hold on

1.2K 149 35
                                    

bora continuar? :)

POV Gilson

02 de abril de 2027

As palavras de Bianca foram como um soco no estômago, ao mesmo tempo em que meu cérebro processava as informações tive que tomar algumas atitudes, entrei no meu apartamento com a ruiva atrás de mim, troquei de roupa o mais rápido possível, era tudo no automático, e aquela sensação de choro preso na garganta me fazia companhia. Era a bárbara...era minha irmã caçula, minha melhor amiga...eu não poderia perder ela, eu não...sentia meu peito ardendo, uma totura, buscava ar pra respirar e não vinha nada, sai do meu quarto cambaleando e quando cheguei na sala a Bianca veio até à mim

Bianca: Gilson, você ta pálido

Gilson: eu nao consigo respirar, eu to tendo um ataque de pânico

Bianca: Gilson, se concentra na sua respiração, você precisa se acalmar. Senta ali, vou pegar uma água com açúcar pra você

Bianca me ajudou até chegar ao sofa e foi correndo em direção a cozinha, não tava mais aguentando então me permiti chorar, coloquei tudo pra fora, a ruiva voltou e tomei a água

Gilson: ela não pode morrer...

Bianca: vira essa boca pra la, a gente ta falando de bárbara passos, ela é a mulher mais forte que eu conheço e eu tenho certeza que ela vai ficar bem, agora se acalma que a gente precisa ir pro hospital

Após ficar mais calmo saímos do meu apartamento em direção ao hospital das clínicas, levaria cerca de meia hora até la, enquanto isso Bianca ligou para ter mais informações e tudo que foi informado era de que ela ainda estava no centro cirúrgico

Chegamos ao hospital e fomos atrás de informações, a enfermeira pediu para esperarmos na sala de espera que logo um doutor iria nos trazer informações sobre o quadro clínico da Bárbara

Toda aquela demora ja estava me deixando puto, Bianca não estava muito diferente de mim, e por um milagre uma mulher de jaleco branco entrou na sala e perguntou quem era da família da Bárbara, levantei a mão e a mesma veio em nossa direção

Doutora: Boa noite, eu me chamo Bruna e sou a responsável pela entrada da paciente Bárbara

Gilson: Boa noite, eu sou o Gilson e essa é a Bianca, como ela esta doutora?

Dr. Bruna: o estado da paciente é grave, ela sofreu um traumatismo cranioencefálico, e nesse momento esta sedada, vamos ter que esperar para ver como ela reage nessas proximas horas, essas próximas horas são primordiais nesse caso.

Gilson: ela corre risco?

Dr. Bruna: Sim, o trauma que ela teve é considerado grave, ela vai ficar na UTI até que o cérebro comece a desinchar

Gilson: podemos ver ela?

Dr. Bruna: não esta em horário de visitas pois ja sao 23hrs, mas vou abrir uma exceção, um de cada vez e não demorem, ela precisa descansar

Gilson: Muito obrigado, eu vou primeiro

Dr. Bruna me levou até o quarto após me fazer precher alguns papéis e me entregar o crachá que da acesso a UTI, não demorou muito e quando estávamos na porta a mesma disse para  não ficar muito impressionado com as máquinas, que era normal

Entrei no quarto e vi Bárbara entubada  com uma faixa na cabeça, meus olhos se encheram de lágrimas novamente, ela parecia tao vulnerável e indefesa, tinha uns cortes no rosto, não muito profundos

Gilson: Babi...eu to aqui irmãzinha...você vai ficar bem, volta pra gente por favor...eu preciso de você...

POV Narrador

Do outro lado do mundo, as coisas não pareciam muito boas para nossa outra protagonista. Até onde a conexão entre duas pessoas poderia ir?

POV Carolina

3 de abril de 2027

O temporal da noite passada parecia uma guerra da natureza contra o mundo, os ventos, raios e trovões estridentes duraram por horas, e me trouxe uma sensação estranha, como se eu tivesse perdendo algo, como se o mundo não estivesse no eixo.

Enquanto tomava meu café parar ir a empresa, fiquei conversando com gaby por mensagem repassando nossa agenda do dia, e hoje seria extremamente importante e cansativo, eu me sentia correndo contra o tempo, me cobrava tanto para fazer tudo certo

Eu precisava de férias, meu corpo precisa de férias, minha mente, tudo. E ao pensar nisso começo a rir pois sabia que tava longe disso acontecer, o famoso rindo pra não chorar

O tempo continuava nublado e chuvoso, o frio é normal mas essa chuva não. Pego meu sobretudo e uma sombrinha e vou para fora do apartamento e começo a torcer para que passe um taxi o mais rápido possível, o que não aconteceu...

Fiquei esperando um táxi por quinze minutos, onde ja se viu esperar taxi em new york? Quando cheguei no escritório oficial da Loud fui até minha sala, ser diretora criativa de uma das orgs em maior ascensão no mundo não era facil, ainda mais quando parece que o mundo ta conspirando contra você do dia pra noite

Chequei todos os e-mails, e fiquei esperando Gaby chegar, a mesma ja se encontrava no prédio, então foi questão de minutos para a mesma entar no meu escritório

A mesma não demorou muito, hoje iríamos nos reunir com a staff criativa pois iríamos lançar um novo console no mercado. Ouvi três batidas e mandei entrar, a mesma tinha dois copos de café do Starbucks na mão

Carolina: Agora você fez a boa

Gaby: eu te acostumei muito mal, isso sim

Carolina: sim, e eu amo. paguei meu copo e tomei um gole do cappuccino, ouvi meu celular tocar e estranhei ao ver o nome na tela, Bianca não era muito de me ligar

Carolina: alô

Bianca: oi, eu não sei como te dizer isso sem ser o mais direta possível, mas você precisa voltar, a bárbara sofreu um acidente de carro ontem a noite e ta na UTI

O cappuccino que até então tava na minha mão foi ao chão em segundos, Gaby me olhou como se não tivesse entendo nada

Carolina: Eu to indo.




HEATHEROnde histórias criam vida. Descubra agora