Sua única reação fora se abaixar, deslizando para o chão com rapidez, quando vira a bartender ruiva saltar sobre o balcão com um rosnado brutal, se lançando para a confusão mortal que se instalara.
Ela tremeu, gritando em pavor, quando o recinto inteiro foi tomado pelo som de mesas sendo quebradas e vidros se estilhaçando contra o chão.
Curvada sobre a baqueta, encostada contra a madeira fria do balcão, Toryn levou o olhar adiante, vendo a deflagração do lugar se instalar.
Vira quando Storm ajustou sua postura, vendo o próximo golpe de Holland chegar por sua retaguarda, com ele fazendo uma finta e o golpeando com o cotovelo. Sangue jorrou, todavia, não apenas daquela direção, quando ela viu um imenso homem quebrar a quina de uma mesa, agarrando o destroço da madeira e desferindo um golpe contra o flanco de um cara desprevenido ao seu lado.
Ela gritou apavorada com a cena, agarrando seu celular e pondo no bolso de sua calça, se arrastando pelo chão quando uma mesa voou sobre o balcão e os destroços a atingiram.
Toryn tomou fôlegos, tentando tranquilizar de modo quase inútil seu corpo em aflição, inspirando e expirando, se curvando sobre o chão, as palmas tocando o piso de madeira gélido sobre sua pele, apoiando seu corpo, os tornozelos também sobre o piso quando ela engatinhou com rapidez para trás do balcão.
Se apoiando contra a madeira polida, ela tomou respirações a força, inspirando com fervor.
Onde estava Missy?
Toryn quis chorar naquele momento, de ódio e frustração e principalmente em confusão. Não entendia nada do que acontecera, o porque aquele caos todo se desenrolou, e como diabos ela se vira sobre ele?
Já não estava fodida o suficiente? O universo não havia cansado de suas artimanhas miseráveis para tornar a vida dela um grande pedaço de merda?
Ela choramingou. Ele tinha vencido. Toryn estava cansada de toda aquela maresia de confusões a arrastando. Só queria que tudo parasse.
Mas a balbúrdia atrás do balcão só pareceu aumentar, o som de gritos e baques, se instalou pelo lugar inteiro.
Toryn esfregou o rosto com suas mãos trêmulas, verificando o interior do balcão, ficando de joelhos e vasculhando as gavetas.
Precisava de um celular ou a droga de um telefone, poderia discar para a polícia local que poderia interceptar aquele bando de bárbaros ou para Missy.
Missy. Onde ela estava?
Nem sabia se desejava que sua amiga viesse para aquele lugar com tudo aquilo ou se viesse. A única coisa que rondava em foco por sua cabeça era que precisava sair o mais rápido daquele bar.
As paredes não possuíam um telefone a vista, não tinha nenhum celular se quer nas gavetas. Ela pestanejou as fechando.
Então um grito horrendo quebrou o barulho pelo recinto, os pelos de Toryn se arrepiaram em pavor, com ela se erguendo de imediato, olhando por cima do balcão com cuidado para a briga adiante.
Lá estava, a alguns metros a esquerda, um homem enorme com um pedaço de ripa de madeira enfiado em seu peitoral, jorrando uma quantidade absurda de sangue, quando seu corpo despencou no chão, sem vida.
Toryn cobriu a boca com suas mãos, tentando conter um grito de horror com a cena diante de si.
O homem que estava em pé sobre o corpo, pareceu se dá conta do que fizera, se sobressaltando assustado quando a balbúrdia parou, com um silêncio afiado como uma lâmina reinando.
Cada pessoa presente fitou o homem inquieto, que ergueu as mãos, balançando a cabeça com fervor.
Um rosnado, um som tão estranho e horripilante que Toryn jamais ouvira ecoou, com seu olhar se direcionando para a direção que viera.
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Uma companheira para Storm
RomanceToryn Fells acabou de se mudar para uma pequena, e congelada cidade no Alaska, embora não tenha literalmente chegado nela quando seu carro resolve morrer na estrada. E o único ponto próximo era apenas um bar estranho quase dentro dos bosques ao redo...