DÉCIMA QUINTA PARTE

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QUATRO MESES DEPOIS

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QUATRO MESES DEPOIS.

Com muita dificuldade, eu puxo meu celular do bolso. Não tem nem mesmo dois minutos que eu saí de casa, apenas para ir ao banco, que já estou recebendo ligações. Só Deus sabe o quanto é insuportável enfrentar filas, e hoje não foi diferente.

Mesmo sob avisos de minha omma para não deixar Jungkook sozinho em casa, eu tive que fazer isso. Mas, claro que ele ficou sob supervisão de Kyu. Que de uns dias para cá, não faz absolutamente nada da vida.

Os meses passaram correndo, e quando vimos, os nove meses já estavam completos. A fenda já estava formada e saudável e Jungkook já poderia ter tranquilamente os nossos bebês.

Eles poderiam nascer a qualquer momento. Logo, eu precisaria ficar atenta e estar lá. Já que bebês recém-nascidos sempre precisam dos pais juntos, é instinto puro. Minha presença lá era indispensável.

Guardo os papéis dentro de minha bolsa e atendo o telefone. Ouço gritos ao fundo e meu corpo já tenciona, parada na calçada eu continuo. Ouço a voz de Kyu soar baixa e ao mesmo tempo desesperada.

— Kyu! Kyu o que está acontecendo? — Chamo imediatamente e ele parece se tocar ao perceber que eu atendi. Sua respiração é pesada e ele a puxa em desespero.

— Vem pra casa, seus filhos vão nascer! — Ele praticamente grita no telefone e eu sinto meu corpo travado.

Pelo amor de deus, eu imaginava que eles poderiam nascer a qualquer momento. Não naquele exato momento.

— JEON YUNI, CORRE! — Kyu grita, e logo depois desliga a ligação.

E eu faço exatamente o que ele diz. Eu corro.

Corro como uma desesperada pela rua, enquanto dou um jeito de guardar tudo dentro da bolsa. Uma felicidade imensa me consome, ao mesmo tempo que a preocupação me preenche.

Meu lobo arranha todas as paredes de meu interior, e parece me chamar de incompetente, já que eu deveria estar em casa. Em partes, eu sou um pouco. Mas, eu precisa resolver algumas coisas e seria coisinhas de alguns minutinhos.

Atravesso várias ruas e eu simplesmente não sei porque não pedi um táxi. Mas, acredito que a adrenalina que consome meu corpo é o suficiente para não me deixar parar.

Meus bebês iriam nascer, meu marido estava precisando de mim. Eu não poderia demorar. Repito isso em minha cabeça como um mantra, para me dar gás o suficiente para correr por oito quarteirões até minha casa.

Skip time; casa dos Jeon, 10:45am

As primeiras coisas que ouço quando entro em casa são os gritos roucos e altos de Jungkook. Ele me chama, ele me implora para subir. Ao mesmo tempo que noto felicidade em sua voz, noto desespero.

Jogo todas as minhas coisas no chão, tiro meu casaco e tento respirar o máximo que posso para me recompor por toda corrida que fiz até em casa. Meus cabelos estão molhados, minha roupa cheira a suor e ao meu aroma natural, que se ativa no exato momento em que eu me aproximo mais das escadas.

Um Ômega Precisa de um Filhotinho, jjk ©Onde histórias criam vida. Descubra agora