capítulo 04:

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Chego em casa e não vejo o meu pai

Graças a Deus

Como que fomos falir desse jeito? Logo meu pai que cuida das gestões da empresa com todo o cuidado? Tem algo de errado nisso. Mando mensagem para loira e ela não vizualiza, deixo o celular de lado e tomo meu banho, enquanto tomo meu banho escuto a porta da sala se bater com uma força surreal, suei frio, enrolo a toalha na cintura vou ate o quarto da faxina e pego uma vassoura. Seguro ela de ponta cabeça e vou descendo as escadas.

Puta que pariu tinha que ser enquanto eu estava no banho? Acho que marginal me vendo de toalha é menos pior do que pegar no vaso.

O barulho então veio da cozinha

Com o cu na mão

Quando chego na cozinha uma sombra grita: 

- AHHHHH

- AHHHHHHH - eu grito mais assustado ainda, meu pai gritando segurando um socador de alho

- bandido pelado! Bandido pelado!

Quando me dei conta a toalha caiu

Merda!

No reflexo ponho a toalha de novo envolta da cintura:

- pai calma sou eu - digo colocando as mãos na frente do corpo e pegando o socador de alho das mãos de meu pai - seu filho - ele funga um pouco, estava obviamente bêbado

- Lucas ? - ele perguntou piscando os olhos freneticamente

- sim pai sou eu - ele sentou na cadeira da mesa do jantar com dificuldade. - me desculpa meu filho, eu não sei como que isso aconteceu! Como fomos falir assim do nada?! E o pior os acessores me culpam e estão começando a separar os papéis para me demitirem! - ele encostou a mão na testa e começou a chorar, foi um choque! Nunca vi ele chorando.

- pai relaxa vamos resolver isso

- não da Lucas! Foi muito dinheiro e os CEOS da empresa não confiam mais em mim como presidente. Hoje 15 trabalhadores perderam emprego! 15 lucas! - suspirei, não sabia o que  dizer ou fazer.

- você acha alguma coisa sobre essa situação? - perguntei e ele fungou limpando o nariz

- golpe - ele ficou olhando para pia -  como o golpe que os militares deram no Brasil, um golpe de estado.

- e quem você acha que te deu esse golpe?

- alguém que queria muito a presidência - disse ele continuando olhando para pia

- alguém em mente? - ele finalmente olhou para mim

- talvez algum dos CEOs, categorias baixas não tem acesso a tais informações meu filho. - assenti, se for esse mesmo o caso será fácil descobrir quem foi. Levei meu pai para cima e o deixei tomar banho, desci para a cozinha para vê o que tinha na reladeira, se ninguém cuidar dele, ninguém mais cuida.

- Rita eu amo a senhora - disse pegando a panela cheia de strogonoff, pus a mesa e esperei meu pai

- você cozinhou? Esta ai uma novidade - parece que estava um pouco melhor, talvez um pouco mais sóbrio

- não, eu só requentei a comida de Rita - disse pegandoum pouco de arroz

- e ela sabe disso ? - pergunta ele pegando um prato

- ainda não, mas acho que ela vai surtar - ele solta uma risada

- e porque?

- sei la! Ela anda atacada! Acho que está na menopausa - ele então solta um riso, um riso alto que nao escutava a mais de 14 anos.

- essa foi boa, e oh - ele aponta a faca para mim, por não estar cem por cento sóbrio me preocupou muito aquela faca apontada para mim - não deixa ela ouvir isso, ela te parte no meio com a vassoura - ambos rimos e jantamos, terminamos de jantar meu pai recolheu os pratos e os talheres e eu fui guardar a comida na geladeira novamente, meu pai já estava na escada quando eu pergunto:

- posso entrar no seu escritório? - ele me olha por um tempo então assenti

- estamos juntos nessa, ninguém mexe com um Andrade assim! - ele da um sorriso amarelo e sobe para o seu quarto.

Entro no escritório do meu pai e começo a mexer nas pastas dele procurando algo relativo aos CEOs da empresa, e nada! Começo então a olhar extratos bancários e nada! Então eu vejo um papel no meio dos extratos

Conta:  Walter Andrade
Valor depositado: 15.800
Destinatário:  Niquelart

Por que meu pai estava depositando dinheiro em uma empresa que nem  é nossa?









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