Hey, amores! As vezes faço umas histórias curtas que em maioria são romance, e bem, quero compartilhar uma com vocês. Créditos para inspiração do enredo: algumas músicas do artista "Yung Lixo", e claro, experiências pessoais.
- Boa leitura. -
Assim como várias histórias simples de romance, essa começa com duas pessoas de sexos opostos, sempre juntas e amigas desde a infância. Carlos, um garoto com o peso um pouco a cima do normal, cabelos escuros e pele morena, sempre com um óculos retangular de pontas levemente curvas, acompanhado de Amanda, uma garota de cabelos igualmente escuros, pele amarelada, olhos um pouco puxados graças a sua descendência japonesa, e o cabelo dividido ao meio se tornando duas tranças. Sempre com óculos redondos, e bem magra e sem muitos dotes corporais. Ambos se conhecem desde criança, no dia em que a família de ambos fecharam uma sociedade para uma padaria, onde os pais da garota cuidariam da parte administrativa de início, e os do garoto cuidassem da parte mais manual, e com o tempo essa padaria se expandiu até se tornar uma empresa grande o suficiente para dar estabilidade econômica para ambas as famílias.
As crianças, por si só, sempre foram unidas. Tinham gostos parecidos, idades parecidas, e nunca cansavam de brincar entre si. Obviamente, sofreram bullying nos primeiros anos de escola, mas sempre tinham um ao outro, e isso os dava força. O tempo passava, ambos pareciam se dar cada vez melhor... O ensino fundamental passou, e finalmente, chegavam ao médio... E nesse momento, a narrativa passa ao olhar do protagonista, Carlos.O dia raiou, e a mãe do rapaz sobe até o quarto, abrindo a janela e falando com toda "delicadeza" do mundo, em palavras rígidas como "acorda logo, moleque! Vai chegar atrasado! Se não passasse a noite nesse celular acordava mais cedo"... Enfim, coisa de mãe.
O garoto, com toda "disposição" do mundo, em passos lentos e claramente tediosos, foi indo como um zumbi pós acordar, se arrumando para não perder a aula.
Ao chegar na escola, da de encontro com sua melhor amiga, e já corre para a abraçar. Normalmente, por mais introvertido que seja, sempre há mais alguém para livrar sua solidão, mas como em toda história clichê, esses dois estavam sozinhos quando não juntos. Foram para a sala após isso, e bem... Querendo ou não, os pensamentos de paixão já se passavam pela cabeça daquele garoto, sendo ela a única garota que o passa a sensação de felicidade, é comum que seja também seu primeiro amor. Lá na sala, tudo ocorre bem, afinal estavam juntos. No término disso tudo, iam voltando para casa, até que de relance alguém passa pelo campo de visão do protagonista... Hugo, um rapaz mais alto, mais forte, e bem popular entre as garotas. Essa última parte é o que preocupa Carlos, porque no passado, esse tal rapaz estudou no mesmo colégio que os dois protagonistas, e aparentemente foi a primeira paixão de Amanda.A história se mantém igual por muito tempo, nada de especial realmente vem a acontecer por alguns meses, Carlos se mantém focando-se bem nos estudos, enquanto Amanda segue pelo mesmo caminho, mas algo vem atrapalhar. Aparentemente, a garota andou muito com outras moças de sua idade, algumas mais... "Populares", e um certo dia ao ir na escola Carlos nota a animação excepcional de sua melhor amiga, mas ela fala que não pode contar o motivo. É um segredo... Hah, um segredo?... Pela primeira vez na vida, tinha isso entre eles. Se sentiu magoado, como se ela tivesse levantando uma barreira de afastamento.
Claro, ninguém é dono de ninguém, mas ciúmes é algo comum entre todas as pessoas, algumas exageram nesse ponto inclusive... E talvez, Carlos fosse um desses. Mesmo assim, o tempo passou, e um certo dia Amanda some, não aparece na escola, enquanto suas "amigas" parecem estar cochichando coisas pelos cantos... Isso já era perto das férias em julho, e definitivamente não era normal. Após esse dia de aula, que não conseguiu se concentrar em nada graças a forma com que se preocupou, foi até a casa de Amanda. Os pais dela ainda trabalhavam, sequer sabiam de sua falta, mas aí entrar viu sua amiga aos prantos, e foi a socorrer. Motivo disso tudo? A enganaram. Todos aqueles meses, as tais amigas estavam prometendo que Hugo iria sair com ela, e inocente, acreditou nisso... No fim, era tudo uma invenção para a humilhar. Todas as conversas no celular que teve com o "galã" era mentira, as garotas forjaram um número falso e falaram que era dele, marcaram um encontro pra noite passada, a fizeram ir para o Shopping passar a noite toda esperando alguém que nem sequer sabia que devia ir para lá, e no fim da noite recebeu um áudio gravado pela líder daquele grupinho, falando com Hugo a seguinte frase: "Hey, amor... E da Amanda, o que você acha?", e tendo a resposta com a voz masculina "Aquela baranga? Feia pra caralho, quero nem saber".
Ao ouvir aquilo, o garoto apenas teve duas reações, revolta pela forma com que a trataram, e tristeza, pois agora sabe que, definitivamente, não é um par romântico aos olhares daquela que sempre deu valor... Mas isso pode mudar, não é? Decidiu se dedicar. Passou as férias cuidando da garota, dando atenção, e fazendo com que superasse toda essa história. Conforme o tempo ia passando, tudo ia mudando. Amanda mantém uma autoestima mais alta, para de dar atenção para as garotas. Ambos parecem juntos, e dando tudo de si, Carlos tentou mostrar para a garota o quanto a ama, dizendo isso várias vezes. Enquanto isso, outra mudança acontece também, mas isso não vem ao caso agora.
Quase no fim do ano, era o penúltimo dia de aula, agora cheio de coragem, era o grande dia onde Carlos pediria a garota em namoro, entrando pelos portões da escola, cheio de energia e certeza do que iria fazer, vê no horizonte a deprimente cena de Hugo beijando aquela que tanto ama. Nesse momento, perdeu o chão, seus olhos arregalaram, assim como de boa parte da escola, já que ninguém acreditava naquilo. Como? Por quê? Quando?... Várias coisas se passavam pela cabeça do pobre rapaz. Cometer violência?... Não, seria destruído fácil. Largar tudo e ir pra casa? Seus pais não iam entender, e definitivamente não sabe fingir que está doente. Se declarar mesmo assim? Não, isso seria humilhante... O que resta? Abrir um sorriso, fingir que estava feliz, e ir para seu canto na sala. É... Uma pessoa calada definitivamente não faz diferença para a multidão na maioria das vezes, mas naquele dia, Amanda notou algo, a mudança que estava começando a acontecer no garoto. Sentou do lado dele, tentou conversar, estava eufórica em alegria, mas tudo que recebia era um "desculpa, eu tô com enxaquecas, talvez depois a agente conversa". Bem, o dia se passa, e Carlos vai para casa. Segura tudo que tinha para segurar, mas passou o tempo todo ass... Calado, dando desculpa de uma enxaqueca, até chegar a madrugada. Seus olhos não conseguem se fechar, seu coração não para de palpitar como se fosse explodir... Estava decepcionado, estava triste... Mais cedo conversou por celular com a Amanda, descobriu que a meses Hugo veio tentando se retratar com ela, abandonou aquelas garotas, e agora estava tentando melhorar por Amanda. E agora?... O que ele tem?... Estava sozinho, sua melhor amiga e maior paixão estava entregue a outro. Caramba, como ela nunca notou?... Como todo aquele afeto e claro amor passou despercebido?... A resposta é simples. Ela estava cega, cega por dois conceitos: realmente achava que Carlos era apenas seu irmãozinho, e por estar entregue a uma paixão, fechou seus olhos para qualquer oportunidade que poderia ter com outro rapaz. Definitivamente... Estava tudo perdido, e o que mais doeu foi "ele me pediu em namoro ontem", e "obrigado por me dar esse carinho todo, você é definitivamente melhor do que qualquer irmão de sangue que eu poderia ter". Além de ser rebaixado a só irmão, se tivesse sido um pouco mais rápido, dois dias, ela saberia de tudo, ia entender a situação toda, e... Talvez aceitasse? Isso é incerto, mas a partir de agora, se declarar seria apenas algo irrelevante e chato de se fazer, então teria que guardar tal segredo consigo.
Mais uma vez, o tempo passa, e agora se foi um ano. Hugo já estava a caminho da faculdade, enquanto Carlos e Amanda estavam rumo ao último ano do ensino médio... E algo claramente mudou. Carlos, que já era tímido, estava mais ainda. Estava mais magro, e mais hostil. Dava respostas secas, e parece passar as noites em claro estragando sua saúde... O que houve com ele? Depressão. Não conseguiu lidar com isso tudo, e acabou sucumbindo. Tentou de tudo, desde por a culpa na beleza de Hugo, mas... Sabe que ela não se importa com isso. Tentou falar que ele era um mal carácter se aproveitando da ingenuidade dela... Mas o outro definitivamente mudou para melhor após esse romance, e é aí que a história de põe em início. O romance clichê é entre Hugo e Amanda, o "badboy" que se conserta pela garota boazinha humilhada, e a menina tímida e acanhada que consegue ficar com o mais "galã" do colégio. E Carlos?... Ele não tinha alguém. Ninguém estava lá para entender o que sentia, ninguém interferia, teria que tomar todas as opções sozinho. Nas férias finais que levam ao último ano, finalmente os dois "irmãos" discutem sobre isso. "O que aconteceu? Me esqueceu? Não sou mais importante pra você só porque agora tenho um namorado? Não seja tão ciumento e egoísta! Você sempre será meu melhor amigo, meu irmão, não vê que finalmente estou feliz?! Podia estar assim por mim também!" disse Amanda, que recebeu a triste e pesada resposta "Quem estava lá todos os dias?... Quem sabia a maioria dos seus segredos, e quem todo santo dia dizia que te amava? Heh, você não percebeu, estava cega demais, mas eu queria estar no lugar dele agora, Amanda. No dia daquele beijo, eu ia te pedir em namoro". Certo... Agora ela sabe, agora a ficha caiu. Sem dizer nada mais, trancou a porta após tirar a moça dali, e ficou por isso mesmo... E agora? O que fazer?
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"One Shot"|Romance clichê.
Romanceé uma história curta só para mostrar um conceito. É um romance clichê, mas é só isso?