O selo rompido

Capítulo 5

    De frente para o Palácio um grande jardim é revelado, na entrada, o porta voz anuncia a nossa chegada.
    Indo em direção ao trono oferecemos nossos comprimentos ao rei que ainda tinha aparência de jovem, com os cabelos vermelhos e olhos cor âmbar.
    Logo depois me separando de David e Kloe. O salão que era enorme,  poderia ter a capacidade de abrigar um pequeno país inteiro, observei vendo muito exagero. Alguns nobres vieram me cumprimentar, entre eles jovens sonhoritas interesseiras em busca de matrimônio, rapidamente as ignorei irritado pela insistência. Depois de alguns minutos avistei George Markail, um vampiro tambem, o marquês investigador que estava cuidando do caso do monstro desconhecido conversando com outro cara no canto do salão, que rapidamente me cumprimentou se retirando.

-Boa noite sua alteza - Diz ele percebendo minha chegada e me reverenciando animadamente.

-Boa noite marquês Markail. Como você e sua família estão? - Digo sorrindo.

-Estamos bem graças aos deuses, e sua alteza precisa de alguma coisa?

-Vim saber se você descobriu alguma coisa sobre aquela problema.

O marquês me olha sério, se aproxima e fala baixo.

- Não descobri muita coisa, mas o que eu sei é estranho - Dando uma pausa ele olha para os lados pra ver se alguém ouvia, segui os seus olhos pelo salão e ele continua - Aquela coisa...tinha inteligência própria, mas acredito que estava seguindo ordens...parece piada mas ele se encaixa no perfil de demônio.

    Ele diz olhando fixamente para mim preocupado. Sorrindo, boto minha mão em seu ombro tentando acalmá-lo.

-Não se preocupe tanto, demônios foram extintos a muito séculos atrás e lidaremos com sua inteligência. Já informou ao meu pai?

-Sim o informei assim que ele chegou a Thesa. Espero que os demônios realmente só sejam histórias de terror para crianças.

-Muito bem, era só isso mesmo, aproveite a festa - Digo me despedindo e ele retribui.

     Por uma fração de segundos, sinto um arrepio em minhas costas, sentindo que alguém estava me perfurando com os olhos me viro para trás disfarçadamente e só encontro várias senhoritas fofocando, o assunto provavelmente envolveria pretendentes que as atraíam e que lhe renderiam mais dinheiro e status. Elas percebendo que estava olhando em sua direção, levantaram os leques cobrindo o rosto dando risadinhas. Me afasto e sento perto de uma janela, vejo um empregado e o peço para me servir uma taça de sangue de animal, que me entrega rapidamente e logo depois vejo meus irmãos brincando com crianças de outras raças.
     Após o término da taça e de sentir vários olhos famintos, acabo ficando entediado, vou para a sacada desabafar minhas frustaçoes com o vento. Olhando para o jardim apoiando meu queixo com uma mão em cima do balaustre, suspiro, de repenete noto um movimento estranho no arbusto no canto do jardim, olhei para aquela direção curioso quando sinto alguém se aproximando de mim por trás. Me viro e encontro um rosto familiar com cabelos tão vermelhos quanto chamas.

-Nos encontramos novamente sua alteza ingrata. Esta gostando da festa? - Ele diz em tom de escárnio.

-Boa noite príncipe Lubraiker, não me indentifico muito com festas, mas seus convidados parecem realmente estarem se divertindo - Ouço muitas risadas por trás.

-Aparentemente sim, que bom que as coisas estão indo bem para nossos reinos, em breve não haverá mais desavenças. Ele olha em direção para o salão mais parecendo que via através do mundo.

-Eu duvido muito disso, sempre havera alguém tentando destruir e tomar conta do que as pessoas mais amam, por inveja, vingança, ódio e ganância. Digo calmamente.

- Caramba...você é pessimista não é mesmo? Ele levantou uma sobrancelha.

- Não, é só realismo.

- Entendo...Diz ele andando para a borda da sacada.

     Puxei o braço do Lobraiker quando sinto uma ameaça vindo pelo lado direito, uma flecha passa rapidamente por suas costas. Ele olhou para a flecha cravada na parede ao lado e depois olhou pra mim.

-Obrigado, diz ele sorrindo.

-Vamos sair daqui, avise aos seus guardas para capturar tal imbecil pela tentativa de assassinato. Disse o empurrando para dentro do salão.

-Me despeço, nos veremos novamente Ethan Blackwell. Ele sorri e vira as costas.

      Ele avisa a um dos guardas que estava na parede vigiando, que sai logo depois de algumas palavras saídas da boca do príncipe. Ele desaparece logo depois.
     Ando a procura do David e Kloe. Encontro Kloe do outro lado do salão jogada no sofá com garrafas de vinho ao lado no chão. Ela conversava com alguns caras que sorriam pra ela maliciosamente. Estando bêbada, muito bebada por ainda não os ter esmurrado com desprezo. A arranco a força dali, apoiando-a com o braço em suas costas, ela começa a se debater e reclamar em um tom alto quase gritando perto do meu ouvido e comecei a ter dores de cabeça, já querendo ir pra casa apresso o paço, passando pela porta, ja nas escadas a jogo por cima dos meu ombro direito e a carrego para joga-la dentro da carruagem enquanto ela chorava que nem uma criança pedindo pra não voltar pra casa quando estava se divertindo.
      David nos encontra no caminho. Jogo a Kloe na carruagem em cima do assento já sonolenta, no caminho a elfa acaba dormindo em cima da minha coxa. Chegando a mansão chamo algumas serventas para acompanharem Kloe ao quarto.
Me despeço de David e volto aos meu aposentos tomando um banho e me jogando na cama, sem nada pra fazer acabo dormindo que nem uma pedra e acordo quando o sol já nascera.