Pais e Mestres.

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Notas: bem, isso está escrito no ponto de vista de mizuki enquanto ele age como o filho da puta desagradável que ele é, então não levem a sério nenhuma dessas merdas!

Aaaand, essa é pra @ HeyMoonalize que obviamente é a pessoa mais legal desse site.

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Mizuki não era um homem que ficava facilmente ansioso, ele era um bom shinobi e sabia que se deixar levar pelas emoções poderia facilmente influenciar o resultado em campo ou durante uma missão, ansiedade era uma das muitas emoções que ele, cuidadosamente, trabalhou ao extremo para excluir de sua vida.

Excitado, no entanto…

Ele era um homem de sangue quente, podia apreciar o calor da batalha, a satisfação da vitória ou êxtase de obter a última palavra.

Sim, Mizuki podia ficar meio excitado às vezes.

Ele também ficava irritado. Irritado com o maldito Kiri-nin que o feriu o suficiente para que ele fosse obrigado a continuar preso como  um mero chunin, irritado com Sandaime por empurrá-lo para Academia, irritado com os vermes barulhentos que eram seus alunos e completamente, inegavelmente, puto com o desgraçado que designou o pirralho demônio a sua classe. 

Um dia, ele jurou para si mesmo, ele mataria quem quer que fosse o filho da puta, uma vez que descobrisse quem tinha sido o culpado.

O demônio era exatamente isso, um demônio. Embora, não porque ele massacrou seus colegas em seu primeiro dia de aula, não porque ele tinha a aparência de um demônio, infelizmente não era nada desse tipo, porque pelo menos coisas assim dariam a Mizuki motivos suficiente para cravar uma fuma shuriken entre os olhos do pirralho. Ele era um demônio que o levava ao limite, que fazia seu sangue ferver e sua rara paciência evaporar. 

Mizuki não odiava muitas pessoas, ele odiava sua noiva estúpida que reclamava quando ele voltava tarde para casa, ele odiava Sandaime e odiava seu melhor amigo que teve a ousadia de desaparecer sem deixar vestígios algum. Uzumaki Naruto foi facilmente adicionado a aquela pequena lista. 

O garoto não ajudava. O demônio não era nada além de um desperdício de ar, mas continuava tentando, sempre se levantando e voltando, ousando tentar ser algo além do rejeito que deveria ser.

Ele agia estúpido, falava estúpido e era estupido, mas de alguma fotma tirava notas melhores do que Uchiha Sasuke, o prodígio da classe. Claro, não havia como Mizuki deixar isso acontecer, o demônio não se formaria como um ninja se ele tivesse uma palavra a dizer sobre isso, mas separar e fraudar todos os testes do pirralho maldito era um trabalho imenso. Valia a pena, no entanto, ver como ele murchava, como seu rosto caía e como ele ficava vermelho diante das zombarias da classe quando os resultados saiam. 

E então, do dia para noite, o taijutsu do garoto se tornou exemplar. O sangue de Mizuki ferveu e por um segundo ele pensou que cairia duro para trás com a raiva que se passou de seu corpo. Aquela pequena aberração loira, como ousava aquela desperdício de ar tentar se igualar ou ser melhor do que qualquer um dos alunos reais de Mizuki? 

Ele o prendeu com Sasuke então. O garoto era bom, ele era bom e era impiedoso, o demônio raramente tinha uma chance contra o Uchiha, principalmente com Mizuki sabotando seus golpes aqui e ali. Trabalhoso como o inferno, mas o peito de Mizuki queimou de satisfação sempre que aqueles olhos azuis ficavam marejados com a humilhação ou quando o garoto sangrava após um golpe particularmente forte.

Apesar de seu ódio ardente pela besta, Mizuki nunca teve vontade de atingi-lo fisicamente. Claro, o garoto logo mudou isso, ao se destacar durante os enxames de shurikenjutsu. A cada kunai que acertava o alvo, a cada senbon que atingia perfeitamente os círculos brancos e a cada shuriken que cortava as folhas finas e quase inatingíveis, a raiva de Mizuki aumentava monumentalmente, assim como seu aperto na prancheta de madeira onde ele deveria escrever os resultados.

E quando aquele verme se virou para ele com olhos brilhantes, ousando buscar a aprovação de Mizuki, a única coisa que o impediu de saltar sobre ele e matá-lo ali mesmo foi o estalo alto da prancheta rachando em suas mãos. 

O demônio viveu mais um dia, infelizmente.

Mas, depois disso, Mizuki se certificou de entregar a ao pirralho apenas as armas mais velhas, enferrujadas, tortas e rachadas, com problemas que facilmente iriam interferir na mira, fazendo com que toda aquela exibição patética de habilidade se tornasse mais um caso isolado. 

E então Mizuki o ignorou com ainda mais força durante as aulas, nem mesmo olhando em sua direção, não se dando ao trabalho de entregar a ele as atividades e nunca gastando sua preciosa saliva para proferir aquele nome amaldiçoado durante a chamada. Foi bom, muito bom, ver como ele parecia cada vez mais derrotado, cada vez mais silencioso, como seus olhos estavam vermelhos de choro e negros com olheiras, mortos e sem vidas, como haviam hematomas em seu rosto e como as vezes ele vinha a escola mancando. Felizmente alguém estava fazendo o que Mizuki não podia, colocando a escória em seu devido lugar. 

E a irritação de Mizuki logo se transformou em excitação, ele estava vencendo o demônio, mostrando a praga que ele estava onde deveria estar.

Esse sentimento cresceu com a chegada da reunião de pais e mestres daquele semestre. Ele mal podia esperar para ver com que cara o demônio apareceria na sala de aula, desacompanhado, completamente a mercê de Mizuki. Ele tinha ouvido-o dizer orgulhosamente que traria sua 'mãe' para a reunião, mas Mizuki não se preocupou com a óbvia mentira, o verme era órfão, tendo matado os próprios pais ao nascer e ninguém em sã consciência iria querer adotar aquele estorvo, não haveria ninguém ali entre eles. 

Mizuki poderia ter ensaiado seu discurso em frente ao espelho se achasse que o demônio valia o esforço, não valia, mas ele repassou suas palavras mentalmente um par de vezes e estava mais do que pronto para expor os motivos pelos quais o verme deveria parar de vir à escola, para de perder o tempo de Mizuki, para de existir.  

Ele não estava ansioso, mas estava excitado com a perspectiva. 

Os pais chegaram praticamente ao mesmo tempo, acompanhando de seus filhos, muitos dos alunos de Mizuki eram filhos de shinobis e alguns poucos de civis, mas o que realmente chamava a atenção era a que praticamente todos os herdeiros dos clãs de Konoha também estavam naquela classe, portanto, para a reunião, os líderes dos grandes clãs estavam ali também.

Isso aumentou a felicidade de Mizuki, ele humilharia o demônio na presença de pessoas importantes! Seriam ótimos exemplos, ótimos modelos do porque o verme nunca seria nada além de um verme.

O demônio os fez esperar, por quase dez minutos. Mizuki por um segundo pensou que não viria, o que era aceitável, embora não ideal.

E então, a porta se abriu e seu sangue se transformou em gelo puro.

"Oh, desculpe pelo atraso, Inu-taichou se perdeu na estrada da vida e Kohari-chan fez questão de procurá-lo pessoalmente." Um homem com máscara de gato disse, dando tapinhas gentis nas costas do demônio para que o garoto entrasse na sala.

Mizuki poderia ter morrido ali mesmo, porque ele jura que ouviu seu coração parar quando o demônio entrou acompanhado de não um, não dois, mas de quatro Anbus, que por acaso são todas as lendas de Konoha, a elite da elite; Inu, Kohari, Kame e Neko.

Puta merda.

....

Notas: CHUPA FILHO DA PUTA!!

Okay.

Naruto chama Kohari de mãe, Inu de aniki, Kame de oji-san e Neko de nii-san!

Inu significa cão
Neko, gato
Kame, tartaruga.
Obviamente, eles são Kakashi, Yamato e Gai (porque sim, meu filho verde pode ser um grande anbu quieto e ágil, eu sinto isso em meus ossos) respectivamente.

Kohari é o codinome de Iruka. Também é o nome da mãe dele. Kohari é o nome japonês para a toninha-de-burmeister, um pequeno golfinho que habita nas águas sul-americanas!  Kohari também significa agulha pequena, o que é fofo.

E, não, Naruto não estava 'sendo posto em seu lugar' nas palavras de Mizuki, sua família de anbus estava simplesmente dando a ele um inferno de treinamento que o deixava cansado e dolorido, Mizuki é simplesmente uma vadia egocêntrica que acha que o mundo gira em torno de seu umbigo.

Ele se fodeu, no entanto.

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