Um novo começo, ou um novo problema ? [ Incompleto ] (◍•ᴗ•◍)✧*。

capítulo 1

    Estamos no Brasil. O ano é de 2023. fevereiro mês do carnaval uma das melhores festas que acontece todos os anos.
     Minha família poderia ser como todas as outras que esperam anciosas pelo carnaval. Sair nas ruas como se não existisse amanhã, pintar o corpo e usar fantasias estravagantes. Mas infelizmente essa é minha família a mais rica e requintada que mostra boas maneiras até pro cachorro na rua.
- eu realmente não entendo o significado desse carnaval. Aonde se viu uma coisa dessas em?!?? São todos desocupados que não tem coisas importantes pra fazer.

    Essa é minha mãe a mulher de alta classe que liga infinitamente pra marca de uma bolsa e que se apega aos detalhes. Já eu faço de tudo pra um bom rolê com os amigos. Eu odeio essa classe de merda que é a da minha mãe. Eu não consigo me encaixar. Eu sou o tipo de garota rebelde dos livros que toda adolescente gosta de ler, eu realmente me sinto assim.
    Você pode achar clichê ou coisa do tipo mas até segurança ela contratou pra me seguir e informar aonde eu estou isso realmente me irrita.
   Enfim a minha vida é uma série adolescente super popular na Netflix.
Não percam por favor!!!
Vai que tem segunda temporada hahahah.
   Hoje eu vou fazer de tudo pra sair e curtir e não vai ser minha mãe que vai me impedir.

D/dara - Ana eu posso te pedir um favor ?

Ana - Deixa eu adivinhar... Você vai fugir de novo?!?!

D/dara - Uau você lê mentes ou é alguma vidente ?!?! Hahaha

Ana - Não Dandara eu apenas digo o óbvio. Tem certeza que você vai irrita sua mãe de novo? E também isso pode ser perigoso.

D/dara - Eu sei, você sempre me fala a mesma coisa. É que você sabe eu amo festas e principalmente um motivo pra sair.

Ana - Se você não vai fazer isso por ela faça por mim. Você não sabe o quanto eu fico preocupada quando você sai.

    Essa é a Ana minha cuidadora. Em específico minha melhor amiga. Ela cuida de mim desde que eu nasci me trata como uma filha legítima. A desculpa que ela dava sobre a constante ausência da minha mãe era que ela trabalhava muito e não tinha tempo pra mim. As únicas horas que eu passava com ela era quando eu tinha aulas de inglês, eu simplesmente aproveitava cada minuto como se fosse o último pôs só nos veríamos na próxima aula. Quando eu cresci descobri que tudo que Ana tinha me contado em relação a ela era mentira. O tempo que ela gostava era com os eventos importantes, shopping com as amigas, e viagens. Foi aí que tudo começou.

D/dara - Não faz jogo duro comigo Ana. Esse papo sentimental só funcionou da outra vez, não vou cair de novo.

Ana - Dandara você sabe que eu mais do que ninguém se preocupa com você.

D/dara - Por isso eu te respeito. E nessa casa você é a única que eu mais admiro. Mas por favor faz só esse favor pra mim ??

  Ana -  Tá bom. Mas você me liga quando chegar lá ?

D/dara - Ahaaaaaa obrigada. Você é demais Ana.

Depois de esperar horas recebi uma ligação avisando que eles já estavam a postos pra me pegar. Ana já estava ensaiando como ia destrair os seguranças.
Iai minha vida é ou não é umas das melhores séries?!?!
Uma adolescente revoltada com a vida por ter tudo e não poder fazer aquilo que gosta. Fazendo de tudo pra chamar a atenção dos pais.
Opa.
Ainda não comentei sobre meu pai né
Esse merece ser deixado pra depois, se minha mãe é ruim ele é pior ainda.
   Depois de atravessar o entulho de empregados sem ser vista e atravessar o escritório ouço minha mãe conversando seriamente no telefone.
Acho que essa é minha deixa pra escutar atrás da porta né?!!. Lá vamos nós!!!

Mãe/Simone - Quando você vai voltar pro Brasil Augusto ? Você não sabe o quanto a sua filha tá dando trabalho. Todo dia uma história nova. Acredita que ela inventou de ir pra esse tal de carnaval ?!??

Augusto é o meu pai. Ele está numa viagem de negócios na Austrália, eu fico aliviada de não ter que me preocupar quando ele viagem. Eu fico atordoada quando ele tá em casa. Ele quer que eu estude finanças e vá comandar a empresa da família.
É minha gente o ruim de ser filha única é ter toda a responsabilidade dos negócios na costa.
    Mas pro azar deles eu não quero nada que venha da empresa.Ainda não sei o que quero fazer da vida o que sei é que quando for o momento certo vou achar aquilo que me inspira. Enquanto isso eu vou curtir um pouco.

Simone - Quando você vai levar ela prós Estados Unidos?

D/dara - o quê ???? ( Me aproximo da porta )

Simone - Augusto você sabe o quanto eu me preocupo com ela ( cara de deboche ) Eu só quero o melhor pra ela, e as aulas de inglês que eu dei pra ela não foi atoa.

D/dara - *então era por isso as aulas de inglês. Já era planejado se livrar de mim?* ( Pensamento )

Simone - De qualquer forma volte o mais rápido possível. Não sei até quando vou aguentar a sua filha.... Sim... Ahan... Os seguranças estão a postos, daqui ela não sai!

D/dara - Vai sonhando...( Sai correndo )

    Depois de escutar aquela conversa absurda da minha mãe ( se é que eu posso chamar de mãe uma pessoa que quer se livrar da filha ).
Eu me direciono as portas dos fundos. alguém puxa o meu braço com força e sinto uma leve pressão no rosto. Eu realmente tava me preparando pra gritar se não tivesse tapado a minha boca. Abro os olhos e é a Ana com um rosto de preocupação.

Ana - Só você mesmo pra me fazer passar por tudo isso. Eu levei os seguranças dos fundos pra lanchar. No início eles não queriam sair só que eu enrrolei eles dizendo que você tava conversando com a sua mãe no quarto.

D/dara - Você não existe. Então eu vou indo.

   Até pensei em contar o que eu ouvi pra Ana. Mas eu não vou deixar ela constrangida por ter mentido pra mim. Eu só tenho ela nessa casa. Ana tem lá seus 50 anos mora conosco faz uns 20 anos. Arrisca perder o trabalho por minha causa.
   Essa não era a primeira vez que a minha " mãe" havia me decepcionado. Uns dos acontecimentos em que me colocou contra a decisão dela foi quando eu queria ir no aniversário de uma colega da terceira série. Ela morava num bairro de classe média mas minha mãe indagava dizendo que eles eram pobres demais e que eu não devia me misturar com " Aquele povinho " me puxou pelo braço e mandou eu estudar no quarto. Pra piorar trancou a porta, não demorou muito e eu comecei a chorar. Ana apareceu pra me salvar abriu a porta e disse que tudo ia ficar bem.
    Olhei pra ela e tomei uma decisão, desobedecer a Dona Simone e ir nesse aniversário; peguei o presente e coloquei na mochila sai correndo pelos fundos da casa e fui de bicicleta até a casa da minha amiga ( que por incrível que pareça se afastou de mim sem mais nem menos até hj eu me pergunto o que aconteceu ).