ᴍᴀʀʀʏ ᴍᴇ?

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  Sirius odiava brigar com Remus.

 Ele se sentia péssimo, não gostava do clima e odiava o olhar triste do namorado. Aquilo o matava.

 Eles não eram de brigar, mas quando acontecia era realmente horrível de presenciar.

 Tinham acabado de ter uma briga, para ser mais exato, em um restaurante e Lupin estava bravo, muitíssimo bravo. Ele odiava chamar atenção e ser expulso do restaurante o deixou em estado de fúria.

 Agora ele caminhava e discutia com o namorado, aos berros e com palavras frias. Tudo por causa de um ciúmes sem fundamento que Sirius insistia em por em pauta que tinha motivo e Lupin – que tentava a todo custo não se deixar ser vencido pela raiva – apontava que não. Nunca teve motivo.

 Acontece que eles namoravam desde o segundo ano do ensino médio e agora – nove anos depois –, os dois já não suportavam mais esse tipo de coisa.

 Eles estavam no restaurante para comemorarem o aniversário de namoro, e por causa de um olhar e uma frase, a comemoração foi por água abaixo.

 O garçom que começou atender os dois falou algo que Sirius percebeu ser em segunda intenção e ficou bravo, muito bravo. O cara estava dando em cima do seu namorado em sua frente, aquilo não ficaria barato.

 O dia tinha sido estressante para Remus, que nem se deu conta no que tinha acontecido até o momento em que Black começou a fazer um barraco no meio do estabelecimento, sendo convidado a se retirar pelo segurança. Nunca na sua vida, Lupin se sentiu tão exposto e envergonhado.

 Ele levantou e saiu, deixando o namorado para trás, furioso. Os dois estavam e com a cabeça quente, falaram coisas e se arrependeram amargamente, mas não iriam dizer isso em voz alta.

— Sirius, não tinha necessidade de tal comportamento, por Deus. — Remus passou as mãos nos olhos, se sentindo esgotado. — Eu estou cansado de tudo isso, desse seu ciúmes compulsivo.

 Sirius o olhou incrédulo.

— Você quer terminar, Remus? É isso que você quer?

— Não, porra. Não é isso que eu quero. — Ele gritou, irritado. Black agia como criança. — Eu quero que você pare de agir como se tivéssemos dezessete anos de novo. Se eu estou com você a mais de nove anos é porque eu te amo.

— Aquele cara deu em cima de você descaradamente. — Sirius falou tremendo.

— Eu não ligo!

— Mas eu ligo, Remmy! Você é o meu namorado, como se sentiria se alguém desse em cima de mim?

— Triste, como todas as vezes que garotas já te pararam para pedirem seu número por ai, mas eu não faço barraco. — Lupin estava chorando.

 Sirius percebeu quando abriu a boca para contrariá-lo, mas a fechou assim que o loiro fungou. Ele se aproximou do namorado e deu um abraço apertado.

 Ele sabia que estava errado. Ele sabia que havia agido como um babaca.

— Desculpa, meu amor. Por favor. — Pediu passando a mão no cabelo de Lupin. — Não chore.

— Eu só não entendo o porque desse ciúmes todo, eu te amo desde o dia em que nos conhecemos e sempre amarei, Six.

 E com isso, Black segurou o rosto do namorado com as duas mãos e sussurrou:

— Eu juro que não terei mais esse tipo de comportamento. Foi o primeiro, não foi? — Lupin assentiu. — Pois bem, será o último. Eu te amo, minha vida.

 E ele beijou a ponta do nariz de Remus, depois as duas bochechas e por fim, deu um selinho no mesmo.

— Eu te amo mais do que tudo... — Ele pegou a mão do loiro e colocou sobre seu peito, onde seu coração batia acelerado. — Você é e sempre será dono do meu coração.

 Remus abraçou o namorado em silêncio e depois suspirou. Ele sentiu algo no bolso do casaco de Black e franziu a testa.

— O que é que você tem no bolso? — Perguntou, se afastando para ver o rosto do moreno.

 Sirius arregalou os olhos. Ele havia esquecido.

— Eu... — Ele pegou a pequena caixa no bolso e levantou a mesma. — Hoje era pra ser um dia muito especial.

— Sirius? — Lupin estava perplexo. Como não havia desconfiado? Ah, a briga não o permitiu.

— Eu já disse tudo o que queria te dizer, Remmy. — Ele abriu a caixa, mostrando à jóia simples e delicada. A aliança mais linda que Remus já havia visto na vida e se ajoelhando, Sirius continuou seu discurso: — Quero passar o resto da minha vida com você.

— Meu Deus.

— Quer se casar comigo, Remus John Lupin?

— Meu Deus. — Remsu repetiu, em choque. Eles haviam acabado de brigar, falaram coisas horríveis um para o outro e Sirius estava lhe pedindo em casamento?

 A dúvida passou sobre os olhos do loiro e Black percebeu, mas mesmo assim, continuou ajoelhado e respirou fundo.

— Fala alguma coisa. — Murmurou.

E então, Remus voltou a chorar.

— Sim, claro que eu aceito, Six. 

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