Prólogo

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O dia estava chuvoso. A pista na qual estavam se mostrava levemente escorregadia e o céu estava pintado em um profundo cinza. Porém, o casal não estava ligando nem um pouco para isso. Estavam felizes demais para se importar com o tempo.

- Amor, como se sente sendo oficialmente um bruxo da luz agora? - pergunta Jimin.

- Sei lá, acho que na verdade nunca me importei com isso, sempre soube que mesmo se eu fosse para as trevas, meu amor por você continuaria o mesmo. - Disse Taehyung, sem olhar para o mais velho, já que estava concentrado no volante.

- Bobinho. - ele disse com um sorriso - Mas eu também continuaria te amando mesmo se tivesse ido para as trevas.

- Não é como se os bruxos das trevas fossem maus, eu mesmo fiz amizade com alguns deles e veja bem, Yoongi hyung e Namjoon Hyung são inofensivos.

- Na verdade, nenhum de nós somos realmente inofensivos, sejamos sinceros! - Jimin constatou, dando uma gargalhada que contagiou o namorado.

- Tem razão bebê, mas mudando de assunto, você viu que vai chegar um menino novo na esco...- Taehyung tentou completar a frase, mas não conseguiu. Pois, devido à chuva forte, a pista fez o carro deslizar sem o devido controle. Em meio ao caos, a única coisa que conseguiu escutar foram os gritos do namorado.

O carro capotou algumas vezes até parar fora da estrada, Taehyung olhou para o lado e não viu ninguém. Se desesperou, ao alcance de seus olhos havia somente um buraco no vidro. Se esforçou para levantar o corpo e a visão embaçou ao fitar o corpo pequeno de seu namorado estirado na grama, sem movimento.

Taehyung saiu do carro, estava machucado e foi complicado conseguir engatinhar pra fora do veículo todo amassado. Correu para onde Jimin estava e começou a chorar quando viu que o mesmo não se mexia, nem ao menos a respiração era visível no corpinho miúdo do menino. Se aproximou, colocou o indicador e o médio sobre a veia no pescoço de Jimin e não sentiu batimento algum. A ficha caiu, era tarde demais. Jimin estava morto.

- Não, não, não. Você não pode morrer! Não pode!

Gritou, aos prantos. A dor em seu peito sobressaindo qualquer outra que houvesse em seu corpo machucado.

Nesse momento, no auge de agonia, culpa e tristeza, ele começou um encantamento. "Amica mea, soulmateet dabo te casus receperunt quia sine te non esse beatusin tenebris autem, invocato et dabo coram nigra dea amoris nomine"

Light and DarknessOnde histórias criam vida. Descubra agora