𝑾𝒉𝒆𝒏 𝒀𝒐𝒖'𝒓𝒆 𝑮𝒐𝒏𝒆(𝘐𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘦𝘴 𝘉𝘢𝘬𝘶𝘨𝘰𝘶) 𝘉𝘕𝘏𝘈

six

Bakugou se vira e olha para mim, e eu me sento na cama, sentindo a tensão no ar. O silêncio é quase palpável.

— Bakugou? — digo, tentando quebrar o gelo.

— Fale — ele responde, com seu habitual tom seco.

— Poderia ficar aqui por um tempo? — digo, desviando o olhar para o chão.

— Por que eu faria isso? E eu já não estou aqui? Você não disse que queria me conhecer melhor? — ele retruca.

— Sim, eu disse — confirmo.

Ele caminha até a cama e, sem cerimônia, se deita, parecendo extremamente confortável.

— Já que vou ficar aqui, não vou ficar em pé, né? — ele boceja.

— Sono? — pergunto, notando o cansaço em seu rosto.

— Nem tanto — ele responde, olhando para o teto.

Ficamos conversando por um bom tempo. Bakugou, surpreendentemente, começa a compartilhar algumas coisas sobre sua vida. Mesmo que eu já soubesse a maioria, ouvir diretamente dele era diferente. Eventualmente, ele adormece ali mesmo, e eu, aproveitando a oportunidade, me deito ao seu lado e também acabo pegando no sono.

No dia seguinte...

### [Nome]

Acordo e encontro a garota deitada em cima de mim. Com cuidado, levanto e saio do quarto, indo para meu próprio dormitório. Ao chegar, encontro Kirishima.

— Onde você dormiu? — ele pergunta, curioso.

— Aqui, ué — respondo como se fosse óbvio. — Tá ficando louco, Kirishima?

— Aham — ele diz, desconfiado. — Então por que, quando cheguei mais cedo, você não estava? Para falar a verdade, você nem voltou ontem à noite. Está ficando com alguém?

— Fui pegar algo para comer. E voltei ontem à noite sim, só estava lá fora pegando ar. Você está endoidando? — respondo, tentando manter a calma. — AGORA SAI DAQUI! E NÃO SE META NA MINHA VIDA, KIRISHIMA! — grito, irritado.

Kirishima sai e eu fico sozinho, deito na cama e mexo no celular.

### [Nome]

Acordei e ele já não estava mais lá. Fiquei deitada por um tempo, mas logo decidi levantar. Fiz minha higiene matinal e tomei um banho rápido. Vesti o uniforme da U.A. e saí do dormitório.

Cheguei na sala e as meninas estavam conversando. Mina olhou para mim e chamou:

— [Nome], vem aqui!

Fui até elas e conversamos bastante. O assunto principal eram os meninos, claro. Estava tudo bem até o professor Aizawa chegar.

— Está melhor, [Nome]? — ele perguntou, e eu afirmei com a cabeça, indo para meu lugar. Bakugou estava na minha frente, e ele parecia bastante irritado. Esperava que não fosse comigo.

A aula começou e, como sempre, as matérias eram bem diferentes do que eu estava acostumada. Mas não dei muita importância.

— Hoje vocês vão treinar suas individualidades — Aizawa anunciou. — Vamos para a quadra.

Todos seguimos até o local. O professor explicou que iríamos lutar em duplas e começou a anunciá-las. Quando chegou a minha vez, ouvi:

— Sétima dupla, Bakugou e [Nome].

"Pelo amor de Deus, por que logo ele? Ele está irritado e vai descontar tudo em mim", pensei, passando a mão na cabeça.

— Vamos! — Bakugou disse, me puxando para o local de batalha. Ele me soltou e se afastou alguns passos. O professor Aizawa começou a contagem regressiva e eu nem tive tempo de me preparar quando Bakugou veio com tudo, usando uma pequena explosão. Reagi instintivamente, usando minha Fotocinese para controlar a luz do sol e criar um escudo. A explosão foi reduzida, mas ele veio novamente, forçando-me a continuar na defensiva.

Eu não queria machucá-lo, mas estava ficando sem energia. Usar minha individualidade demais me deixava exausta. Bakugou finalmente conseguiu me acertar com uma explosão, e eu caí, incapaz de me mover.

— O vencedor é Katsuki Bakugou. Pode levantar, [Nome] — disse Aizawa.

— Não consigo... — murmurei. — Se uso minha Quirk demais, não consigo me mexer.

— Bakugou, leve [Nome] para a Recovery Girl — ordenou Aizawa.

— Ok — Bakugou respondeu, vindo até mim. Ele me pegou nos braços e me levou até a enfermaria. Expliquei à Recovery Girl o que tinha acontecido e ela me pediu para descansar.

— Ei — ele disse, chamando minha atenção.

— Fale — respondi, olhando para ele.

— Quanto tempo você fica assim? — ele perguntou, colocando a mão na bochecha.

— Umas duas horas. Pode ir se quiser — disse.

— O professor Aizawa pediu para que eu ficasse aqui até você poder se mover — ele respondeu, me olhando de cima a baixo.

— Ah, obrigada — falei, meio sem jeito.