Capítulo Único

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TW: Sangue, descrição "detalhada" de lesão corporal.

Acho q pode ser lido como sequência de "stay"

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Em uma noite fria e escura, o último guardião Yaksha e o viajante se encontravam em uma varanda de Wangshuu Inn, compartilhando um Tofu de Amêndoas. O loiro falava sem parar, dando espaço para Xiao falar algo se quisesse.

Aether era como o sol. Ele é brilhante e exala calor, tornando impossível não gravitar até ele. Por sua vez, Xiao era como a lua. Equilibrado, que depende da luz do sol para iluminar a noite.

Depois da luta contra Osial, a relação dos dois havia decolado em um ritmo absurdamente rápido.

Aether sempre ia visitar Xiao depois de suas comissões, levando consigo uma porção da comida humana favorita do yaksha.

Então, quando o viajante não apareceu, bandeiras vermelhas se ergueram na mente de Xiao.

Era comum para ele sentir seus arredores. Usando sua visão anemo, ele costuma vasculhar os ventos em busca de monstros, e isso se estende por Liyue inteira.

Depois de horas sem sinal de Aether, as preocupações do vigilante cresceram, o que o fez perceber uma coisa desagradável ao seu ponto de vista.

Ele havia se apegado ao viajante. Ao ponto de que algumas horas sem sinal dele já o desespera. Pior que isso, ele percebeu que seu desejo de proteger o viajante se expandiu consideravelmente e isso assusta o yaksha.

Saindo de seus pensamentos, Xiao resolveu usar os ventos para procurar o loiro. Ele tentou procurar em sua mente qualquer razão lógica para isso e tentou se convencer que só estava cumprindo seu dever. - Isso era o que seu cérebro queria acreditar, mas seu coração sabia melhor.

Pelo o que Aether havia dito no dia anterior, ele teria comissões em Liyue, então ele ainda estava dentro dos radares do yaksha. Com isso em mente, ele resolveu parar de perder tempo com pensamentos e começou a busca.

Infelizmente para ele, Liyue era gigante, então iria demorar para encontrar quaisquer traços do loiro. Xiao continuou se empurrando até o limite, desejando ser mais rápido.

Ele continuou com esse ritmo até que ouviu um chamado suave, tocando na parte detrás de sua mente como uma melodia carregada pelo assobio do vento.

"X-Xiao"

O yaksha reconheceu aquela voz imediatamente. Aether.

Aether estava o chamando.

Ele estava pedindo ajuda.

Ele estava com problemas.

Sem mais pensamentos além desses, Xiao se teletransportou imediatamente para a localização da chamada.

A visão que ele recebeu o deixou horrorizado.

Era estranho que ele, o Conquistador de Demônios, Alatus, o Rei com Asas Douradas, o último Guardião Yaksha, a criatura que manchou as mãos de vermelho e se banhou em líquido carmesim milhares de vezes se assuste com tal visão. A única coisa que muda entre isso e seus massacres, é a vítima.

A pessoa que, no momento, está coberto de sangue e com membros torcidos em ângulos estranhos é Aether.

Eles estavam em uma caverna, agora manchada de sangue e traços elementais eletro.

Em frente ao viajante, estava um Dragarto Primordial, prestes a dar seu golpe final.

Xiao viu vermelho.

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O yaksha encostou Aether na Estátua Geo cuidadosamente, como se ele fosse uma xícara de porcelana frágil e delicada, que pode quebrar com qualquer movimento bruto.

Ele encarou os ferimentos do loiro e suspirou profundamente. Diversas lacerações e hematomas cobriam seu corpo, bem como arranhões e queimaduras. Sua perna esquerda e braço direito estavam obviamente quebrados. Provavelmente tem uma concussão. Ele odeia que boa parte do sangue que cobre suas roupas são de Aether.

Seu pânico só aumentou quando tocou as bochechas do outro. Em vez do calor que o envolvia e o fazia se sentir seguro e em casa, sua pele estava fria. Não um frio que faz querer se enrolar em uma coberta, mas um frio fantasmagórico, que faz arrepios descerem pela espinha.

As sombrancelhas de Xiao se torceram em preocupação quando viu a pele cada vez mais pálida do viajante e os lábios de cor arroxeada. 'Onde está aquela fada tagarela quando se precisa de uma?' Pensou ele em aborrecimento.

O yaksha se perguntou se teria que deixar o loiro sozinho enquanto ia colher flores Qingxin para fazer um remédio, mas ele sabia que, mesmo se quisesse, não conseguiria sair do lado do outro.

Felizmente, o poder curativo da estátua já estava começando a entrar em ação, o que fez bem para acalmar as dúvidas e preocupações do coração acelerado de Xiao.

De repente, os cílios do viajante se contraíram e se abriram, revelando um par de orbes de néctar. "X-Xiao?" – Falou fracamente, antes de sorrir.

O vigilante se aproximou dele com preocupação estampada em suas feições. "Viajante? Você não deveria estar acordado ainda." – Ele começou, mas não deu tempo para o outro falar mais qualquer coisa. "Por que me chamou tão em cima da hora? Um pouco mais tarde e você estaria... Morto." – Terminou, sua voz vacilando no final.

Aether apenas o encarou. "Sinto muito por te preocupar."

Xiao ficou em silêncio, estendendo sua mão para segurar a mão do loiro. Quando ele não foi rejeitado, começou a falar. "Nós já nos tornamos muito próximos para você me deixar assim, Aether. Nossos laços já estão muito fortes."

Aether virou a cabeça para olhá-lo nos olhos. "Você realmente quer dizer isso?"

"Sim."

Xiao não comentou sobre as lágrimas que picaram nos cantos dos olhos do loiro.

"Obrigado por vir por mim" – Disse Aether, embora que muitos de seus ferimentos ainda estivessem abertos.

"Sempre irei atender ao seu chamado. A única coisa que você precisa fazer é dizer o meu nome."

Call My Name ; xiaotherOnde histórias criam vida. Descubra agora