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Valentina Martin —— Ponto de Vista Londres, Inglaterra —— 10:14AM, sábado
Rolei o meu corpo na cama, sentindo o espaço de DaeHyun vazio. Franzi as sobrancelhas, abrindo os meus olhos minimamente, onde ele estava? Eu até poderia imaginar que ele não tinha vindo para casa na noite anterior, mas esse não foi o caso, porque ele veio.
Tanto que fizemos amor por horas e horas, lembro que começamos às duas da manhã e terminamos às quatro e meia, quando ele desceu para pegar água.
Suspirei, levantando o meu corpo preguiçosamente. Cocei um dos meus olhos, olhando o celular e vendo que tinha um papel em cima dele, era um bilhete do loiro.
"Saí para correr com o pai, mamãe saiu com Catherine e não sei que horário voltará. Helena deixará o café na mesa para que você possa tomar ainda, um beijo, eu amo você!"
Sorri minimamente com isso. Mas então, reli a mensagem mais uma vez e ao ler "pai", o meu corpo gelou. Fechei meus olhos lembrando de como Jeon havia me segurado ontem à noite, de como foi boa a sensação de sentir seus lábios contra a minha pele. Um frio se instalou na minha barriga, fazendo com que meu corpo inteiro formigasse.
Eu não podia sentir essas coisas por simplesmente pensar nele, de maneira alguma!
Me levantei da cama, calçando as minhas pantufas e segui para o banheiro, afim de me higienizar. Não tirei o meu baby-doll, apenas lavei o meu rosto, fiz o meu xixi e escovei os dentes. Enquanto eu pegava o meu robe, fiquei me perguntando a razão dele ter dado aquele selar em mim. Talvez tenha sido coisa do momento, ou não, não sei.
Algo, no fundo de mim, me dizia que Jeon Jungkook me desejava tanto quanto eu o desejava, por trás de toda aquela educação, sutileza e elegância, existia um homem cheio de paixão. Então poderia ele ter algum tipo de paixão por mim? Que seja desejo, ou um libido fora do comum. Passei a mão pelos meus cabelos, tentando entender aquela confusão de sentimentos que inundava meu corpo e a minha mente.
Que eu desejo, é óbvio, embora eu não possa, é inevitável. Não tenho controle sobre isso. Ele é como um imã que está constantemente me atraindo, me puxando para si cada vez mais e mais. Sentei-me na mesa principal, vendo o banquete que havia ali em cima, sorri, fazendo um prato bem caprichado. Tomei um gole do meu café, me certificando de que estava suficientemente doce.
Falem o que quiserem, mas o café doce é o melhor. Ao menos na minha humilde opinião.
Enquanto eu tomava o feed do Instagram, vi algo que me chamou atenção. Era a estreia de um novo pub, Pipeline, ele era muito bonito e aparentemente bem grande. Hoje seria a estreia oficial da casa, tendo open bar das sete às onze da noite. Sorri com isso, então rapidamente tirei o print do flyer e enviei para Annelise.
