Jungkook andava pelos corredores da escola, ainda tentava se acostumar com a arquitetura do enorme prédio. Havia se mudado de Busan para Seoul fazia pouco tempo, pois seu pai tinha arranjado um emprego na cidade, então ele e a mãe tiveram que se mudar também. Seria uma oportunidade melhor de vida no fim das contas.
Finalmente achou seu armário e o abriu para pegar o caderno da próxima aula, seria matemática.
— Olá, coelhinho. - disse Jimin, aparecendo ao lado do garoto.
Jungkook tinha conhecido o loiro logo no primeiro dia de aula, Jimin estava no refeitório comendo quieto e ele se sentou na mesa, puxando assunto e tentando se enturmar com alguém. De primeira, o mais baixo não se abriu realmente, mas aos poucos foram conversando e iniciando uma amizade.
— Oi, baixinho. - Jungkook respondeu o loiro, também usando uma apelido como haviam se acostumado a fazer. — Temos a mesma aula agora, né?
— Sim, infelizmente é matemática. - Disse Jimin, revirando os olhos.
Jungkook fecha o armário e o tranca com um cadeado pequeno, acompanhando o mais velho em direção a sala em que ambos teriam aula.
— Você viu o Taehyung? - Perguntou o menino para o loiro.
Jimin ficou tenso na hora. Jungkook não sabia da história toda, mas sabia que os dois tinham um passado. O novato também tinha feito amizade com o bruxo das trevas nos primeiros dias, eles estavam na biblioteca e o bruxo de cabelos negros achou o Jeon bonito e puxou assunto.
— Não. — respondeu de forma seca para ele.
— Você ainda não me contou sobre tudo o que aconteceu.. - Jungkook conentou de forma doce para o loiro, estava curioso, não podia negar. Mas também não podia obrigá-lo a falar.
— Quem sabe um dia eu te conto coelhinho, é tudo muito compli... — De repente Jimin parou olhando para um ponto fixo.
Jungkook acompanhou o olhar do mais velho, e encontrou um Taehyung parado um pouco mais a frente, ele se encontrava como sempre belo, com suas calças de couro pretas coladas nas coxas fartas, a camisa social também da mesma cor com os dois primeiros botões abertos. Aquilo causava estresse entre a direção da escola e o bruxo, porém ele não podia ligar menos. Taehyung era um típico Bad Boy, fazendo jus à sua classificação de bruxo das trevas.
— Taehyung - o moreno de óculos chamou a atenção do mais velho indo em sua direção. O bruxo das trevas lhe olhou e lançou um sorriso encantador, digno de um galã de Hollywood.
— Olá, bonitinho. - Taehyung logo o puxou para um abraço caloroso e confortável — Que boas sombras trouxeram este anjo para mim?
Jungkook ficou sem graça com o afeto descarado no ambiente escolar, mas no fundo gostou muito daquilo, então não se afastou.
De qualquer forma, Taehyung não era de se jogar fora, longe disso. Era extremamente bonito e a depender do momento: sedutor.
— Eu estava aqui com o Ji... - Jeongguk havia começado a frase mas percebeu que estava sozinho, Jimin já tinha sumido e deixado os dois a sós, era sempre assim. — Só estou tentando achar a sala do matemática.. - ele sorriu nervoso, tentando disfarçar o leve equívoco anterior. Mas não era como se Taehyung não tivesse percebido ou fosse avoado demais pra não notar o loiro que estava ali a momentos atrás.
— Precisa de ajuda, amorzinho?
Perguntou, bem próximo a si. Sua respiração descompassou e sentiu a de Taehyung bem próxima à sua pele, causando um arrepio que desceu por sua coluna e lhe deixou em alerta.
— Você sabe que qualquer coisa que precisar é só me chamar, certo?
— Sei sim, hyung. - o mais novo disse, um tanto tímido pelas investidas descaradas do mais velho. — Deixa eu ir Hyung, se não o professor me mata.
— Até mais, coelinho. — disse o bruxo das trevas, se despedindo.
Jungkook se virou com as bochechas quentes e foi logo para sua sala, ainda pensando em Taehyung e em como queria que eles fossem mais próximos. Mas se fosse só em Taehyung que o mais novo pensasse estaria ótimo... Pois um certo loiro, também não deixava seus pensamentos.
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Light and Darkness
FantastikEm um mundo onde ao completar 16 anos sua verdadeira natureza é invocada pela Deusa Lua, Jungkook tenta acabar com uma terrível maldição para poder amar os dois homens ao qual ele apelidou de "Meu eclipse".