Bonus.

403 62 28
                                    

— O QUE? COMO ASSIM NOAH SUMIU? — É a primeira coisa que eu grito assim que me dizem que meu namorado tinha sumido.

Acordei com a dona Wendy batendo na porta de casa e me acusando de sequestro. Fiquei confuso na hora mas depois que ela disse que meu amor tinha sumido, eu surtei.

— NÃO FINJA QUE NAO SABE, GAROTO! — Marco, pai de Noah, grita apontando o dedo na minha cara.

Bufo frustado. Não adiantaria nada tentar falar que não fui eu, eu sempre serei o culpado por tudo.

— Mas eu não sei! — Jogo as mãos ao lado de meu corpo e me taco no sofá.

— Perca de tempo ter vido aqui Wendy, esse gay não vai abrir o bico. — Me olha com desprezo e os dois saem da minha casa.

Coloco minhas mãos sob o rosto e solto um suspiro alto, engolindo qualquer vontade de chorar.

— Eu preciso achar o Noah. — Digo olhando minha mãe que acaba de passar pela porta.

— Eu soube. — Joga a bolsa no sofá. — Carro tá abastecido, tem comida lá dentro e uma carteira com dinheiro. Comprei bateria extra, me mantenha informada. — Abro a boca em um perfeito 'O' e sinto os lábios de minha mãe em minha testa. — Ache ele, Josh, ele precisa de você.

Assinto ainda em choque e pego meu celular e carteira que estava na sala. Corro até o carro e logo dou partida.

— Onde você se meteu? — Sussurro começando a rodar pelas ruas.

Disco seu número de telefone e coloco no viva-voz, de primeira cai na caixa postal porém tento novamente.

— Vamos Urrea, atenda. — Murmuro focando a atenção na estrada e soco o volante quando ele desliga. — Não adianta fugir, eu vou te achar amor e seremos felizes.

Não muito tempo depois, retorno a ligar para ele que só dava na caixa postal o que estava me irritando. Parei em um posto para almoçar já que não tinha tomado café, e tentei mais uma vez.

— Vai se foder, Noah! Eu tô atrás de você, eu te quero, da pra me atender e me dizer onde você está? Eu tô preocupado, porra! — Gravo a mensagem na caixa postal e suspiro alto, massageando minhas temporas.

Um barulho alto na entrada do posto chama minha atenção, encaro uma menininha entrando emburrada ao lado do pai e arregalo os olhos ao ver sua blusa.

"Portland"

Bingo!

— Garotinha, você me salvou. — Sussurro e me levanto para pagar a conta, ando rápido até o carro. — Portland, aí vamos nós. — Sorrio sapeca e pego a estrada com um sorriso no rosto.

Eu havia o encontrado.

[...]

Não sei a quanto tempo eu tô dirigindo por Portland, mas sei que estou perto de onde Noah costuma vir.

— Amor, me atenda. — Peço apertando o celular com força e estaciono na rua. — Por favor, babe..

— J-josh? — Sua voz invade meus ouvidos, me fazendo sorrir grande.

— Noah? Amor! Que saudade de ouvir sua voz. — Minha voz embarga e eu sinto minha visão embaçar. — Onde você está?

— Não posso te dizer, baby. — Sua voz é baixinha.

— Pode sim, amor. — Seguro com a outra mão, uma foto nossa. — Somos eu e você contra o mundo, hum?

Ouço seu suspiro e um bendito silêncio.

Como eu odeio silêncios.

— Portland. — Sua voz soou tão baixinha que foi quase inaudível.

— Eu sei vida, eu já estou em Portland. — Mesmo sem o ver, sei que arregalou os olhos mas está sorrindo.

— Venha até o endereço que te mandarei. — E assim ele finalizou a chamada.

Coloquei o endereço no GPS, assim que sua mensagem foi enviada e dirigi o mais rápido possível até ele. Até o meu amor.

Estacionei próximo ao local e senti meus olhos ficarem marejados ao avista-lo ali, na minha frente, de braços abertos a minha espera.

— Amor. — Sussurrei e corri até ele, pulando em seus braços.

— Baby. — Apertei ele ainda mais contra mim e beijei todo o seu rostinho. — Baby, faz cócegas.

— Desculpa amor! — Encosto nossas testas e permito que as lágrimas desçam. — Eu senti sua falta.

— Anjinho, foram apenas horas. — Ouço sua risada e saio de seu colo.

— E daí? — Cruzo os braços. — Senti sua falta mesmo assim.

— Eu também senti a sua, Dioshy. — Sorrio abobalhado e seguro sua nuca, lhe dando um beijo apaixonado.

Nosso primeiro beijo em público.

Acaricio sua nuca com carinho e finalizo o nosso beijo curto com alguns selinhos.

— Como é bom sentir seus lábios aos meus. — Ele diz baixinho, me beijando de novo.

— Volta pra casa amor. — Peço após nosso beijo finalizar e abraço seu corpo.

— Eu não posso, baby.

— Então me deixe ficar com você. — Peço olhando em seus olhos.

— Baby... — Seu olhar era repreensivo.

— Por favor, N. — Junto nossas mãos.

— Fique comigo, baby. — Sorrio largo e pulo em seu colo de novo, beijando seus lábios, agora, demoradamente.

— Eu te amo, amor. — Sussurro com seus lábios colado aos meus.

— Eu te amo, anjinho.

:)

dedicado a: -FUCKSK1M

🎉 Você terminou a leitura de LAST CALL ━━━━━━ nosh. ✓ 🎉
LAST CALL ━━━━━━ nosh. ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora