Capítulo 27 - Saímos Cedo

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Cebola Pov.

Que adrenalina estou sentindo dentro de mim. Tudo aconteceu tão rápido que ainda estou assimilando cada coisa. 

Banhamos o bebê e logo a senhora o levou para o quarto para vesti-lo. Enquanto isso eu fui ao lado de fora do sítio para tomar um pouco de ar, olhei para o céu e contemplei as estrelas, sinceramente aquela cena me tranquilizava um pouco.

- E ai careca como você está? Ou eu deveria dizer papai? - Cascão chegou dando pequenos tapas no meu ombro.

Sorri um pouco - Parece que levei uma surra, estou exausto.

- Compreensível... E como está a Mônica? 

- A Magali e a Dona Luísa foram dar banho nela - respirei fundo - ela deve estar muito cansada ainda também devido a tudo que aconteceu.

- Ainda bem que conseguimos escapar do Seu Souza. 

- Não acho que tenha sido tão fácil assim, amanhã de manhã vamos sair cedo, vou levar a Dona Luísa pra casa, e a Mônica vai ficar um tempinho com a Magali na casa dela.

- Por que não leva a Mônica pra sua casa?

- É muito arriscado, o Seu Souza pode ir procurar ela por lá, e se ele encontrar o bebê fica ainda pior.

- Cebola! - Magali me chamou.

- Vou lá - Falei pro Cascão.

Entrei na casa e fui ao quarto onde elas estavam com a Mônica. Quando entrei encontrei a Mônica sentada na cama com as costas na cabeceira e o bebê nos braços mamando. Naquele momento eu não consegui conter meu sorriso e meus olhos logo se encheram de lágrimas.

Magali se aproximou de mim - Eu e a Dona Luísa vamos tomar banho para dormir, estamos no quarto ao lado se precisarem.

- Obrigado. - Sorri e ela saiu.

Me aproximei da cama e Mônica me olhou sorridente. Me sentei ao lado dela e coloquei meu braço por trás dela abraçando-os.

- Eu estou tão feliz - Disse Mônica.

- Eu também... - Sorri e ela me beijou.

- Olha pra ele, é a sua cara - Ela me disse com um sorriso. Olhei para aquele rostinho tão inocente com os olhinhos fechados e senti algo que nunca tinha pensado ser capaz de sentir.

- Você acha? - Sorri.

- Será que ele vai falar errado como você? - ela piscou o olho.

- Será que vai ter o temperamento da mãe - falei pegando no queixo dela e depois dei um beijo. - Amanhã nós vamos embora cedo, vou te deixar na casa da Magali e depois deixo sua mãe em casa.

- E você?

- Eu tenho algumas coisas pra resolver amanhã, mas logo depois eu vou pra casa.

- E eu vou ficar com a Magali?

- Por pouco tempo amor, é o mais seguro pra você e pro nosso filho, lá em casa pode acontecer do seu pai ir lhe procurar, e eu não quero que mais nada aconteça a você e nem ao bebê.

- Cê...

- Mônica, vocês são a razão da minha vida, eu não posso arriscar perder vocês por nada, se seu pai novamente fugisse com vocês eu não sei o que faria.

- A Magali me contou o que você fez na delegacia...

- Pois é, eu não quero que nada de mal aconteça a vocês - respirei fundo.

- Vai ficar tudo bem amor... - ela pôs a mão carinhosamente no meu rosto.

- Espero... - Respirei - Que nome vamos dar a ele?

- Eu estava pensando em um nome, mas não sei o que você acha...

- Qual?

- Matteo 

- Matteo... Pra mim é perfeito. - Olhei para ele - Ei Matteo, papai tá doido pra olhar nos seus olhinhos.

- Ele dormiu rapidinho, depois do banho foi só mamar e pronto. 

- Sua mãe deve estar uma vovó babona, não?

Ela riu - E como... Mas tanto ela como a Magali acharam ele parecido com você.

- É, né que ele parece mesmo

Rimos.

- Melhor irmos dormir, amanhã vamos nos levantar cedo.

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No dia seguinte:

- Muito obrigado pela ajuda que a senhora nos deu e por nos acolher em sua casa - falei para a senhorinha.

- Fico muito feliz de ter ajudado.

- Desculpe... Nós ficamos aqui e nem perguntamos seu nome.

- Emmie 

- Bom, muito obrigado Dona Emmie.

Ela me deu um sorriso simpático e entrei no carro.

Amor de Outono - ContinuaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora