Love Lockdown - Isabelle e Jace

I need you by my side

"A palavra grega parabatai também pode traduzir-se como 'violador, transgressor' ou 'aquele que pecar'."

» Jace

Olhei para a paisagem a minha frente, já acostumado com o vasto oceano, era basicamente tudo o que eu via desde que fugi com o Valentine. Eu nem podia chamar bem de fuga, já que ele ameaçou todos meus amigos e disse que só os deixaria em paz se eu aceitasse ir com ele. Me vi sem outras opções e tive que aceitar, agora estava aqui a quase um mês tendo aturar todas as coisas que o Valentine faz e que me também obriga a fazer, com aquela justificativa de que ele queria que eu fosse leal a ele. Podia ouvir de longe, o som do exército do Valentine em formação, no treinamento diário, em outra parte do barco. Ele tinha um exército completo graças ao cálice mortal e eu sabia que era pouca questão de tempo para ele usar o exército pra conseguir os outros instrumentos mortais.

- Não me diga que está pensando em fugir de novo. Sabe muito bem que existe um escudo de proteção ao redor do navio. - Escuto a voz de Valentine atrás de mim.

- Eu não seria idiota o suficiente. - Eu digo sem olhar para ele. - Além do mais, mesmo sem o escudo, eu não poderia nadar todo esse oceano.

- Que bom que sabe que não tem saída. - Ele diz se aproximando de mim, ficando ao meu lado.

Eu evito de suspirar irritado, sabendo que qualquer coisinha era motivo para ele me encher o saco. Percebi que dois shadowhunters, do exército dele, o acompanhava enquanto mantinham preso uma pessoa que eu supus que fosse algum submundano.

- Levem ele lá para dentro. - Valentine diz.

Os dois shadowhunters se afastam, fazendo o que Valentine ordenou e levando o submundano para a parte de dentro.

- Viu aquele lobisomem? - Valentine pergunta olhando para mim. - Ele matou dois mundanos inocentes. Finalmente conseguimos acha-lo, para assim dar uma lição nele.

- Você faz justiça pelos mortos agora? - Eu pergunto num tom irônico.

Eu não deveria ter dito aquilo, porque ele poderia levar qualquer coisa que eu falava como ofensa. Já não bastava estar aqui, ainda tinha que aguentar as torturas dele quando ele achava que eu estava sendo indisciplinado.

- Eu tenho que fazer, já que a Clave não faz. - Ele diz.

Aquilo era nada mais nada menos que uma justificativa boba para trazer mais um submundano para cá, assim como ele fazia com os milhares que estavam presos ali.

- Então quer dizer que todos os submundanos que estão presos aqui são para você fazer justiça? Todos eles cometeram um crime? - Eu pergunto.

- Em alguma vez na vida, sim. - Ele diz com convicção.

Mais uma vez, aquilo era só uma justificativa para prender diversos submundanos e fazer experimentos com eles. De certa forma, eu já estava acostumado com aquilo e sabia que quanto mais eu questionasse seria pior para mim. Por isso, resolvi encerrar o assunto.

- Entendo. - Eu digo e volto a olhar ao oceano em minha frente.

Pude ver pelo canto do olho, ele me olhar como se estivesse me analisando.