Frenesi

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Ele me conhece o bastante em todas minhas nuances, sabe exatamente onde me tocar. Sua mãos na parte interna de minhas coxas me arrepiam e sim, ele sabe o movimento voluntário que faço enquanto peço por isso.

Ah sim, baby, eu quero que você faça.

Sua barba rala eriça cada pelo de meu corpo e faz com que meus mamilos fiquem enrijecidos, e minha intimidade salte pedindo por aquilo. O movimento de vai e vem e seu músculo úmido e suave trabalha em meu corpo, provocando-me de formas que somente ele sabe.

Ele é o único que sabe onde me tocar, o que fazer e quando estou tendo a porra de um orgasmo. Ah sim, ele sabe.

Por que ele é a porra do Sasuke Uchiha, quente como o inferno, talvez até mais.

Em meios aos lençóis, suores de excitação e cabelos desgrenhados, nossos suspiros e gemidos são as únicas coisas que importam, as únicas coisas que escutamos. Não existe diálogo quando o que temos é apenas sexo, tesão e muito, mas muita atração física um pelo outro.

Um frenesi. Magnetismo eu diria. Reciprocidade. Ou não, se eu não tivesse inventado de me apaixonar por esse filho da puta.

E por céus, como ele fode bem.

Essa noite somos somente amantes, pessoas que se beijam e amigos que se devoram.

Nada importa mais do que sua língua em minha boceta, e os espamos tomando conta de meu corpo. O resto é irrelevante.

Eu também gostaria de dizer que sou a única que conheço cada ponto íntimo e sexual do Uchiha, mas não tenho tanta certeza quanto a isso. Mas uma coisa é certa, sou a única que para além do sexo, o escuto com a devida atenção e amor que somente eu posso dar e somente eu sinto.

Porque apesar de toda conexão e química na cama, no final da noite é sempre a mesma coisa. Cada um para sua casa e sem se falar até a data da próxima foda.

— Você gosta assim? — ele sussurra repleto de luxúria, enquanto as batidas errantes de meu coração aceleram.

Meu baixo ventre formiga e minha intimidade já molhada e sensível o pede novamente. Preciso dele por completo.

— Eu gosto — digo quase como em súplica, enquanto o empurro sobre a cama. — e você sabe do que eu quero.

Sasuke sorri e toma meus cabelos, o puxando para si e me beijando furiosamente. Curiosamente. Gostosamente. Nossas línguas entrelaçadas uma a outra, enquanto seu aperto em meu cabelo se torna mais firme e sua outra mão em minhas nádegas se espalmam, faz com que eu o deseje ainda mais do que possível.

— Caralho Sakura... — sua voz em meu ouvido faz com que arrepios percorram meu corpo por completo. — como você é gostosa.

Uma risada de satisfação seguindo de um suspiro escapa de meus lábios, quando um tapa em minha bunda ressoa.

— Eu não vou aguentar mais.

Sasuke me pega pela cintura e me joga para baixo de si, finalmente retirando a única peça de roupa que cobre seu corpo e seu membro completamente rijo. Rapidamente do bolso de sua calça retira o preservativo e o coloca, na sequência se enterrando fundo e forte uma única vez, o suficiente para que ambos gemessem.

Nossos corpos se encaixam bem demais e nossas bocas ainda mais. É pecaminoso, mas não me importo, não nessa noite.

Minhas unhas se enterram firme em suas costas, e arqueio meu corpo buscando por mais, ansiando cada mínima parte dele.

Os gemidos se tornam sempre mais altos e nunca nos importamos se alguém nos escuta, jamais ligamos para os comentários que sempre rolam na manhã seguinte, porque simplesmente não os escutamos. Não existe manhã seguinte para dois amantes casuais, pelo menos não para nós, Uchiha e Haruno.

— Porra... — ele sussurra e fecha os olhos, enquanto seu rosto demonstra todo seu prazer. — me deixa gozar...

— Ainda não.

E sempre é assim, pelo menos tenho controle de algo nessa relação. A princípio pensava que poderia lidar com toda essa casualidade, e no fim eu estava errada mais uma vez.

Mas isso não importa hoje e muito menos agora.

Mas por que então, ao invés de aproveitar, minha cabeça está a mil pensamentos?

Eu sei o que fazer. Nos seguramos durante algum tempo, até dessa vez seu corpo ser dominado por espamos e se derramar dentro de mim. Em tese dentro de mim, mas real no preservativo.

Ele deita a meu lado e fecha os olhos, enquanto meu peito arfa profundamente buscando ar.

Céus, esse homem é realmente quente como o inferno.

Quando nossas respirações ofegantes se tornam calmas, deito sobre o peitoral firme e definido do Uchiha e mais uma vez, como meu vício, escuto o barulho de seu coração ainda descontrolado.

Por Kami, como eu amo saber que o motivo das aceleradas sou eu, apesar de que por um motivo não tão romântico.

Sexual, selvagem, animalesco, é um dos vários nomes nos quais denomino nossas noites quentes e repleta de calor.

Ou talvez tenho essa impressão, a famosa volúpia.

— Então, como foi seu dia?

Fecho os olhos e respiro fundo, é sempre o mesmo roteiro: beijos, sexo, conversas aleatórias e cada um para sua casa.

A verdade é que há muito venho me contentando apenas com isso, há anos por assim dizer. A princípio pensei que poderia faze-lo gostar de mudar e que a ideia de ser apenas casual logo desse espaço a algo sério. Mas não. Não foi assim e começo a desconfiar que nunca será. Sasuke nunca dará o que eu quero. É por isso, que mesmo contra minha vontade, preciso dar um basta.

— Meu dia foi bom — começo, saindo de cima de seu corpo e me virando para ele. — Estava de plantão no hospital durante a madrugada, então depois que vim para casa não fiz nada. E o seu?

— Foi normal.

E o roteiro segue como uma peça  ensaiada, até o momento em que ele veste sua roupa e me olha.

— A gente se vê — me puxa pela cintura e me beija.

— Na verdade... — preciso falar, agora ou nunca. — eu gostaria de falar sobre isso.

E apesar de amá-lo e querer continuar com essa casualidade até onde der, chegou o momento em que percebi que isso não me levará a nada.

— Sobre o quê?

O encaro e por instantes esqueço meu real propósito, mas não posso. Preciso seguir minha vida e levar adiante meus reais interesses e o que sei que tem futuro. Não posso continuar presa a alguém que não se interessa por mim da mesma forma e sequer se preocupa com o que eu quero. 

— Eu te amo — afirmo olhando em seus olhos e sequer um resquício de surpresa passa por eles. — mas quero terminar.

E como imaginei ele sequer perguntou o motivo. Nunca foi importante para Sasuke Uchiha.

End...

SasuSaku - VolúpiaOnde histórias criam vida. Descubra agora