Você lembra do resfriado?

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olá, essa não é uma volta definitiva, mas vale de alguma coisa, né?

Este é provavelmente um dos meus capítulos preferidos, e vocês logo descobrirão o porquê.

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Pouco antes de voltar para casa, começou a chover muito, parecia que o céu estava chorando de felicidade por mim. (Óbvio que eu estou sendo exagerado, como de praxe) A gente até que ia esperar a chuva passar, mas ela ficava cada vez mais forte, e eu cada vez mais impaciente, então pegamos chuva até o carro.

E quando chegamos no nosso andar, foi meio esquisito, porque saímos do elevador e ficamos olhando um para cara do outro, e mais uma vez o impossível aconteceu: eu fiquei sem palavras. Nem reclamar de estar molhado eu conseguia, e olha que eu nem me esforço para reclamar.

Jeongguk, enfim, resolveu me dar um abraço, meio desajeitado e foi até engraçado, ele estava se tremendo todo. Parando para pensar, não sei se era de frio ou de nervoso. Vai parecer egocêntrico se eu apostar que era de nervoso por minha causa? Provavelmente. Depois ele sorriu, me desejou boa noite e andou em direção a porta da sua casa.

Eu sinceramente não sei o deu em mim, mas eu gritei o nome dele e ele virou, me olhando com o rosto mais confuso que a Nazaré naquele meme. Eu corri em sua direção tão rápido (vale lembrar que ele não estava tão longe assim de mim, então deve ter sido por isso) parei do seu lado, coloquei a mão no seu ombro, impulsionando seu corpo para baixo, deixei um beijo na sua bochecha e sai correndo para casa. Nem olhei para trás.

Acho que a erva de gato que eu cheirei ainda está fazendo efeito.

Entrei no meu apartamento, atordoado, e até ofegante, mas de nervoso mesmo, porque a corridinha que eu dei da porta de Jeongguk para minha casa não dá para cansar, mesmo que eu seja sedentário.

Como esperado, Yoongi me aguardava sentado no sofá, com um sorriso presunçoso nos lábios e bebendo um café gelado de canudinho.

Às vezes eu me pergunto porque eu aceitei ser amigo dele. Mas aí eu lembro do peixe cozido que ele faz e me contento com isso. Ah, sem contar que ele me deixa morar com ele também.

— Vocês pelo menos se beijaram? — Nem um "boa noite", nem um "como foi seu dia? " Apenas questionamentos sobre meu encontro.

— Não. — Ditei simplesmente, tendo como resposta um resmungo descontente. Não me sinto confortável para falar da minha ceninha patética de menininha do quinto ano.

— Jimin, você tem que aproveitar mais as chances que a vida te dá, homem! E outra, tá ficando maluco? Manda mensagem dizendo que vai MORRER e some? Filho da puta! — Tentou jogar uma almofada em mim, só que eu desviei.

Resolvi ignorar o comentário de como eu deveria cuidar da minha própria vida e seu surto de amigo preocupado.

— Você tá muito interessado na minha vida amorosa. Não tem a sua para cuidar, por acaso? — Yoongi riu.

— Eu até tava saindo com uma garota. — Opa, informação nova. — Ela quis que eu conhecesse os amigos dela.... — Respirou fundo antes de continuar. — Vai ser muito babaca se eu admitir que eu curti mais o melhor amiga dela? — Abri a boca, chocado.

— Yoongi! Que safado! — Ele revirou os olhos, mexendo no café com o canudinho.

— No final eu vou acabar sozinho mesmo. — Deu de ombros, foi minha vez de revirar os olhos.

— Olá? Eu estou bem aqui. — Acenei usando as mãos. — Não sou o suficiente para você? — Ele riu, divertido.

— Não, você é muito pequeno. — Implicou. Fiquei satisfeito por ele ter saído daquela vibe autodepreciativa. — Mas se você se juntar com o Jeongguk... — Começou a provocar, dei as costas, estirando o dedo do meio, e praticamente marchei em direção ao meu quarto.

Do you remember?Onde histórias criam vida. Descubra agora