"Ela não se importa se eu morrer
Pois é, pois é
É, eu aposto que você não vai chorar
É, eu aposto que você não vai tentar
Mas você sabe que eu não me importo"Joji - Yeah Right
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Eren POV
Cada hora que eu passava naquele maldito cativeiro era uma tortura, não sabia quanto tempo exatamente eu estava ali, mas o homem não havia voltado a bastante tempo, acreditava que haviam se passado aproximadamente vinte horas, meu corpo estava cansado, meus olhos estavam pesados, mas o medo de ele entrar ali a qualquer momento e acertar um tiro no meu crânio era perturbador.
O cômodo não era sujo, muito menos desconfortável, pelo contrário, era confortável até demais, o que castigava ainda mais minha mente, tudo perfeitamente alinhado, os lençóis eram macios e tinha até uma televisão que eu não tive coragem de ligar. Observei todos os cantos daquele cubículo, começando a me sentir fraco, talvez fosse a fome, talvez a dor remanescente em minha cabeça, aos poucos senti o sono me invadir.
Ao longe, escuto o barulho da porta se abrindo, abro meus olhos de vagar notando a presença do homem diante de mim, ele trajava calças cargo e uma camiseta branca lisa, dessa vez utilizava coturno. Ajeitou seu cabelo, se sentando diante de mim na mesma poltrona de antes, me encarando. Sentei sob meus joelhos o encarando também, sua expressão era neutra, como se nenhum sentimento rondasse sua mente.
- Quem é você? Por que me conhece? – Mesmo que não quisesse admitir, eu estava intrigado mediante as razões daquele nanico misterioso.
- Levi... – Após pensar por alguns minutos ele finalmente começou a falar. – Como eu não o conheceria Jaeger? Eu sei tudo sobre você... – Endireitou sua postura na poltrona. – Eu estou lisonjeado que queira saber a meu respeito – Estreitou os olhos em minha direção, suspirando levemente ao terminar sua frase.
- Por que você simplesmente não me deixa ir... Levi? – Minha voz saiu mais séria do que eu gostaria, o vi tensionar os músculos de seu maxilar. – A gente pode sair caso me solte... – Ele prestava bastante atenção a cada palavra proferida. – Talvez, pudéssemos começar de novo.
Levi se levantou, e caminhou até diante de mim, procurei algum traço de que a espingarda de antes ainda estava consigo, felizmente não encontrei, sua aproximação fez com que eu retraísse meu corpo, involuntariamente me colocando pra trás. Ele se sentou na minha frente e depositou a mão sob o meu rosto, movendo levemente o polegar pela minha bochecha, como se tentasse me fazer carinho. Vi que ele estava vulnerável e que talvez aquela seria uma boa hora para fugir, me preparei para golpeá-lo, quando senti meu pulso ser segurado com demasiada força.
- Eu não confio em você – Seus olhos eram azuis, como um mar no meio da noite, porém transpareciam raiva, era como se eu pudesse ver as chamas de ódio dentro de suas íris. – Não teste minha inteligência Eren, eu sei o tipo de garotinho que você é. – Sua mão que antes havia me feito carinho, agora segurava meu rosto com força enquanto sua outra mão detinha meus braços acima do meu corpo, me empurrando para deitar de costas na cama. – Eu sei a vadiazinha suja que você é... – Sua voz saiu baixa e rouca, ao julgar pela expressão, constatei o que eu temia, ele estava excitado.
Levi ficou completamente sob mim, suas pernas estavam posicionadas impedindo a movimentação das minhas, e seu braço segurava os meus. Tentei me debater, deixando-o ainda mais furioso, o vi soltar meu braço e pegar uma algema que estava na parte de trás de suas calças, o desespero tomou conta do meu corpo, eu com certeza seria violado, juntei meu último resquício de forças e me debati o suficiente para tirá-lo de cima de mim, corri em direção a porta na esperança de que a mesma estivesse mal fechada ou até mesmo aberta. Levi olhava atentamente meus movimentos enquanto estava sentado na cama, ao perceber que não tinha uma forma de fugir, senti meus olhos se encherem de lágrimas.
O homem se levantou e caminhou em minha direção, alguns segundos depois eu estava algemado, aparentemente ele tinha bastante prática em algemar pessoas, seus braços me empurraram de volta em direção à cama, Levi amarrou minhas pernas nas cabeceiras do móvel, e aquela foi a prova clara de sua fala, ele não confiava em mim. Seus olhos frios estavam vidrados em mim, o vi retirar sua camiseta, desgrenhando um pouco os fios lisos que agora caiam diante de seu rosto, pude ver que ele utilizava um colar geralmente usado por policiais. Ele era um homem esteticamente perfeito, embora sua altura não fosse padrão, Levi possuía braços fortes, um abdômen invejável e seu rosto sempre imparcial consternando para sério casava adequadamente com o restante.
Levi voltou para cima de mim, seus olhos estavam penetrando minha alma, estavam focados nos meus que estavam vermelhos devido as lágrimas que teimavam em descer. O menor parou diante do cós de minha calça, abrindo o botão e descendo o zíper e impacientemente puxando a peça de roupa para baixo, me deixando com a cueca evidente. Meu corpo não condizia com minha mente, pois como num passe de mágica, minha excitação também era evidente. O homem levantou minha camisa, revelando meu abdômen, desferindo mordidas e chupões no mesmo, a intenção dele era realmente me marcar, não só minha mente como meu corpo. Levi colocou os lábios sob minha ereção por cima de minha peça íntima, que a essa altura estava molhada com o pré-gozo.
Um gemido escapou da minha boca, o que o incentivou a continuar, eliminou a peça que cobria meu membro e abocanhou o mesmo ferozmente, sua boca percorria toda a extensão, podia sentir a glande tocar sua garganta. Era deprimente, eu estava aos prantos, porém extremamente excitado, nunca imaginei que seria tão traído pelo meu próprio corpo.
Levi abandonou meu membro e chupou meu pescoço com tanta força que claramente ficaria roxo, enquanto isso, o mesmo se livrava da própria calça, olhei de relance e ao notar o tamanho de sua genitália, meus olhos imediatamente se encheram de desespero, o que o menor não tinha de altura ele compensava em documento. O homem colocou nossos membros juntos e começou a masturba-los, senti espasmos percorrerem meu corpo, estava contido pelas algemas que delimitavam meus movimentos, apenas pude arfar e arquear as costas, às lagrimas haviam abandonado meus olhos. Levi nos masturbava olhando atentamente minhas feições. Senti o calor dominando meu corpo e me derramei em suas mãos, Levi prosseguiu se masturbando enquanto me olhava ofegar embaixo de si, alguns minutos depois o mesmo também chegou a seu ápice, despejando seu gozo sob as marcas escuras contidas em meu abdômen.
Me soltou das algemas e amarras, vestiu suas roupas em silêncio evitando meu olhar, colocou seu corpo diante do segredo da porta e digitou a senha.
- Tome banho, eu volto depois – E saiu fechando a porta novamente.
Levi me deixou novamente sozinho naquele quarto, senti a dor penetrar meu peito e caí em prantos novamente enquanto tomava banho.
Narrador On
Do outro lado da casa, Levi sentia-se cada vez mais perdido dentro de quem era ou o que almejava ser, estava atônito e encarava seu próprio reflexo no espelho, imaginando o quanto merecia estar mais uma vez com sangue em seu rosto, por ser um homem patético, como se julgava. Por muitas vezes imaginou que a morte seria a única saída para calar sua mente atormentada, mas nesse momento nada mais importava. As lágrimas do garoto haviam marcado sua alma, o enfraquecendo, tornando-o vulnerável.

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Obsessão
Фанфик(ERERI X RIREN) Levi Ackerman um homem sociopata de 25 anos, observava os alunos do colégio de Sina todos os dias desde seus 22, sempre atento a costumes, horários e trejeitos de cada um dos alunos, em especial um rapaz moreno de olhos esmeraldas...