ᴠᴀʟᴇɴᴛɪɴᴇ's ᴅᴀʏ ✰ ᴡᴏʟғsᴛᴀʀ

ᴠᴀʟᴇɴᴛɪɴᴇ's ᴅᴀʏ

  Fevereiro era conhecido em hogwarts como o mês do amor. No qual muitos viviam romances felizes e cheios de magia, bom, menos Sirius, que era excessão.

 Ele nunca gostou dos dias dos namorados, achava que o amor era algo inventado por alguém que não tinha o que fazer. Muitas garotas tentavam fazê-lo se apaixonar com Amortentia — a famosa e poderosa, poção do amor —, o fazendo ficar ainda mais frustrado com tudo, até com os corações e ursinhos de pelúcias que não tinham nada haver com o seu ódio pelo feriado.

 E justamente naquele ano, ele se via sozinho. Marlene havia arrumado um namorado da sonserina e Dorcas uma namorada, James e Lilian estavam juntos, Alice e Frank também e até mesmo Peter tinha alguém, uma garota da lufa-lufa na qual não parava de falar.

 Era noite de dia dos namorados, todos os casais estavam juntos no salão principal ocupados demais para os amigos solteiros, e Sirius, claro, ficou de mau humor. Assim que terminou de jantar, caminhou batendo os pés e com o cenho franzido até a torre da grifinória.

 Ele entrou no seu quarto batendo a porta com força e resmungando, arrancando uma exclamação assustada de um canto do cômodo. E então ele percebeu, não estava sozinho.

— Eu não vi você, Moony. Desculpe. — Ele falou após se jogar em sua cama, vendo o garoto a sua frente de ponta cabeça.

— Não achou nenhuma garota para passar o dia dos namorados, Six? — O acastanhado perguntou, recebendo um olhar de ódio por parte de Sirius.

— Você sabe que eu odeio os dias dos namorados. — Sirius disse irritado, recebendo um sorriso de Lupin.

— Não seja assim, não tem o porque odiar algo tão bom. — Remus bateu a mão sobre sua cama, chamando a atenção do maior. — Venha aqui, irei te contar uma história.

 E meio desconfiado, Sirius foi. Deitou sua cabeça sobre o colo de Lupin, que começou a passar delicadamente seus longos dedos sobre os fios negros de Black, recebendo um sorriso como agradecimento.

— Há muitos anos atrás, no Império Romano, um bispo da Igreja Católica, São Valentim, foi proibido de realizar casamentos pelo imperador romano, Claudius II. — Lupin dizia em uma voz calma, fazendo Sirius relaxar cada vez mais. E vendo que não seria interrompido, continuou: — Porém, o bispo desrespeitou a ordem imperial e continuou com as celebrações de matrimônio, porém de forma secreta. Foi preso pelos soldados e condenado à morte.

— E o que aconteceu? — Sirius perguntou estranhamente interessado na história de Remus.

— Bom, enquanto estava na prisão, recebeu vários bilhetes e cartões, de jovens apaixonados, valorizando o amor, a paixão e o casamento. O bispo Valentim foi decapitado em quatorze de fevereiro do ano duzentos e setenta. — Ele tomou respirou fundo, concluindo: — Em sua homenagem, esta data passou a ser destinada aos casais de namorados e ao amor.

 Remus parou de falar, esperando algum comentário de Black, mas o garoto estava quieto. Será que tinha dormido no meio da história?

— É por isso que todo mundo comemora o dia dos namorados? Essa história é trouxa, não é? — O maior perguntou se virando para Lupin, que sorriu satisfeito por Sirius não ter dormido.

— Sim, creio que essa história é trouxa. — Admitiu, vendo os olhos do moreno brilharem. — Mas o significado dessa história é que ele lutou pelo amor, e Sirius, amar faz a vida valer à pena.

 Ao ouvir aquelas palavras, Sirius levantou se ficou frente a frente de Remus, sorrindo feito bobo.

— Eu gostei da sua frase, pode repetir? — Perguntou baixinho, fazendo Lupin arquear as sobrancelhas. — Por favor.

— Amar faz a vida valer à pena. — Remus repetiu, vendo Black se jogar na cama de modo sonhador.

— Remmy, porque está aqui e não lá embaixo com alguém? — Sirius perguntou distraído com seus dedos.

— Eu não sei... Acho que só não achei a pessoa certa ainda. — Os olhos de Lupin se encontraram com os de Black, que sorriu.

— Tenho certeza de que essa pessoa está mais perto do que imagina.

— Talvez esteja. — O acastanhado respondeu, sentindo seu coração acelerar.