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Capítulo 0

O que era antes o grande reino de Partranum hoje é um lugar devastado por uma terrível praga que mata lentamente os infectados apodrecendo sua carne e as decepando, rogada a todos aqueles que pereceram após o rei Tyragnas ter desaparecido por volta de 100 anos atrás.

Nossa história se inicia em um dia tempestuoso, com uma terrível tempestade se aproximando uma pequena luz surge ao topo de uma montanha, o responsável por essa luz é uma pequena fogueira que acaba de ser acesa em uma pequenina caverna por um estranho ser, um homem acinzentado, coberto por pequenas fissuras por todo seu corpo, possuinte de um corpo magro e coberto por trapos sujos. O homem que se volta para a fogueira e pega um pedaço de madeira que agora não passa de carvão, e com isso começa escrever esfolando aquele carvão em um caderno com capa de couro batido e folhas velhas e amareladas. Escrevendo algo indecifrável pois sua letra é de tamanha hediondez, ele murmura baixo palavras como cão, amigo e fome.

Se voltando para esse peculiar caderno se pode identificar alguns fragmentos legíveis "amigo cão", "a fome aumenta", "morte do amigo cão" e "carne tristonha tira minha fome". Olhando para o que escreveu cai sobre as páginas suas lagrimas e logo esse leve choro progride para um ataque histérico, ele se atira pelas paredes da pequena caverna, lançando sua face contra as chamas da fogueira ele agoniza e então golpeia com tamanha força sua cabeça contra uma pedra que acaba desmaiando. Estando estirado ao chão rochoso e gélido daquela caverna seu corpo queimado e mutilado pelos golpes agora se revigoram voltando a ser apenas uma pele horrenda, então recordando a consciência ele se lembra do que fez: há alguns dias em quando descia ao pé da montanha ele escuta um gemido de dor, correndo em direção do que fazia esse barulho ele encontra um cãozinho preso pela orelha em algumas tabuas que um dia já foram uma choupana, tirando o animal da li o humano cinzento tratou de seus ferimentos com trapos e ervas que cresciam ali perto, dias se passam e o cão já havia melhorando e também desenvolveu uma amizade com seu salvador mas logo essa amizade foi afetada pela fome que cada dia era pior já que sobreviviam de pequenas raízes e frutos que são escassos por aquela região, foi ai  que  seu salvador se transformou em seu assassino, com uma pedra o homem ensandecido pela fome golpeou a cabeça do pobre animal, o cão grunhia dolorosamente em quanto seu assassino aos prantos chorava e pedia desculpas e por fim o estranho homem se alimentou de seu amigo.

Levantando-se ele olha para um canto e lá estava alguns ossos que pertenciam ao cão, enquanto isso a tempestade finalmente caia com ventos e trovões assustadores, voltando se para o caderno ele o pega e observa o que escreveu então volta algumas páginas e lá haviam resto de páginas claramente queimadas, olhando as páginas queimadas e as acariciando um feroz trovão caiu, trazendo sua atenção para a entrada da pequena caverna que foi iluminada pelo trovão que agora escurecia lentamente junto há uma figura humanoide que tinha se formado.