Para Dylan,
meu melhor amigo.No alto de sua janela, Jeon Jeongguk observava a fenestra da casa vizinha. Mais especificamente, contemplava quem estava atrás dela.
Kim Taehyung.
O morador da casa do lado era alto, dos cabelos negros e olhos bonitos. Jeon estava hipnotizado.
Kim estava lendo um de seus livros e parecia muito concentrado no que fazia. O brilho do Sol quente iluminava o rosto do mais velho, que estava sentado em frente a ventana. Jeongguk suspirava enquanto o mirava, sem disfarçar a forma que o olhava.
O astro rei, com todo seu esplendor, fazia tudo ficar mais lindo ainda. O calor causado pelo febo se misturava com a quentura que seu corpo estava ao imaginar Taehyung consigo. Sua mente viajava em devaneio, fantasiando ele ali, o tocando, o beijando, o sentindo. Das mais diversas maneiras.
Quando a noite caiu, Jeongguk escancarou mais sua janela para olhar as estrelas brilhando intensamente no céu escuro. As orbes negras estavam cintilantes enquanto venerava cada pontinho branco ali existente.
Mas outra coisa o chamou a atenção. Uma pessoa.
Taehyung. Ele estava observando o mais jovem de sua janela, perdido em pensamentos bobos sobre ele.
Os dois cruzaram os olhares e, por um momento, esqueceram de tudo. Ali, e naquele momento, só eles importavam.
— Perdão, você estava lindo olhando as estrelas, gatinho.
Jeongguk ouviu a voz rouca de Taehyung e sentiu suas bochechas esquentarem com o apelido. Vendo o menor virar o rosto, continuou:
— Você está corado, que fofo!
— E-eu não... — tentou continuar, mas sabia que o outro estava certo.
Droga, pensou.
— Como é lindo.
Jeon ficou mais envergonhado ainda, não se achava lindo, via vários defeitos em si. Mas, pelo visto, seu vizinho achava ao contrário.
— Eu não sou tão bonito assim, pare de dizer bobagens.
— Há um tempo que eu venho observando você pelas noites, com os olhinhos focados no céu. Quando eu via você sentado nessa janela, eu pensava em você aqui comigo, sabia? Se eu tivesse te desenhado e te encomendado, eu teria feito exatamente assim. — Ele também pensa em mim?! — Eu acho tudo em você lindo, o jeito que sorri para o alto, o movimento do seu cabelo, suas mãos... Ah, suas belas mãos... Eu posso senti-las quando aliso meu corpo inteiro.
Jeongguk não poderia estar mais encabulado. Mas estava feliz, o garoto por quem tinha uma queda parecia ter uma queda nele! Era incrível! Taehyung continuou:
— No momento, você é o meu mais verdadeiro sonho.
Os garotos sentiam como se existisse um mundo só para eles. Estavam presos numa bolha, nada mais importava em volta.
— Droga — foi a vez do jovem falar. —, você é tão... incrível... Eu me sinto igual. — Taehyung se surpreendeu, dando um sorriso de canto. — Você faz me sentir aéreo, mas também faz um calor arder em meu peito, me faz sentir várias borboletinhas voando no meu estômago, me deixa caidinho por você.
— Jeongguk, eu preciso de você.
— Desça e venha até minha casa, por favor, eu preciso disso. A porta está aberta. — saiu da vista do mais velho, esperando ansiosamente por ele.
Ouviu três batidas e correu para atender, abrindo um enorme sorriso em saber que finalmente teria Taehyung para si. Nem estava acreditando naquilo.
Assim que entrou, o Kim puxou o mais novo pela cintura fina, arrancando um riso do segundo citado.
— Isso parece um sonho.
— Vou te provar que isso é bem real, gatinho.
Encostou seus lábios delicadamente nos do outro, começando um ósculo sem malícia alguma, mas repleto de sentimentos puros que nem mesmo eles saberiam descrever.
Taehyung pediu passagem para aprofundar, e Jeongguk concedeu na mesma hora. A língua do mais jovem explorava toda a cavidade bucal do mais velho, e era a coisa mais deliciosa que já havia feito, era o beijo mais delicioso que havia provado.
Os braços do Kim envolveram as costas de Jeon, enquanto sentia seus fios serem esmagados pelos dedos grandes do mais baixo.
Se aproximavam cada vez mais um do outro, quase desmentindo a lei da física que dizia que dois corpos não habitam no mesmo espaço.
Infelizmente, o beijo foi cortado pela falta de ar que se fez presente, mas os garotos não se afastaram, não mesmo. Continuavam abraçados e com sorrisos, os peitorais subindo e descendo ofegantes. Aquele foi o melhor ósculo que ambos provaram. Não se esqueceriam tão cedo.
Após esse momento intenso e caloroso, passaram a noite inteira trocando beijos, tendo conversas bobas e fazendo declarações inesperadas.
Em uma dessas conversas, Jeongguk descobriu que o moreno escrevia e fez um pequeno verso poético dedicado a si.
— Fala, por favor, hyungie! Eu quero muito ouvir! — fez beicinho, e então Taehyung respirou fundo, sabendo que não teria mais saída. Teria que recitar o poema para o mais jovem. Pigarreou e começou, um pouco inibido.
As estrelas brilham todas para ele
E para tudo que ele faz
Sua pele, oh sim, sua pele e ossos
Se transformam-se em algo lindo
E isso foi chamado de amarelo.O loiro estava emocionado. Ninguém nunca havia escrevido algo para ele e se sentiu especial, se sentiu perfeito, ali e agora.
— Hyungie... Eu amei! — abraçou o pescoço do de cabelos negros e sorriu de orelha a orelha, fazendo Taehyung sorrir.
Os dois descobriram muito um do outro ao longo da noite e madrugada. Aproveitaram cada segundo como se fosse o último e não se arrependeram nem por um segundo.
🪐
foram usados trechos das músicas:
- yellow; coldplay
- ASAS; luan santana (não me julguem).
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o garoto da casa ao lado. • kth + jjk.
Fanfictionjá fazia algum tempo que jeongguk se sentia encantado por seu vizinho do lado. oneshot. soft.