Incandescence- Drarry

Discernimento

"Eu quero saber sobre o que esta pessoa misteriosa está escrevendo para você."

Potter ficou tenso quando Draco falou essas palavras, mas não tirou os olhos da xícara de chá à sua frente. Passaram-se cinco minutos desde que Draco lhe deu aquele chá, mas ele não tinha parado de estudá-lo como se pensasse que era veneno. Teria que ser um veneno de ação lenta quando ele tivesse tomado três grandes goles dele, Draco pensou.

"Você quer saber", disse Potter, e finalmente ergueu os olhos. Seus olhos estavam vazios, como se ele estivesse tentando desesperadamente silenciar suas emoções por trás deles para que Draco não pudesse ter um vislumbre do que ele realmente pensava. "Mas eu não quero te dizer."

O primeiro instinto de Draco foi explodir. Ele arriscou sua vida por Potter e seus segredos idiotas, e mesmo assim Potter não contou a ele o segredo que deu início a tudo? Isso era injusto, e já que essa era a única recompensa que Draco havia pedido até agora, desagradável de Potter também.

Felizmente, Draco controlou seu temperamento a tempo. Explodir agora com um discurso furioso apenas confirmaria as piores suspeitas de Potter sobre ele. Ele também se sentou sobre as mãos por alguns momentos, e então disse com uma voz calma e frágil: "Tudo bem. Vou aceitar isso. Mas você ficar calado provavelmente me impedirá de ajudá-lo plenamente. Como deveria saber quem é o escritor se eu não tiver a menor ideia de qual é o segredo? Os escritores que conheço teriam motivações muito diferentes para ameaçá-lo, dependendo disso. "

O olhar de Potter tornou-se obstinado. "Eu posso te dizer o suficiente sobre essa pessoa sem isso."

"Mesmo?" Draco ergueu uma sobrancelha. "De quantas pessoas da lista que eu dei você sabe alguma coisa?"

Potter fez uma careta. "Nenhum deles, mas-"

"Nenhum?" Draco sentou-se à frente e olhou para ele. Ele podia entender que não gostasse de parte da ficção que os escritores que frequentavam o Labirinto produziam, e ninguém sob o sol precisava de qualquer desculpa para não gostar da poesia de Boot ou Wrexby. Mas o resto ... "Potter, você não lê?"

Potter enrubesceu e assumiu o que provavelmente imaginou, erroneamente, uma postura arrogante e intimidadora. "Desculpe-me por não ter muito tempo para ler quando estou ocupado salvando o mundo", ele retrucou.

"Oh, pare com isso." Draco bateu com a mão na mesa entre eles. Como a mesa tinha quase a altura de seus joelhos e era feita de uma madeira escura e espessa que absorvia o som, isso não produziu um baque muito satisfatório. Ele fez uma careta para Potter e disfarçadamente sacudiu sua mão atrás das costas. "Eu sei que você não acredita em sua própria propaganda heróica. Voltei e olhei mais de perto as velhas fotos de jornal. Você não aceita nada disso, não é? Não os elogios que outras pessoas tentam lhe dar por matar Voldemort, e não a reputação que você ganhou como Auror. "

Potter se sentou e olhou para ele. "Não sabia que você tinha conseguido se convencer a dizer o nome dele", disse ele.

Draco revirou os olhos. "Já se passaram dezesseis anos, Potter. Claro que estou dizendo. Agora, voltando ao assunto mais importante. Como é possível que você tenha vivido em nosso mundo durante esses dezesseis anos e nunca tenha conseguido ler uma única palavra escrita por algum desses autores? "

Potter moveu os ombros defensivamente. "Eu leio jornais", ele murmurou. "Eu li relatórios de arquivos. E li aquele romance que você escreveu sobre Hermione. Acho que isso é o suficiente para me qualificar como alfabetizado."

Draco fechou a boca, engasgando com as palavras que ele teria falado em seguida. Sua mente havia colocado Potter em uma oposição tão sólida a fazer qualquer coisa que agradasse a Draco que ele não esperava que Potter tocasse em seus livros. "Você gostou de Fire in the Darkness?" ele perguntou finalmente, satisfeito que sua voz não tremeu.