobre a vida e os princípios básicos para a vivência no mundo que eu frequentava, anote caro companheiro, talvez você precise!!

1 - Se você não sabe jogar, não entre na mesa. 

2- Se você não está bebendo, você não está jogando.

3- Antes de querer as melhores cartas do baralho, mostre o dinheiro. 

Não, não foi meu pai quem me ensinou, muito pelo contrário, foi minha mãe, ela sempre me preparou para a vida que por muito tempo levei. Diferente do meu pai, minha mãe era astuta, educada, glamorosa, o poder em pessoa, as outras mulheres a invejavam tanto, mal sabiam dos demônios que ela enfrentava a cada dia e o maior deles era meu pai. 

Nunca confie em outro homem meu filho, não importa o quanto ele lhe prometa, não importa o quanto ele implore, não importa o quanto ele tente demonstrar confiança, todos temos um preço, eu tenho o meu, você terá o seu e seu pai, bom, seu pai já foi vendido há tempos. 

Morávamos em um prédio em Brasília quando o divórcio aconteceu, continuamos eu e minha mãe no apartamento e meu pai se mudou para o Rio de Janeiro, para ficar mais próximo da empresa, que ficava em Petrópolis. Confesso que não era melhor sem meu pai, mas também não sentíamos a falta dele, os tempos foram passando, eu fui crescendo e minha mãe faleceu quando eu tinha 16 anos de idade, uma morte bem lenta e dolorosa, causada pelo câncer de mama (Meninas façam sempre um exame, é muito importante), meu pai me emancipou e eu continuei em Brasília, e é aqui onde tudo em tese se iniciou, vem comigo, vou te contar o primeiro conto da minha vida. 




O amor é uma PutaOnde histórias criam vida. Descubra agora