•Prólogo•

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Todos os acontecimentos relatados nessa obra não tem a intenção de romantizar e nem passar pano para ação alguma.
Lembrando que todo o conteúdo abaixo é fictício e pode gerar gatilho emocional em algumas pessoas.
Boa leitura e obgdaa♡

Era mais um dia difícil para mim e minha mãe, estava chovendo muito, fazia bastante frio.
Não seria tão difícil se o meu pai estivesse aqui, ele nos abandonou quando eu ainda tinha apenas 2 anos de idade, eu não me recordo dos traços dele, apenas o lembro como a minha mãe o descrevia.
Ele nos havia deixado por outra mulher que conheceu meses após o meu nascimento, ele era um homem frio e sistemático, gostava das coisas do seu jeito, descrevia minha mãe.
Nunca irei saber como foi o dia em que fomos deixadas. 
Estávamos eu e minha mãe em vivenciando mais um dia árduo sem ter moradia e alimentos para saciar nossa fome, quando chega um homem dos cabelos pretos curtos, roupa encardida e cheirando a álcool. Ele estava com uma garrafa de Soju em sua mão direita.
Eu e minha mãe ficamos com medo, então minha mãe mandou eu me esconder, ela havia ficado lá com aquele desconhecido tentando entender quais eram suas intenções.
- O que faz aqui?
Ela perguntou com uma voz trêmula.
- Queria saber como era a vida nova que estava vivendo após partir depois de quebrar meu coração.
- Você não deveria estar aqui, vá embora.
Ela disse com medo.
Parecia que ela o conhecia de algum lugar.
- Cadê a Alice???
Perguntou o homem cambaleando por conta do álcool.
- Você nos abandonou, não merece saber de mim e nem da minha filha.
- Eu quero saber cadê a minha filha.
Ele gritou com uma expressão de raiva e partiu para cima da minha mãe.
- Você nunca vai vê-la novamente, esse é o preço por me trair e nos deixar.
Ele pegou a garrafa de Soju que havia em sua mão, quebrou e enfiou em seu pescoço fazendo jorrar muito sangue do mesmo.
Ele se tocou do que havia feito e caiu fora.
Já eu, fui deixada lá com o corpo da minha mãe sem entender absolutamente nada do que tinha ocorrido.

- Mamãe.
Chamei inúmeras vezes por ela, porém ela sequer se movia.
- Mamãe, acorda.
Ela deveria estar dormindo, pensei.
Mas infelizmente ela faleceu naquela noite fria e tempestuosa.
A partir daí uma senhorinha me encontrou e me levou para um dos orfanatos que havia em Seul, ela me deixou lá para que eu pudesse ter uma vida que as ruas não poderiam me dar.
Eu cheguei naquele lugar, era tudo novo para mim, nunca tinha visto uma casa tão linda como aquela, eu estava muito feliz de poder finalmente fazer amizades e ter um teto sob mim e alimentos para saciar minha fome.
A tarde havia passado era o meu primeiro dia morando naquele lugar exuberante, eu ainda não conversei com nenhuma das crianças que moravam ali.
Quando vi três delas tomei coragem e fui tentar fazer amizade.
- Oi, eu me chamo Alice.
Disse toda entusiasmada na intenção de conseguir uma amiga.
Elas me olhavam de um jeito estranho, como se não gostassem de mim.
Eu continuei tentando durante todos esses anos que morei aqui, achava que elas não tinham gostado de mim. Até eu perceber que eu era o motivo de elas não quererem ficar perto de mim, elas me desprezavam pelo fato de eu ter morado na rua.
Eu passei todos esses 5 anos brincando sozinha, comendo sozinha, sem nenhuma amiga na escola e sem ninguém para conversar.
Elas vinham falar comigo de vez em quando, para me zoar e fazerem brincadeiras de mal gosto comigo.

Finalmente uma notícia boa havia chegado no orfanato, um casal viria adotar uma criança.
Eu não estava muito confiante em ser adotada por eles, haviam outras meninas tão mais bonitas e inteligentes do que eu.
No final eu acabei sendo adotada por eles, sim eu também fiquei chocada.
Eu estava muito feliz em ter uma mãe e um pai que me amavam da mesma forma que eu amava eles.
Era o que eu pensava até minha mãe descobrir que estava grávida da Se-ri, depois que eu ganhei uma irmãzinha meus pais se distanciaram um tanto de mim.
Eu tento não ligar muito pra isso, já estou acostumada com as pessoas se afastando de mim.
Voltando para o mundo real, hoje será o meu primeiro dia no 1° ano do ensino médio.
Sim, já fazem 5 anos desde que fui adotada, agora que Se-ri está mais grandinha meus pais tem dado certa importância para mim.
Como eu estava dizendo, hoje é o meu primeiro dia de aula em uma escola nova, estou muito ansiosa. Finalmente posso tentar recomeçar a minha vida.

Oii, espero que tenham gostado desse prólogo.
Eu estou muito confiante nessa fanfic e espero que vocês dêem muito amor pra ela, estou com um certo receio de publicar por conta dos assuntos que serão tratados.

Eu vou tentar atualizar toda semana, não se esqueçam de deixar o seu voto☆

Beijinhos e até o próximo capítulo ♥️

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