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Pov mah

E lá vamos nós.

Nada melhor do que fazer sempre a mesma coisa, de segunda a segunda. Levantar, tomar banho, escovar os dentes, me vestir e ir trabalhar, rotina mais clichê que vc verá, porém essa é a realidade de milhões de brasileiros.

Meu nome é mabli vitória, tenho 22 anos, sou uma recepcionista de restaurante japonês e faço faculdade de psicologia.

Nas horas vagas, eu arisco dançar um pouco, cantar (não tão bem, mas canto). Mas se tem uma coisa que eu faço sempre é escutar música, sou muito eclética e escuto todo tipo de música, pop, trap, sertanejo e vários outros tipos, até msm brega funk e kpop KKKK... falando em kpop Vamos ao bendito.

Eu comecei essa vida de kpopper com 16 anos, tinha três amigas que gostavam e foi na escola que elas me mostraram as primeiras fotos, músicas e etc, meu primeiro grupo foi bts, escutei uma música, escolhi um integrante preferido e daí em diante foi só ladeira a baixo, me apaixonei por diversos outros grupos, conheci bem esse universo, assisti vários doramas eu era tipo MT centrada nisso, até data de aniversário e tipo sanguíneo eu sabia e até coreano aprendi, crente de que ia usar isso um dia, mas com o passar dos anos fui me distanciando, já não via novos mvs, não procurava nada e fui assim, esquecendo aos poucos...

Porém sempre quando eu via algo meu coração brilhava, eu tenho um carinho muito grande por kpop, me ajudou em uma das épocas mais difíceis da minha vida, eu tenho que agradecer e muito por todo o conforto que o kpop me deu, e cara eu sinto tanta saudade, as lives, as fanfics, a ansiedade de saber que um mv vai ser lançado... Porém hoje não tenho mais a mesma conexão, por mais que eu tente.

Assim como eu, as minhas amigas também tem esse mesmo sentimento, somos 4 no total, eu, bia, Diana e Kelly, todas de certa forma fomos seguindo caminhos diferentes porém sempre mantendo contato, Bia é dois meses mais velha que eu, faz faculdade de arquitetura e trabalha em uma livraria pra pagar a faculdade e ajudar em casa, diana é alguns meses mais velha que nós, tá se formando Jajá em artes cênicas, adora dançar e da aulas de dança pra adolescentes entre 15 e 19 anos, já Kelly a mais velha de todas nós com 25 anos faz faculdade de moda e trabalha como caixa em uma farmácia.

Pra falar a verdade não temos muito tempo pra sair e nos encontrarmos, mas temos um grupo no whatsapp pra conversar e isso nos mantém unidas.

É estranho como a 4 anos eu me sentia tão jovem e queria fazer mil e uma coisas, fazia planos pra um futuro brilhante e hoje me sinto tão confusa a ponto de as vezes ficar em dúvida sobre o rumo que a minha vida vai ter, nos tempos de hoje não sei se a minha profissão vai dar certo, ou se eu vou ser mais uma pessoa que tem diploma mas segue desempregada, tô pensando em ser psicóloga da prefeitura, pq assim posso atuar em postos de saúde e etc, acho que pra fazer seu próprio consultório deve ter que investir bastante dinheiro, dinheiro esse que por enquanto eu não tenho nem metade da metade da metade, enfim... Totalmente perdida.

Parando essa linha de raciocínio e caindo na real, eu tô bem atrasada pra trabalhar.

Pov bia.

São 8 horas da manhã e eu já tô dentro da livraria, por mais que eu ame ler, é um saco passar 80% do meu dia aqui pra ganhar um salário mínimo de segunda a segunda, porém vou calar minha boca por que graças a deus eu tenho um trabalho pra pagar minha faculdade, que já não é barata, mas a bolsa de 70% me ajuda muito.

Por sorte no caminho já comprei um café e um saquinho de pão de queijo, pelo menos pra não ficar com fome até o almoço... Depois de abrir a livraria eu voltei para o meu posto atrás do balcão e sentei no banquinho que tem lá, pela manhã o movimento não é muito então estava tranquilo, abri meu whatsapp e avisei pra minha mãe que já tinha chegado no trabalho e tava tudo tranquilo e tbm mandei mensagem de bom dia pras meninas no grupo.

The Best Accident 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora