7-Praia

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-Você tem estado avoada direto, eu diria nesses últimos dias, mas não tem como ter a mínima noção de tempo nesse lugar. -Adrien viu sua amiga confusa então resolveu perguntar. -Os que aconteceu?
-Nada, não é nada, de verdade. -Forçou um sorriso. -E você? Deixou alguma coisa pendente?
-Tem uma coisa sim. -Olhou para o chão. -Meu pai nunca me deixou ir a uma praia, o máximo de praia que eu fui, foi no estúdio de fotos, onde eles colocaram uma imagem de praia atrás de mim para as roupas de praia do meu pai.
-Então tá decidido, vamos a praia. -Deu um sorriso sincero para o amigo que não mudou sua expressão. -Vamos lá, vai ser divertido, principalmente agora que a gente pode ir pro fundo do mar sem se afogar. -Ele assentiu.

Então o que era o quarto branco começou a se transformar em uma praia, uma das mais lindas praias já vistas. Com um sol escaldante, águas limpas e areia macia.
A azulada pediu para que o amigo imaginasse uma roupa de praia para ela e para ele e ele pensou em um maiô rosa até o pescoço sem muitos detalhes, ainda mais que o trabalho de desenhar roupas era de seu pai e um short de praia com estampa de folhas tipo havaiana.

-Nada mal para um modelo teen. -sorriu.
-Dia de praia com a melhor amiga morta? Quem diria.

A menina estava paralisada. -Marinette? Tudo bem? -Estalou os dedos na frente do rosto da menina. -Ei, Marinette!
-Adrien, uma perguntinha, o que é essa marca no seu abdômen? -Apontou para uma marca vermelha no mesmo lugar que chat noir havia levado a facada, estando apenas um risco vermelho como se tivesse riscado com caneta. -Essa marca... -Então um flashback de chat sendo atacado e caindo no chão para tentar salvá-la e logo depois ouviu a voz dele distante mas não conseguindo responder passou por sua mente. -Você não disse que morreu por que uma barra caiu na sua cabeça?
-Isso? -Assustou-se. -Isso é... e-eu... -Respirou fundo. -Quer saber? não adianta esconder mesmo, afinal, estamos mortos, o que poderia acontecer não é? -Olhou fixamente para o chão procurando palavras. -Eu levei uma facada no abdômen. -A mestiça se espantou principalmente porque não havia motivos para ele ser esfaqueado. -Calma, eu...

Um silêncio perturbador tomou conta do lugar, Adrien procurava palavras e Marinette estava em choque com a possibilidade de que a pessoa por quem era apaixonada pudesse ser seu parceiro que sempre lutava ao lado dela, ela não queria acreditar nisso.

-Eu tocava em uma banda de Jazz. -A garota levantou uma sombrancelha confusa. -É, eu toco piano e durante a noite eu saía pra tocar em uma banda de Jazz. -Se sentiu aliviado por encontrar uma desculpa. -Daí eu saí do ensaio e fui esfaqueado andei para casa o máximo que eu pude.
-E porque disse que uma barra caiu na sua cabeça? -Questionou incrédula.
-Eu não sei, por alguns momentos eu achei que meu pai poderia descobrir. -A mestiça acreditou na desculpa boba que seu amigo dera.
-Vamos então aproveitar a praia, aliás, agora eu posso pegar sol a noite inteira. -A garota riu com a piada que era uma característica de chat noir, mas não se atentou a isso.

Passaram o resto de seja lá quanto tempo naquela praia fictício criada apenas pela imaginação deles, uma praia inteiramente deles.
Marinette ficou pegando sol enquanto Adrien brincava feito criança na água.
Então de repente o que era praia voltou a ser apenas o cômodo branco e suas roupas voltaram, eles não entenderam o que aconteceu e resolveram não dar muita atenção a isso.
Adrien imaginou novamente as duas camas e deitou em uma delas, ele estava muito distraído e sua amiga estava aparentemente dormindo então ele não se preocupou em encomodá-la.
A cada momento ele se sentia mais atraído por sua amiga e isso o preocupava, já que seu coração pertencia a ladybug, porém sua colega de turma havia se mostrado tão parecida com ela ultimamente e ele não sabia o porquê de estar se sentindo assim pela menina que dormia na cama ao lado.

-Ai meu Deus, como eu vim parar aqui, morta com ele, justamente com ele. -Pensava a mestiça. -Faria todo o sentido se o Adrien fosse o Chat Noir, ambos são altos, loiros, tem os olhos verdes. -Sacudiu a cabeça com intuito de afastar seus pensamentos. -Mas as personalidades são completamente diferentes, definitivamente Adrien não é chat noir. -Talvez ela não tenha pensado direito. -Vou dormir que eu ganho mais.

-Marinette? É você mesma? Que saudade! É uma pena que você esteja morta, eles me deixaram falar com você mas estou... Estamos perdidos, eu precisava de você! -Ficou triste ao dizer. -Mas que bom que consegui me comunicar com você, já é um grande avanço! -Disse entusiasmada. -Aliás, como você faz isso? É praticamente impossível! E eu acho que você também não sabe né? Por isso que as vezes quando eu tento não consigo!
-Q-Quem é você? porque eu não consigo te ver? porque está tudo escuro? -Enquanto dormia, se debatia e falava, mas nada que quem estivesse por perto conseguiria entender.
-Marinette. Calma, ok? Calma. No momento certo você vai entender mas primeiro tem que conhecer alguém, e na hora certa esse alguém vai aparecer para você Marinette. -Enfatizou. -Isso vai se esclarecer e sua morte não vai ser em vão Marinette. Fica tranquila e Descanse em paz! Mas antes de eu ir, eu ainda tentarei me comunicar com você enquanto der. E Marinette, Converse com ele, sinceramente. -Falou deixando a azulada ainda mais confusa.
-Mas... Como assim?
-Apenas espere Marinette, as respostas virão.

-Marinette! Marinette, o que houve? Marinette, acorda, Marinette! -Adrien chamou extremamente preocupado pelo estado de sua amiga.
-Adrien? -Acordou confusa nos braços do amigo que estava sentado em cima da cama da azulada com uma das mãos no rosto dela. -O que foi que aconteceu? -Adrien não perdeu tempo e selou os seus lábios no dela, vendo o que fez, afastou-se imediatamente.
-Marinette, me desculpa, eu fiquei desesperado. -Ai mestiça o encarava incrédula. -Você estava se debatendo demais e seus olhos ficaram brancos não adianta dizer que foi só um pesadelo que dessa vez eu não vou acreditar. -olhou para baixo. -Desculpa mesmo, eu tive medo de te perder, mesmo sem saber se isso era possível. -Ela permaneceu em choque.

~♡~
Notas da autora:

De novo, perdão por botar essa hora gnt, é pq a escola tá realmente pegando pesado.

Obrigada pelo carinho, pela atenção, pelos votos e comentários. Já comecei a escrever o capítulo 8 e provavelmente amanhã ele vai sair de tarde, obrigada pela paciência!

É isso.

Beijinhos da Tori, até o próximo capítulo♡♡

Problemas no ParaísoOnde histórias criam vida. Descubra agora