Capitulo 10- Já passo demasiado tempo com ele!

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Niall POV

Mando o telemóvel para o sofá e puxo o cabelo para trás. Avanço ate uma das prateleiras pretas e olho para uma moldura onde estou eu e a minha mãe e pai. Aí eles ainda não tinham ganho este trabalho.
Eu tinha por volta dos dez anos e era feliz, a minha mãe contava-me uma história antes de dormir e o meu pai jogava comigo á bola.

Por volta dos meus doze anos eles foram promovidos na empresa onde trabalharam. Começaram a viajar às vezes, e eu ficava em casa com os meus avós.
Mas agora eles nunca tão em casa, estão sempre em viagens de negócios, sei que devia estar feliz por ter a casa só para mim.
Mas não estou!
Eu sinto-me sozinho, eu sinto-me solitário nesta casa.

As minhas mãos começam a tremer, pouso a moldura no sítio e saio da sala.
Caminho ate ao meu quarto no segundo andar e tiro a camisola mandando-a para a cama.
Pouso as mãos na secretaria e respiro fundo tentando acalmar o desejo que tenho de consumir.
Suspiro pesadamente e rapidamente, abro o saco que contém o posinho.

Pov Diana

" Como correu a escola?"- A minha mãe pergunta enquanto mexe com a colher de pau o comer.

" Bem"- Abro os armários e começo a tirar os pratos para colocar na mesa.

" Há muito tempo que não falamos"

Coloco os copos à frente dos pratos- "Como assim?" Franzo a testa olhando para ela.

" Tu sabes. Coisas de mãe e filha"- Desliga o lume e limpa as mãos no pano laranja.

" O que queres saber?"- Dobro os guardanapos

" Não sei. O que queres contar?" Sorri tirando o avental.

" Nada. Não tenho nada para contar"- Encolho os ombros.


" Não há nenhum rapaz nessa cabecinha?"- Começa a desfolhar a alface e eu ajudo-a, cortando os tomates.

“ Não, sabes que eu nunca fui de namoros”- Na verdade nunca tive nenhum.

“ Eu sei, mas já tens quase 18 anos, já podes andar ai com um romance”- Ela dá-me um leve empurrão.

“ Não mãe, eu continuo uma solteirona”- Suspiro e ela risse.

“ Hum e como vão as coisas com o Niall?”- Passa a faca por água e corta a cebola.

" Normal. Não discutimos muito como antes, mas não somos amigos"- Vou até ao frigorifico e coloco a garrada de sumo na mesa.

“ Ele é um miúdo bem giro, loiro de olhos azuis, corpo tatuado e percings, é um girasso”- Mexe freneticamente as sobrancelhas varias vezes e por momentos penso que essa é a minha mãe ou uma rapariga da escola.

“ Mãe onde queres chegar com essa conversa?”- Sento-me na bancada e ignoro o seu olhar de aviso para descer.

“ Oh tu sabes, vocês até faziam um bom par”- Tempera a salada e mete a taça na mesa.

“ Mãe, nos não nos damos bem, basta acabar o maldito trabalho com ele, e volto a odiá-lo”- Balanço os meus pés, na verdade é isto que penso. Até nos tamos a dar bem, mas mal acabar o trabalho vai ser tudo como antes.

“ Trabalho sobre o quê?”- Pergunta tirando o avental.

“ Significado de amor”- Respondo mas logo a seguir arrependo-me quando ela lança-me um sorrisinho.- “ Mãe, é apenas um trabalho”- Grunho em frustração.

“ É a ironia do destino”

“ Claro”- Ironizo.


" Ele até parece ser bom miúdo. Apenas parece que sente-se sozinho" - Fala com a sua típica voz carinhosa.

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