Provocações

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O som irritante e insistente da campainha ecoava por todo o corredor, mas Kid estava pouco se fudendo para as reclamações dos vizinhos. Seu dia havia sido péssimo e isso lhe causou uma terrível irritação.

- O que caralhos aqueles dois estão fazendo!? - Quase rosnou em irritação pela demora. Resolveu usar a mão livre para esmurrar a porta, na expectativa de que alguém viesse abri-la. - SERÁ QUE DÁ PARA ABRIR ESSA PORRA!?

Não que ele tivesse algum direito de exigir que os seus colegas de apartamento se prontificassem a atendê-lo quando ele tinha a própria chave para isso, mas era exatamente esse o problema. Depois de uma briga com os amigos, uma apresentação de trabalho - que carregou sozinho nas costas - desastrosa e uma prova em que tinha absoluta certeza que havia ido terrivelmente mal, só o que faltava para fechar com chave de ouro era perder a chave do apartamento, e ele perdeu, junto com o celular, ainda por cima, e nem se deu conta de onde havia sido.

Gemeu em insatisfação ao imaginar o tanto que o senhor-responsabilidade irritante iria reclamar daquilo. Dividir o apartamento com aqueles dois era terrível. Enquanto um era uma bola de energia vibrante e irritantemente espalhafatoso, sem noção e intrometido, que vivia enfiando todos em confusão, o outro era um mandão com toque, que se achava o dono da verdade e era terrivelmente controlador.

A faculdade já era estressante por si só e lidar com as personalidades irritantes e opostas daqueles dois o fazia querer se jogar de uma ponte, ou os socar. O problema da segunda opção era que tudo que ele conseguia fazer quando estava com aqueles dois - além de se irritar muito - era ficar com uma puta excitação. Ele nem se deu conta de quando seu corpo havia começado a reagir daquela forma àqueles dois, o que não era muito difícil, visto como eles eram bonitos e possuíam, cada um do seu jeito, uma enorme sensualidade tão natural quanto respirar. Eles eram a porra de uma tentação. Mas as coisas começaram a desandar quando eles passaram a provocá-lo, todos os dias, nos momentos mais inusitados. Já estava irritado em antecedência por imaginar o estresse que se seguiria.

A porta do apartamento finalmente foi aberta e ele já estava pronto para xingar qualquer um dos dois, mas sua voz ficou presa na garganta ao ver um Trafalgar completamente molhado e com apenas uma toalha na cintura. Seus olhos percorreram aquele corpo fodidamente gostoso e cheio de tatuagens sexys. Sentiu sua calça apertar com o início de uma ereção enquanto apreciava o corpo magro, porém definido do outro. Puta que pariu. Parecia um adolescente precoce. Mas era difícil não se sentir daquela forma com aquela tentação bem diante de seus olhos.

- Vai ficar aí me secando ou vai entrar logo? - O tom de voz irritado do moreno o tirou do transe. Tratou de entrar logo antes que o outro visse sua ereção. Esse era outro problema em sua vida. Law já havia notado o efeito que os dois tinham sobre o ruivo e ele era um demônio extremamente sádico que não perdia a oportunidade de provocá-lo sempre que tinha a chance.

Soltou um palavrão quando escorregou pela trilha de água deixada por Law e quase caiu no chão. Podia ouvir o outro reclamar por ter que sair do banho as pressas para atendê-lo, mas não deu importância para aquilo. Jogou sua mochila por cima do sofá, mesmo que o outro fosse reclamar pela bagunça, e foi até a escada, mas seu corpo paralisou novamente.
Luffy estava com uma cara de sono esfregando os olhos com uma expressão fofa vestindo apenas a porra de uma camisa e cueca parado em um dos degraus da escada. Caralho. Seus olhos percorreram as belas pernas torneadas do garoto e sentiu seu pau latejar. O que merda aqueles dois estavam fazendo? Não bastava a provocação de um agora vinha o outro para ajudar. Como ele queria fuder aquela bunda gorda e gostosa do pequeno.

- Por que tá só de toalha, Torao? Achei que fosse uma regra sua não ficar sem roupa pela casa. - Questionou descendo as escadas com uma feição ainda sonolenta. Law estalou a língua no céu da boca irritado.

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