Salada de frutas.

Único

Os dois tinham carevigers, um era careviger do outro. Quando Namjoon não estava no pequeno espaço, cuidava do pequeno Jimin, e quando Jimin não estava no pequeno espaço, cuidava do pequeno Namjoon. Sempre foi assim desde que se conheceram, e os dias mais animados entre os dois era quando justamente eles caíam no space ao mesmo tempo.

Namjoon ficava mais animado e agitado, doidinho para cuidar do pequeno, mesmo sabendo que estava pequeno também. Regredia sempre para uma idade de 8-9 anos, já Jimin sempre regredia para uma idade de 1-2 anos, acabava sendo um pouco difícil para Namjoon cuidar de um bebê como ele, afinal ele também era criança, mas sua forma de cuidar sempre foi pacífica e aos poucos ele foi se acostumando.

— Nam! Papa. — o pequeno Jimin pediu, estava com muita fominha e queria comer chocolate. — Colate'!

— Jiminie, não pode comer chocolate, se esqueceu? Faz mal para a barriguinha. — Namjoon sempre seguiu uma dieta com alimentos saudáveis, e as besteirinhas só nos finais de semana. — Tem saladinha de fruta, você quer?

— Quer! — Jimin assentiu batendo as palminhas, que fazia sempre quando estava animado.

Acho que para todos é normal simplesmente pegar um pequeno pote, de preferência dois - para os dois pequenos - e colocar uma certa quantidade dentro de cada um, para que sobrasse mais tarde. Algumas coisas Namjoon não sabia interpretar ou até lembrar, então levou todo o pote grande de salada de frutas para a sala, com uma colherzinha de coelhinhos, leite em pó e leite condensado.

Se sentou no chão ao lado do bebê, colocou o pote entre as pernas e despejou todo o restinho de leite em pó do saquinho, e toda a caixa de leite condensado dentro do pote de salada, uma verdadeira bagunça.

Do que andiantava não comer chocolate, mas comer tanto leite condensado com leite em pó?

Jimin olhava para aquilo encantado. Puxa, como conseguia ser tão apetitosa aquela saladinha de frutas na sua cabeça? Ele queria comer aquilo tudo sozinho, mas tinha que dividir com o seu amorzinho, Namjoon.

— Vê se está gostoso. — Namjoon pegou uma colherada e deu para o pequeno em sua boca, que saboreou o gosto fortemente doce, que para uma criança, era sempre o mais gostoso.

Jimin assentiu e abraçou Namjoon com a boquinha melada de leite condensado. Namjoon amava os abraços do pequeno, sempre tão carinhoso e amoroso com ele, estava explicado por que era tão apaixonado. Como sentiam nojinho de beijarem de boquinha no pequeno espaço, o beijinho deles era de esquimó, onde balançaram os narizinhos um do outro.

Continuaram juntos a comer aquele pote gigante de salada de frutas, assistindo ao filme de Madagascar. Era um filme que nunca haviam assistido, e se interessaram somente porque havia uma hipopótama engraçada, chamada de Glória.

Muitas horas de filme resultaram em dois pequenos de barriguinha dolorida, cheia de docinho e salada de frutas. Haviam devorado todo o pote, nem aguentavam se levantar, afinal, também estavam dormindo, um com a cabeça apoiada na outra.

Namjoon acordou fora do pequeno espaço, sentindo sua barriga doer bastante. Foi acordando aos pouquinhos, enquanto o outro pequeno ainda dormia. Deitou Jimin no sofá e quando estava saindo da sala, tropeçou numa vasilha, que por sorte não caiu no chão.

Lembrou-se automaticamente da tarde que tiveram juntos. Do tanto de leite condensado e leite em pó que haviam colocado na salada, e que o pote estava completamente vazio, até com algumas formiguinhas famintas dentro dela por conta do restinho de doce.

— Caramba, eu burrei bastante. — resmungou sozinho, pegando o pote do chão, e levando para a cozinha. Lavou os pratos que já estavam lá do almoço, o pote e a colherzinha.

Aproveitou para tomar um remédio de dor, sabia que aquela dor claramente era da grande quantidade de doce que comeu, e deixou preparado num cantinho, o remédio de Jimin, pois pior que ele, era o Park comer doce demais.

Subiu para o banheiro, lavando os pés para tirar as formigas que acabou pisando sobre, limpou o rostinho e desceu para o andar de baixo.

— Nam... Dorzinha. — Jimin respondeu choramingando, Namjoon correu para a cozinha e pegou o remédio do mesmo.

— Desculpe-me bebê, não sei o que deu em mim para comermos tanto doce. — Namjoon sentou o pequeno em seu colo, que se encolhia apertando o estômago com os braçinhos. — Toma, vai passar rapidinho.

Nem se contentou em olhar qual era a corzinha do remédio, tomou na colher e resmungou logo em seguida. Era o pior sabor que ele mais odiava, morango. Tinha gosto amargo e muito ruim, fez a careta que sempre fazia ao tomar aquele remédio, fazendo Namjoon rir.

— Posso fazer uma massagem em você para se sentir melhor bebê? — Namjoon ofereceu ao mais novo.

— No no, paci. — respondeu somente, Namjoon então tateou a mão pelo sofá, até encontrar a pacifer rosinha e preferida de Jimin. — Namu, paci do Namu.

— Quer que eu entre no space amor? — perguntou Namjoon, acariciando os cabelos de Jimin, logo o bebê assentiu. — Tudo bem, vou tentar.

— Paci do Namu. — Jimin tirou a pacifer azul do braço do sofá e colocou nos lábios do namorado, Namjoon abraçou o pequeno esperando aos pouquinhos ir caindo no pequeno espaço.

Os dois ficaram em silêncio por um bom tempo, até Jimin começar a dar risada por contas das cócegas que Namjoon fazia em sua barriguinha.

— Nam! Para, no no! — Jimin deu tapinhas do ombro do Kim, que riu junto.

— Tudo bem, parei Minie. — Namjoon sorriu, e olhou para o pequeno, deixando um beijinho de esquimó. — Eu amo você.

— Amo Namu. — Jimin se abraçou ao mais velho.

Mesmo que a dorzinha de barriga deixaram os dois bastante molinhos, ainda conseguiram ficar juntinhos e quietinhos, aproveitando um ao outro, do jeitinho deles. Eram como dois melhores amiguinhos, inseparáveis e que amavam a presença um do outro, como se um enviasse energias ao outro.

Namjoon conseguia se sentir cuidado mesmo com Jimin pequeno, e vice-versa. Aquele era o amor dos dois, era assim que mesmo fora e dentro do pequeno espaço eles agiam, e mesmo que às vezes fosse difícil para ambos por estarem regredidos, ainda sim conseguiam fazer tudo se tornar mágico.